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20/10/2015 - 07:27

Dermatologia: laser traz avanços também no tratamento de doenças raras de pele

Doenças que causam alterações aparentes na pele costumam representar grandes transtornos para quem convive com estes problemas. Se lembrarmos que a acne, que é tão comum, normalmente têm efeito negativo sobre a autoestima das pessoas, é fácil imaginar o que passam pessoas que têm doenças mais raras. Falar sobre o assunto, difundindo informações corretas sobre estas doenças, que, na maioria das vezes, não são transmitidas pelo contato, e a possibilidade de contar com novas tecnologias para o tratamento são dois bons aliados para os pacientes.

O uso do laser, uma tecnologia altamente segura, difundida há décadas na Dermatologia, vem constantemente apresentando evoluções, proporcionando alívio e bons resultados para o tratamento de diversas doenças, inclusive algumas menos conhecidas, como a Esclerose Tuberosa, uma doença genética também conhecida como Síndrome de Bourneville-Pringle ou Epilóia.

Cerca de 90% dos pacientes com a doença tem como sintomas manifestações na pele, com aparecimento de nódulos de cor vermelha ou cereja, geralmente na região facial. Por ser rara e pouco conhecida, o diagnóstico muitas vezes é tardio e a falta de informação dificulta o tratamento. “A esclerose tuberosa, que ganhou destaque em 1980, com o lançamento do filme ‘O Homem Elefante’, é uma doença neurocutânea, de causa genética e não transmissível. As fibroses, fibras do tecido da pele, crescem desordenadamente, formando pequenos tumores, benignos, mas que se não forem tratados, vão continuar se desenvolvendo e crescendo sobre a pele”, explica a médica dermatologista Christiana Blattner, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O tratamento pode ser feito com laser de tecnologia Erbium e ND Yag, capaz de destruir os nódulos, sem afetar a pele ao redor. O laser é usado no tratamento de cicatrizes, rejuvenescimento, micoses de unha, entre outras aplicações. “Ao mesmo tempo que atinge camadas profundas da pele, ele não é agressivo, agindo através da difusão profunda de calor no interior da pele, promovendo a contração imediata do tecido”, explica a Dra. Christiana, de Campinas. “Como as manifestações da doença são individuais, o tratamento também vai depender do tipo das lesões apresentadas, por isso a consulta ao médico é fundamental”, comenta a especialista. “No caso da esclerose tuberosa, como tem ligação com o sistema neurológico, e pode até incluir convulsões na infância e deformidades esqueléticas, muitas vezes exige assistência e cuidados de uma equipe médica multidisciplinar”, comenta a médica Christiana Blattner.

Por ser rara, de pouco conhecimento e com manifestações cutâneas e sistêmicas, a esclerose tuberosa pode ter diagnóstico tardio, provocando problemas psicológicos e sociais, prejudicando a qualidade de vida de seus portadores. O dermatologista tem papel fundamental no diagnóstico e tratamento da doença. “Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será o tratamento e a qualidade de vida da pessoa acometida pelo problema”, conclui a especialista.

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