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21/10/2015 - 09:23

A importância de cuidar da fertilidade desde cedo

Cuidar da fertilidade é uma rotina que deve ser tomada desde que a menina entra na puberdade. Hoje a recomendação é que a partir dos 12 anos já faça a vacina do HPV. Neste momento, dependendo da maturidade da menina, um contato com o ginecologista já seria bom, até como orientação aos cuidados de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gestação e infecções.

Nesta fase é importante o controle das menstruações, a proximidade da mãe ou responsável também é importante para saber se a adolescente apresenta algum problema como menstruação irregular, fluxo abundante . A mãe tendo duvidas pode se aconselhar com seu ginecologista.

O preventivo será feito sempre que houver uma queixa da adolescente, ou de dor, ou de corrimento e deve ser feito anualmente apos o inicio da atividade sexual. É muito importante que o casal use preservativos para o controle das doenças sexualmente transmissíveis. Qualquer infecção sexualmente transmissível pode afetar o sistema reprodutor feminino. A camisinha é o método que mais se aproxima da segurança para prevenção de doenças, mas NÃO pode haver contato direto entre o pênis e vagina. A prevenção das infecções se baseia em não ter contato pele a pele.

Gonorréia, bactérias mais agressivas e a Clamídia são capazes de provocar lesões ou obstruções das trompas. A maioria destas infecções cursa com dor abdominal, febre e sinais inflamatórios que, quando tratados a tempo, podem não afetar a fertilidade.

A Clamidia Tracomatis é vilã da fertilidade. Na maioria dos casos é assintomática, ou pode se mostrar por um corrimento vaginal ou pequena secreção pela uretra masculina. Esta bactéria tem uma predileção por atacar as trompas, levando a processos obstrutivos tubários, aderências pélvicas, que irão fixar as trompas, impedindo que consigam captar os óvulos.

O diagnóstico é feito no sangue pela pesquisa de anticorpos específicos para Clamidia. Na maioria dos casos positivos, o anticorpo IgG está presente (IgM negativo), não havendo a presença da bactéria. Isto significa doença antiga e não atual, não havendo necessidade de tratamento. Quando os dois anticorpos estão positivos, a bactéria está presente, e quando os dois estão negativos, nunca houve contato.

O Vírus Papiloma Humano é transmitido através da relação sexual, ou do contato da pele com a área infectada. Na maioria dos casos pode não causar nenhum mal. Entretanto pode infectar as células do colo do útero, causando lesões pré cancerosas. Se não identificadas ou tratadas, podem levar ao câncer do colo do útero.

Estar no peso correto além de trazer saúde para a mulher de uma maneira geral, beneficia a sua fertilidade também. O peso inadequado pode dificultar a gravidez. Cerca de 12% de todos os casos de infertilidade são resultado do aumento de peso ou magreza excessiva.

Na mulher, a obesidade afeta a fertilidade da seguinte forma: O tecido gorduroso pode metabolizar os hormônios de uma forma, que leva a um descontrole do funcionamento dos ovários.

A mulher que deseja engravidar deve cuidar para que esteja no peso ideal já que tanto a obesidade como a magreza excessiva trazem problemas. Na magreza excessiva, o organismo tenta se defender, evitando que perca mais energia durante a menstruação.Os hormônios estão alterados, e os ovários não funcionam , não produzindo os hormônios que irão estimular o preparo do útero para uma gravidez. É comum a ausência completa de menstruação em estados nutricionais baixos.

Fumar, além de ser prejudicial a saúde também diminui a fertilidade. Podemos considerar que 13% de infertilidade feminina podem ser causadas por cigarro.

. Por: Dr. Luiz Fernando Dale – Ginecologista especialista em Medicina de Reprodução pela Universidade de Paris. Fez parte da equipe que trabalhou com os primeiros casos de fertilização in vitro na França, logo após o anúncio do nascimento do primeiro bebê de proveta do mundo, em 1978. É diretor do Centro de Medicina da Reprodução no Rio de Janeiro. Em 1981, estagiou no serviço de Reprodução Humana do John Hopkins, em Baltimore – USA. Ao retornar ao Brasil foi dos pioneiros da nova especialidade, a Medicina da Reprodução. De 1985 a 1996 foi Chefe do Setor de Reprodução Humana do Instituto Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz. Participa há quatro gestões, da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, ocupando cargos na diretoria. Membro da American Society for Reproductive Medicine desde 1983 e da Societé Française de Gynecologie desde 1987. Membro da European Society of Human Reproduction and Embriology desde 1997.

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