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22/10/2015 - 13:11

Vale teve prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15


Apesar do recorde de produção do minério de ferro no período. A Vale produziu 88,2 Mt de minério de ferro no terceiro trimestre de 2015, um recorde trimestral com a produção de Carajás atingindo 33,9 Mt, o que também significou um recorde para um terceiro trimestre.

De acordo com o comunicado de 22 de outubro (quinta-feira), a receita bruta totalizou US$ 6,618 bilhões no terceiro trimestre de 2015, marcando uma redução de US$ 467 milhões em relação ao 2T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 281 milhões), níquel (US$ 136 milhões), cobre (US$ 98 milhões) e pelotas (US$ 74 milhões), parcialmente compensada por maiores volumes de finos de minério de ferro (US$ 167 milhões).

Custos e despesas —Os custos e despesas, líquidos de depreciação, foram de US$ 4,649 bilhões no terceiro trimestre de 2015, representando uma redução de US$ 288 milhões em relação ao segundo trimestre de 2015, apesar do aumento dos volumes de vendas.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica para os finos de minério de ferro ex-royalties alcançou US$ 12,7/t no terceiro trimestre de 2015 contra US$ 15,8/t no segundo trimestre de 2015, o menor da indústria de minério de ferro, impulsionado pelas iniciativas de redução de custos em curso e pelos ramp-ups das minas de N4WS e N5S e de alguns dos projetos de Itabiritos.

O Ebitda ajustado foi de US$ 1,875 bilhão no terceiro trimestre de 2015, ficando 15,3% abaixo do segundo trimestre de 2015 principalmente como resultado de menores preços que impactaram negativamente o Ebitda em US$ 715 milhões. Menores custos e despesas e maiores volumes de vendas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no Ebitda em US$ 481 milhões e US$ 62 milhões, respectivamente. A margem do Ebitda ajustado foi de 28,8% no 3T15.

Investimentos —Os investimentos totalizaram US$ 1,879 bilhão no terceiro trimestre de 2015, sendo que os investimentos na execução de projetos somaram US$ 1,232 bilhão, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes foram de US$ 647 milhões.

Desinvestimentos —Os desinvestimentos somaram US$ 1,537 bilhão no terceiro trimestre de 2015, com US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR e US$ 448 milhões com a conclusão da venda de quatro navios VLOCs (very large ore carriers) para a China Merchants Energy Shipping Co.

"Tivemos muita volatilidade no mercado de câmbio no Brasil com a desvalorização do real brasileiro que fechou o trimestre a 3,97 com impacto sobre as contas de balanço da companhia de forma importante, justifica, dessa forma, o prejuízo que a companhia registrou no trimestre", frisou o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, em vídeo.

—Grande parte da dívida da mineradora é em dólar, e isso traduzido, infla a dívida, —disse Siani.

O comunicado da Vale mostra prejuízo líquido foi de US$ 2,117 bilhões no terceiro trimestre de 2015 contra um lucro líquido de US$ 1,675 bilhão no segundo trimestre de 2015. A redução de US$ 3,792 bilhões no lucro líquido deveu-se, principalmente, aos efeitos no resultado financeiro da depreciação de 28% do BRL contra o USD no terceiro trimestre de 2015 contra a apreciação de 3% no terceiro trimestre de 2015. O lucro básico recorrente foi negativo em US$ 961 milhões no terceiro trimestre de 2015, contra US$ 973 milhões no 2T15.

Dívida reduzida no 3T15 —A dívida bruta totalizou US$ 28,675 bilhões em 30 de setembro de 2015, significando uma redução de US$ 1,098 bilhão em relação à posição de dívida em 30 de junho de 2015. A dívida líquida diminuiu US$ 2,296 bilhões, totalizando US$ 24,213 bilhões com posição de caixa de US$ 4,462 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,3 anos com um custo médio de 4,37% por ano.

O Ebitda do segmento de Minerais Ferrosos foi apoiado por significativas reduções em custos e despesas: . O Ebitda ajustado de Minerais Ferrosos no terceiro trimestre de 2015 foi de US$ 1,652 bilhão, ficando US$ 159 milhões abaixo do US$ 1,811 bilhão alcançado no segundo trimestre de 2015, principalmente como resultado dos menores preços realizados de venda (US$ 358 milhões) e menores dividendos recebidos da Samarco (US$ 146 milhões) e das usinas pelotizadoras arrendadas (US$ 31 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 42 milhões), menores custos1 (US$ 103 milhões) e menores despesas (US$ 14 milhões).

. O Ebitda ajustado permaneceu estável no terceiro trimestre de 2015 se comparado ao segundo trimestre de 2015 quando excluímos os maiores dividendos recebidos pela Samarco e pelas plantas pelotizadoras arrendadas no 2segundo trimestre de 2015.

. O Ebitda ajustado excedeu o capex total do segmento de Minerais Ferrosos em US$ 553 milhões no terceiro trimestre de 2015 contra US$ 534 milhões no segundo trimestre de 2015.

