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14/10/2015 - 08:07

Depressão pós parto


Faz-se necessário dizer que é normal que uma grande parte das mulheres que acabam de ter um filho, desenvolva uma tristeza materna após o parto, chamado pelos americanos de “baby blues”. Tais sentimentos podem surgir, pois o parto, muitas vezes, é encarado como perda. Porém, essa sensação não impede a realização de tarefas. Sua intensidade é leve e deve se dissipar ao longo de algumas semanas.

Alguns pesquisadores evidenciam que mudanças hormonais no corpo da mulher podem disparar os sintomas. Durante a gravidez a quantidade dos hormônios estrogênio e progesterona aumentam bastante. A rápida queda na quantidade destes hormônios no pós-parto pode gerar alterações de humor. Da mesma forma os hormônios tireoidianos podem gerar sintomas equivalentes à depressão devendo os níveis deste hormônio serem avaliados no pós-parto

Os sintomas relacionados à DPP são: tristeza, desesperança, baixa autoestima, culpa, anedonia, ou seja, a falta de prazer em atividades que normalmente seriam prazerosas, distúrbios do sono, distúrbios alimentares, cansaço e falta de energia, desinteresse sexual aumento da ansiedade, irritabilidade, sentimentos de incompetência, isolamento social e outros como sintomas obsessivos e pensamentos suicidas.

A ocorrência da depressão pós-parto nas mulheres é alta e em função disto tem sido encarada como um problema de saúde pública. Estudos têm sido realizados que apontam para este problema.

Importante ressaltar que muito mais que uma doença médica a Depressão pós-parto apresenta como causas o contexto no qual a mulher está inserida, seja ele financeiro e conjugal, ou seja, o apoio social que cerca esta mae que acaba de ter um bebê. Mais do que isso a importância das questões subjetivas de cada mulher acerca do significado dado àquela gestação e àquele bebê em especial, suas características de personalidade e principalmente aos mitos sociais e culturais que permeiam a maternidade gerando idealizações que mais atrapalham que ajudam o desenvolvimento de um pós-parto menos conflituoso e mais real.

Ressignificar tais idealizações ajudariam e muito no desenvolvimento de um pós parto mais tranquilo e uma vinculação mãe- bebê mais plena.

. Por: Andreia Calçada, Psicóloga, Psicoterapeuta (com formação em gestalt, psicoterapia breve, Terapia Cognitivo Comportamental, Hipnose Ericksoniana), Pós-graduada em Psicopedagogia pela Universidade do Estado do RJ, especialista em Psicologia Clínica e Psicopedagogia Clínica, especialista pelo IPUB em Neuropsicologia. Mestrado em Resolução de Conflitos (mediação) Psicoterapeuta com Treinamento em atendimento e avaliação psicológica de crianças pelo West Coast Institute for Gestalt Play Therapy 2009-2010 - 2012. . Professora de cursos sobre avaliação Psicológica e experiência de 10 anos em Psicologia Jurídica, como assistente técnica ou perita. Autora dos livros “Falsas Acusações de Abuso Sexual – O Outro Lado da História”. Co-autora do livro “Guarda compartilhada – Aspectos psicológicos e Jurídicos”. Especialista em criança, adolescente e adulto.

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