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Professores com visão empreendedora se destacam no setor

A educação no Brasil é tema de muita discussão. Qualidade do ensino, evasão escolar e recursos direcionados ao setor são pauta em conversas informais, matérias jornalísticas e debates políticos. Porém, uma pergunta sempre é feita: como resolver a situação de um País onde, cada vez mais, pesquisas apontam à precária situação da educação?

O último levantamento do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), do Instituto Paulo Montenegro, mostrou que apenas 26% da população brasileira, entre 15 e 64 anos, é plenamente alfabetizada. Outro exemplo desse grande desafio, que é a educação brasileira, é o índice de repetência nos primeiros anos escolares. Segundo dados da Unesco, no Brasil, 32% dos alunos da 1ª série do ensino fundamental são repetentes, porcentagem somente menos alarmante que as de países como Gabão, Guiné, Nepal, Ruanda, Madagáscar, Laos e São Tomé e Príncipe.

Diante de número como estes, a matrícula deixa de ser o único desafio a ser enfrentado. Segundo o último Censo Escolar, aproximadamente 33,5 milhões de alunos estão matriculados no ensino fundamental, o que representa aproximadamente 57% das crianças em idade escolar. Fatores como incentivar o hábito à leitura, prender a atenção do aluno e despertar o interresse no aprender, ou seja, proporcionar uma educação de qualidade, se tornaram os grandes desafios para as comunidades escolares e cidadãos brasileiros.

Atentos a esta realidade, muitos profissionais da educação começaram a repensar o modo de ensinar e vêm se destacando por um terem uma visão empreendedora. Esses educadores são criativos, ousados, constroem o conhecimento a partir da realidade do aluno, sabem que a educação vai além da sala de aula e do conteúdo programático e mais, registram tudo o que fazem e têm vínculo afetivo com seus alunos. A Fundação Bunge, entidade social das empresas Bunge do Brasil, que tem como um dos pilares de trabalho a formação de educadores, tem se deparado com estes profissionais que, muitas vezes sem condições financeira, sem recursos materiais ou frente a alunos sem motivação e desinteressados, conseguem reverter o cenário e desenvolver trabalhos diferentes, criativos e com bons resultados.

Exemplos desse ‘professor empreendedor’ estão espalhados de norte a sul do país. O educador Cláudio Cavalcante, de Pititinga (RN), é um deles. Ele não se deixou abater pela falta de recursos e utilizou a criatividade para ensinar artes. Com instrumentos como pinceis de corda e de pêlo de rabo de porco e cavalo, tintas de argila, tijolo e telha, confeccionados por ele e pelos alunos, foi possível estudar a arte rupestre e as obras de Vincent Van Gogh.

Já Edsalba Gabriel Peixoto, de Propriá (SE), soube usar a realidade dos alunos e da comunidade para construir o conhecimento. Ela desenvolveu projeto cujo tema ganhava espaço nas TVs e jornais da região: A Transposição do Rio São Francisco. Visitas às cidades ribeirinhas, palestras, caminhadas e exposições deram início a uma campanha em prol da preservação do meio ambiente e a criação do Grupo de Voluntários, formada por alunos, pais, professores, lavadeiras e pescadores, em defesa do rio, fonte de sobrevivência de grande parte das famílias da região.

A profissional Wilma Almeida, de Vitória (ES), não se limitou ao conteúdo programático e as apostilas e desenvolveu junto aos alunos o projeto ‘Shakespeare, uma Viagem Através da Arte’, para atender a expectativa das crianças em aprender sobre teatro. Mesmo sabendo da complexidade das obras de Shakespeare, levou à sala de aula as obras do dramaturgo inglês e desenvolveu um roteiro de trabalho que continha três oficinas, uma de conto, uma de elaboração de textos e outra de arte, além de ensinar história, língua portuguesa, educação artística e geografia.

Professores como estes são levados pela Fundação Bunge para trocar experiências com outros educadores de todo país, por meio do projeto ReciCriar – a pedagogia do possível. As palestras e oficinas, gratuitas, do projeto vêm contribuindo com a formação de professores da rede pública, estimulando o professor a ser protagonista no processo educacional e apontando novos caminhos para os desafios da educação.

Em dois dias seguidos, três educadores se revezam em ministrar palestras, fazer relatos de suas experiências e orientar oficinas culturais em que disseminam suas práticas pedagógicas, fazendo com que os participantes se tornem multiplicadores desses conhecimentos.

O ReciCriar já foi realizado nas cidades de Cajati, Santos, São Paulo, Ourinhos e Santos, em São Paulo; Itajaí e Gaspar, em Santa Catarina; Rio Negro, no Paraná; Recife e Ipojuca, em Pernambuco; Rio Grande e Esteio, no Rio Grande do Sul; Vitória, no Espírito Santo; Uruçuí, em Piauí; e Araxá, em Minas Gerais. Reuniu cerca de 9.700 educadores num total de 18 seminários e 24 oficinas.

A Fundação Bunge - Criada em 1955, a Fundação Bunge, entidade social das empresas Bunge no Brasil, tem suas atividades focadas na área da educação, com ênfase no ensino fundamental. Seus pilares de atuação são: ação voluntária, formação de professores, incentivo a excelência e responsabilidade histórica e memória empresarial. Dentre as iniciativas realizadas, destacam-se o programa de voluntariado corporativo Comunidade Educativa, o Centro de Memória Bunge, o Prêmio Fundação Bunge e o Prêmio Professores do Brasil, além do ReciCriar – A Pedagogia do Possível.

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