. O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-ROM) diminuiu US$ 5,5/t dos US$ 61,5/t no 2T15 para US$ 56,0/t no terceiro trimestre de 2015, sendo US$ 1,1/t acima da média do índice de referência Platts IODEX 62% de US$ 54,9/t no terceiro trimestre de 2015.

. A qualidade do produto medida pelo conteúdo de Fe melhorou de 63,2% no segundo trimestre de 2015 para 63,5% no terceiro trimestre de 2015, principalmente devido aos ramp-ups das minas de N4WS e N5S e dos projetos Itabiritos.

. Frete abaixo no trimestre —O custo unitário do frete de minério de ferro foi de US$ 16,4/t no terceiro trimestre de 2015, ficando US$ 0,4/t abaixo dos US$ 16,8/t registrados no segundo trimestre de 2015.

. O custo e despesa unitários (ajustados pela qualidade e umidade) para a tonelada de finos de minério de ferro em base seca (dmt) entregue na China diminuíram de US$ 39,1/t no segundo trimestre de 2015 para US$ 34,2/t no terceiro trimestre de 2015 (e US$ 32,4/t em vendas combinadas de finos de minério de ferro e pelotas).

. Os investimentos na manutenção das operações existentes de finos de minério de ferro foram de US$ 209 milhões (US$ 3,1/wmt2) no terceiro trimestre de 2015, ficando US$ 1,0/wmt abaixo do segundo trimestre de 2015. [wmt: tonelada base úmida].

. S11D alcançou 75% de avanço físico na mina e planta, 50% na ferrovia e porto, e 72% no ramal ferroviário.

O Ebitda de Metais Básicos diminuiu como resultado dos menores preços de níquel: .As receitas de venda alcançaram US$ 1,355 bilhão no terceiro trimestre de 2015, ficando US$ 301 milhões abaixo do segundo trimestre de 2015 principalmente como resultado dos menores preços (US$ 255 milhões).

. O Ebitda ajustado foi de US$ 193 milhões no terceiro trimestre de 2015, ficando US$ 213 milhões abaixo do segundo trimestre de 2015, e tendo sido negativamente impactado em US$ 86 milhões com a diminuição do preço do cobre na curva futura no final do terceiro trimestre de 2015, que determinou ajustes no preço provisório de: (a) vendas realizadas em trimestres anteriores e finalizadas no terceiro trimestre de 2015 (US$ 28 milhões); e (b) vendas ainda em aberto no final do terceiro trimestre de 2015 (US$ 58 milhões).

. A produção de níquel alcançou 71.600 t no 3T15, ficando 6,7% acima do 2T15, como resultado da maior produção em Sudbury, Indonésia e Nova Caledônia, a despeito das paradas programadas em Sudbury e Thompson no terceiro trimestre de 2015.

. A produção de cobre alcançou 99.300 t e a de ouro apresentou o melhor desempenho em um terceiro trimestre com produção de 100.000 oz.

. O Ebitda de Salobo alcançou US$ 77 milhões, a despeito de menores preços e ramp-up mais lento do que o esperado para julho e agosto de 2015, o que foi parcialmente compensado pela taxa de utilização de 90% em setembro de 2015.

. Os volumes de produção e venda de cobre e níquel devem aumentar no 4T15 com a conclusão de todas as manutenções programadas para o ano e maior produção de fontes próprias de minério, em conjunto com o alcance da capacidade nominal de produção de Salobo.

O Ebitda do segmento de Carvão diminuiu com maiores custos e menores preços: . O Ebitda ajustado de carvão diminuiu para -US$ 129 milhões no terceiro trimestre de 2015 contra -US$ 102 milhões no 2T15, principalmente como resultado de maiores custos de produção (US$ 35 milhões) e de menores preços (US$ 10 milhões), que foram parcialmente compensados por menores despesas (US$ 13 milhões).

. Os custos de produção aumentaram principalmente como resultado: (a) do consumo adicional de estoques de carvão de maior custo em função do aumento de vendas e menor produção de ROM em Carborough Downs; (b) da remoção de estéril antecipada durante a parada para manutenção da planta em Moçambique.

. Moatize II alcançou 96% de avanço físico com investimentos de US$ 93 milhões enquanto o Corredor Logístico Nacala alcançou 94% de avanço físico com investimentos de US$ 212 milhões no terceiro trimestre de 2015.

O Ebitda do segmento de Fertilizantes continuou a apresentar melhora devido a maiores volumes de venda e menores custos: .O Ebitda ajustado de Fertilizantes aumentou para US$ 197 milhões no 3T15 quando comparado aos US$ 163 milhões no 2T15, principalmente devido aos maiores volumes de venda (US$ 69 milhões) e menores custos (US$ 40 milhões), que foram parcialmente compensados por menores preços (US$ 54 milhões) e maiores despesas (US$ 21 milhões).

—No terceiro trimestre de 2015 foi reduzido custos e despesas substancialmente, alcançando uma significativa redução em custos caixa C1 em finos de minério de ferro, continuando o processo de desinvestimento e reduzindo a dívida líquida da companhia—destaca o comunicado.

—Permanecemos focados na manutenção da nossa disciplina operacional e na preservação de nosso balanço patrimonial à medida que completamos nosso ciclo de investimentos nos próximos anos—conclui.

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