Fecomércio RJ: Copom reconhece fragilidade da economia ao não elevar juros contra inflação

O Banco Central optou pela estabilidade dos juros básicos da economia, mas a decisão não significará fôlego ao mercado de crédito. Em meio à recessão, o país segue com a maior taxa de juros no cenário internacional relevante, sem que, com isso, tenhamos nos aproximado do centro da meta de inflação. Uma andorinha só não faz verão. A razão está em decisões tomadas pelo Planalto nos últimos anos, que incharam o gasto público e comprometeram a oferta sobretudo de bens e serviços administrados, especialmente no caso de energia elétrica. Peso maior do Estado na atividade econômica, menor incentivo a investimentos e custo elevado do crédito impactaram a capacidade de crescimento do país, o que não se coaduna à hipótese de elevação de juros contra a inflação. A saída está na eficiência da máquina pública, no incentivo à produtividade das empresas e ao giro da economia. Do contrário, não conseguiremos romper com esse círculo vicioso.