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14/10/2015 - 08:07

Videomonitoramento: mais do que uma simples sensação de segurança

O aumento no número de homicídios no Brasil em 2014, revelado recentemente em pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, deve ser um dos grandes temas das eleições em 2016. Trata-se de uma das maiores preocupações dos brasileiros e um dos grandes desafios que os governos atuais vêm enfrentando.

Uma das primeiras coisas que se pensa para resolver o problema é instalar câmeras que possam ser monitoradas a partir de um centro de controle. Mas nem todos os projetos de videomonitoramento urbano se traduzem em redução da violência e aumento da sensação de segurança. Alguns projetos têm como objetivo proteger o patrimônio público e cultural ou controlar o trânsito e possíveis infrações. Quando a intenção é enfrentar a violência urbana, a proposta só funciona quando são observados alguns aspectos que vão além da instalação de qualquer câmera. Afinal, por que a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou queda nos homicídios ocorridos em 2014 nos estados de Alagoas e Espírito Santo, por exemplo?

A integração entre a polícia, os serviços de emergência e o trânsito é fundamental para o sucesso de um projeto como esse. Um exemplo reconhecido internacionalmente é a cidade de Medellín, na Colômbia, que tinha 222 câmeras analógicas e passou a usar uma rede IP que conta com mais de 820 câmeras e equipamentos 100% digitais. Ela foi uma das primeiras cidades a monitorar suas ruas com câmeras HDTV, e hoje mantém o pioneirismo ao adotar equipamentos Full HD. No final de 2015, a cidade contará com um total de 1,3 mil câmeras.

Em Vitória, no Espírito Santo, foram instaladas 165 câmeras HDTV, cujas imagens são compartilhadas entre a polícia, os bombeiros e outros departamentos governamentais. No primeiro semestre de 2015, foi possível detectar uma redução de 50% na taxa de homicídios da cidade, de acordo com dados oficiais, se comparados com o mesmo período em 2014. Houve também um aumento de 55% no índice de carros recuperados.

Maceió, por sua vez, recebeu 125 câmeras, espalhadas por 26 bairros. Os equipamentos permitem um acompanhamento eficaz de alvos da inteligência da Defesa Social no combate ao crime organizado. Graças à qualidade das imagens geradas – em HD –, elas passaram a constar como provas em inquéritos policiais que investigam crimes de diversas naturezas. Algumas delas fazem até leitura de placas de veículos, cruzando-as com um banco de dados de carros roubados e também identificando aqueles em situação irregular pelo não pagamento de taxas obrigatórias.

Não por acaso, tanto Espírito Santo quanto Alagoas, que adotaram soluções avançadas de videomonitoramento, tiveram um número menor de homicídios em 2014 em comparação com 2013. Uma das grandes vantagens dos sistemas mais modernos, e que facilita a vida dos gestores e a viabilidade econômica do projeto, é a compressão de vídeo, que exige um menor espaço de armazenamento e transmissão de dados – logo, menos necessidade de infraestrutura. Muitas cidades na América do Sul têm conexão com banda limitada, então não adianta utilizar câmeras HDTV se a transmissão das imagens irá impor uma resolução reduzida.

Não se trata apenas de instalar várias câmeras nas áreas onde se deseja causar impacto. O verdadeiro monitoramento aborda a administração da informação e o que se pode fazer com ela. Sob esse aspecto, a tecnologia IP permitiu um grande salto rumo ao fator prevenção, o que se traduz em menores custos operacionais e maior sensação de segurança. Com câmeras que fazem o reconhecimento facial à distância e em condições de pouca luminosidade, para citar apenas um exemplo de suas possibilidades, tem-se uma garantia maior na identificação e na prisão dos infratores.

Um bom projeto de videomonitoramento, além da presença de câmeras, deve trazer resultados concretos para a sociedade, sobretudo com queda nos índices de criminalidade, aumento na recuperação de veículos roubados e maior resolução de ocorrências ao usar as imagens como provas. Num sistema de videomonitoramento urbano, as câmeras precisam ser o meio para se alcançar algo, e não o fim.

. Por: Sérgio Fukushima, Gerente Técnico da Axis Communications para a América do Sul| Perfil—A Axis Communications oferece soluções avançadas de segurança para criar um mundo mais inteligente e seguro. Como líder do mercado de vídeo em rede, a Axis impulsiona a indústria através do lançamento de produtos de rede inovadores baseados numa plataforma de tecnologia aberta. A Axis tem relações de longo prazo com seus parceiros em todo o mundo para compartilhar conhecimento se desenvolver novos mercados. A Axis possui mais de 2000 funcionários dedicados em 40 escritórios e opera através de mais de 72 mil parceiros em 179 países. Fundada em 1984, a Axis é uma empresa de TI com base na Suécia e listada na NASDAQ Stockholm como AXIS.

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