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10/10/2015 - 06:57

Itaipu apresenta panorama do setor elétrico brasileiro na Expo Milão

Diretor-geral brasileiro abre programação do evento no sábado e domingo, Itaipu apresenta o CAB.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, apresenta no dia 10 de outubro(sábado), um panorama do setor elétrico nacional, no pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015, na cidade italiana de Milão. Representando o governo brasileiro, ele abre a programação às 15 horas, do seminário Território, Água, Energia e Alimento, com dados sobre a geração de eletricidade no Brasil, uma das mais limpas do planeta.

Samek também mostrará como a Itaipu, a maior geradora de energia limpa renovável do mundo, está diretamente conectada ao tema da Carta de Milão. O documento, apoiado por diversos líderes mundiais, estabelece a necessidade de se buscar a segurança alimentar e o incentivo a programas sociais contra a fome.

Energia limpa —Com base em dados do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica, o diretor-geral brasileiro de Itaipu vai informar que, dos 135 mil megawatts (135) de capacidade instalada para a produção de energia elétrica no País, apenas 26 mil MW (menos de 20%) são gerados por usinas termelétricas, que utilizam principalmente gás ou óleo combustível.

A hidroeletricidade, energia limpa e renovável, corresponde a 66% da matriz elétrica brasileira. E outras fontes limpas, como a eólica, estão em franco crescimento. Só para comparar, em 2008 a geração eólica era de apenas 247 MW. Em 2015, saltou para 5.833 MW, um crescimento de 2.261%.

Outra fonte renovável que cresceu muito, nos últimos sete anos, foi a geração a partir da biomassa. No total, passou de 4.193 MW em 2008 para 12.415 MW em 2015, um aumento de 196%. Mesmo a geração solar, que ainda tem um custo muito alto de implantação, já começa a aparecer na matriz do sistema elétrico brasileiro. Não havia geração nenhuma em 2008, mas agora aparece com 15 MW. Em porcentual, ainda é insignificante, mas sinaliza uma possibilidade para o futuro.

Planejamento —O Ministério de Minas e Energia prevê que, de 2015 a 2018, o Brasil irá contratar mais 31.500 MW de potência, dos quais quase 85% correspondem à geração de energias renováveis. Para 2024, a previsão é de um crescimento médio anual de 10% na geração por eólicas, pequenas centrais elétricas, termelétricas a biomassa e solar, passando de 20,9% de participação dessas fontes no parque de geração do sistema elétrico brasileiro, em 2018, para 27,3%, em 2024.

Pelo seu gigantismo, o potencial brasileiro para a produção de energia elétrica tem características regionais fortes. Nas regiões Nordeste e Sul, por exemplo, há maior potencial para a geração eólica; a biomassa tem maior potencial no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão as plantações de cana de açúcar; e no Norte estão os grandes aproveitamentos hidrelétricos que ainda podem ser explorados, como as hidrelétricas do Rio Xingu, do Rio Madeira e do complexo Tapajós.

Com os novos empreendimentos hidrelétricos, somados aos investimentos em linhas de transmissão, a meta do governo brasileiro é chegar a 2018 com um sistema elétrico ainda mais robusto, com custos declinantes e tarifas competitivas internacionalmente.

Exemplos de Itaipu —A Itaipu Binacional é a principal referência do governo brasileiro para os novos projetos hidrelétricos. Embora seu projeto seja de uma época em que a preocupação ambiental era praticamente nula, Itaipu sempre deu atenção a essa questão. Desde 1979, quando o reservatório da usina foi formado, foram plantados mais de 44 milhões de mudas nas margens brasileira e paraguaia da usina. É o maior programa de reflorestamento do mundo já feito por uma hidrelétrica. O principal programa socioambiental de Itaipu, o Cultivando Água Boa, criado em 2003, é referência não só para o setor elétrico brasileiro, como obteve da ONU o prêmio como a melhor prática de gestão hídrica do mundo.

Jorge Samek lembra que o governo brasileiro vai aproveitar a experiência do Cultivando Água Boa para a recuperação dos reservatórios do Centro Sul do País, a grande caixa d´água do setor elétrico do Brasil. O Ministério de Minas e Energia já anunciou a criação de um programa federal específico, destinado à recuperação ambiental das áreas de nossos reservatórios de hidrelétricas, com replantio, proteção de nascentes e outras medidas que ampliem a oferta de água nos reservatórios, tanto para geração de energia, quanto para o uso humano e os demais usos múltiplos da água.

O Programa Cultivando Água Boa também será um dos destaques na Expo Milão. O diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich, apresentará o programa no domingo, 11, segundo dia do seminário Território, Água, Energia e Alimento. Também no domingo, o superintendente de Energias Renováveis, Herlon Goelzer de Almeida, vai falar sobre o incentivo de Itaipu à produção de biometano na região Oeste do Paraná, a partir de dejetos de aves e suínos.

A Itaipu —Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,2 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”.

A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.

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