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20/10/2015 - 07:27

Hérnias gigantes

A Sociedade Brasileira de Hérnia faz um alerta: se você tiver uma hérnia, procure logo um especialista. Não deixe que ela se torne gigante, pois as complicações podem ser muito maiores.

Segundo o Dr. Julio César Beitler, presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, pode haver hérnias gigantes tanto nas regiões inguinais como nas hérnias incisionais ventrais.

Existem dois tipos de hérnia inguinal: a da criança, que é congênita (nasce com ela) e a do adulto, que ocorre quando, por diversos motivos, há uma fraqueza da parede abdominal associada a um aumento das pressões intra-abdominais, que faz com que se rompa um local nesta parede e uma estrutura se torne capaz de sair por esse buraco. Isso vai causar desconforto no local, acompanhado de dor moderada, principalmente ao se levantar ou fazer esforços físicos  e, notando, o aparecimento de um abaulamento no local. Na região inguinal as hérnias tendem a aumentar de tamanho com o tempo independente de qualquer outro motivo. Mas  se acompanhado ao fato de  levantar pesos,  agrava o problema.

O principal mecanismo de aumento é a não operação, acompanhado  por defeito inato do metabolismo do colágeno, que nesses casos parece ser mais grave. O colágeno é uma proteína que todos nós temos, mas nos portadores de hérnia ela é defeituosa , o que enfraquece os tecidos. Até certo ponto as hérnias aumentam pelo medo do paciente em  operar, assim ele vai postergando o tratamento. Quando ela se avoluma muito e o paciente quer operar, ocorre o contrário, vários cirurgiões se recusam a fazer a cirurgia , pois, ou não sabem como corrigir esse grande defeito, ou não querem o difícil trabalho que é tratar uma hérnia gigante. O que acontece é que o paciente fica rodando por vários hospitais públicos, a procura de quem o opere. Normalmente, essas hérnias gigantes só ocorrem em pessoas de baixa condição social e educacional. O paciente mais esclarecido, procurando o médico, será operado quando a hérnia for de tamanho pequeno ou médio.

Nas hérnias incisionais o problema é outro. Algumas vezes o paciente tinha uma grande infecção abdominal e a musculatura não cicatrizou em toda a sua extensão, outras vezes houve um erro técnico no fechamento de sua incisão na operação inicial. Existem diversas causas para a formação de hérnias incisionais e elas podem ser pequenas ou grandes dependendo de cada caso. Há também o fator de defeito do metabolismo do colágeno, já descrito anteriormente. Só para se ter uma ideia, segundo a literatura médica, a média de hérnia incisional ocorre em 20 % de todas as incisões no abdome do tipo laparotomia, ou seja, incisões maiores do que 5 centímetros.

Estas hérnias precisam de cirurgias por via convencional, quase nunca podem ser realizadas por videocirurgia, e são muito difíceis de se tratar, tanto no preparo pré-operatório , quanto nos cuidados de pós-operatório e tecnicamente durante a cirurgia.

 A recuperação é bem mais demorada e os índices de cura não são tão favoráveis nas hérnias incisionais. Já nas inguinais o índice de cura é bom, porém com recuperação demorada. O alerta importante, é não deixar que as hérnias se tornem gigantes.

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