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16/02/2008 - 09:12

Déficit da balança comercial da saúde chega a US$ 6 bilhões, diz a ABIMO

Ausência de política industrial específica para a saúde é a principal responsável pelo aumento do déficit da balança comercial do setor.

O déficit da balança comercial das indústrias do setor de saúde cresceu em 2007, segundo infomou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a cerimônia de posse do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo, no dia 13 de fevereiro (quarta-feira). O déficit comercial subiu de um patamar de US$ 700 milhões, nos anos 80, para US$ 5 bilhões no início desta década. Em 2007, a diferença no valor entre importações e exportações somou US$ 6 bilhões.

Para Franco Pallamolla, presidente da ABIMO, entidade que representa a indústria de artigos e equipamentos médicos, hospitalares, odontológicos e de laboratórios, “esta ampliação deve-se não apenas a fatores como o aumento real da demanda e a incorporação de novas tecnologias no sistema de saúde, mas sobretudo à falta de planejamento e de uma política industrial especifica para o setor.”

Pallamolla lembra que “nos últimos anos, contrariamente a qualquer país desenvolvido, o Brasil incentivou as importações em detrimento do desenvolvimento da capacidade produtiva nacional. Some-se a isto uma valorização cambial, isenções tributárias para produtos importados e falta de isonomia na aplicação da legislação sanitária. Enfim, prevaleceu a visão de curto prazo sobre a de médio e longo prazos.”

O presidente da ABIMO alerta que o modelo atual, “onde a importação se apresenta mais favorável que a produção nacional sob os aspectos sanitário, econômico e fiscal, coloca o país em uma situação de alta vulnerabilidade”.

Franco Pallamolla acredita que a situação será revertida futuramente, após a implementação das ações previstas no programa Mais Saúde. “Estas medidas em conjunto com a nova edição da PITCE - Política Industrial Tecnológica e Comércio Exterior, que contemplará o Complexo da Indústria da Saúde, são instrumentos extremamente poderosos para transformar esta realidade.” “O setor de saúde deixará de ser visto somente como despesa e será percebido, também, como poderoso instrumento de política de desenvolvimento e inclusão social”, reflete.

A direção da ABIMO aposta também na inovação tecnológica da indústria nacional e nas parcerias entre empresas e universidades para o fortalecimento da política industrial.

A ABIMO, em conjunto com o Sinaemo – Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo, possui 310 empresas filiadas, 80% delas compostas por capital nacional. As associadas respondem por 91% do faturamento total do setor. É uma indústria que possui capacidade para suprir de 90 a 95% das necessidades de equipamentos e materiais de consumo de um hospital geral, nos padrões atuais.

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