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24/10/2015 - 07:18

Jogos Mundiais fortalecem cultura do povo indígena, diz cacique do povo Gavião


Abertura sob aplausos para uma cultura de muito valor para o mundo. Todas as etnias foram selecionadas pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), sob critérios como a conservação dos costumes, o idioma, as crenças, os ritos, as pinturas corporais, a música e os esportes tradicionais dos povos.

Indígenas de 24 etnias brasileiras e de outros 23 países estão reunidos em Palmas (TO) para a primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Os jogos começaram no dia 23 de outubro(sexta-feira) e seguem até o dia 1º de novembro. A presidenta Dilma Rousseff abre oficialmente o evento na tarde do dia 23 de outubro(sexta-feira),, na capital do Tocantins.

Os jogos atendem ao objetivo de fortalecer a cultura indígena, até mesmo resgatando costumes que começavam a se perder, avalia o cacique Jakurere Mpopare Pepkrakte, do povo Gavião, do sudeste do Pará.

“Eu vejo como importante fonte de fortalecimento da cultura do povo indígena, porque as nossas tribos, os nossos povos, se dedicam mais para trazer a melhor apresentação para os jogos. Costumes que talvez ficaram para trás, que a gente esqueceu de praticar nas nossas aldeias, estamos começando a resgatar para mostrar”, declara.

O cacique do povo Gavião ressalta que o encontro entre as diversas etnias indígenas, ou parentes, como eles se tratam, os incentiva a divulgar a identidade cultural e o modo em que vivem dentro da comunidade. É uma forma também de apresentar a forma de convívio dos indígenas com a natureza, as relações sociais, a música, a alimentação e os demais costumes.

A competição inédita é realizada pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência (ITC), em parceria com o governo federal, a prefeitura de Palmas, o governo de Tocantins e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

São cerca de 1.800 atletas indígenas, sendo 1.100 de etnias brasileiras e 700 de etnias internacionais. Algumas das modalidades que serão disputadas são arco e flecha, arremesso de lança, cabo de força, canoagem, corrida com tora, corrida de resistência (10km), corrida de velocidade (100m), futebol, lutas corporais, natação e canoagem, além de esportes e jogos tradicionais específicos de cada etnia, em caráter demonstrativo.

O evento será realizado na Vila dos Jogos, complexo esportivo adaptado às necessidades específicas das modalidades, que oferece ampla programação para o desenvolvimento de atividades das comunidades. Acontecerão competições também no Estádio Nilton Santos, em campos de futebol da cidade e no Rio Tocantins.O investimento do Ministério do Esporte nos jogos inclui acordo de cooperação de US$ 13 milhões com o Pnud e convêncio de R$ 4,2 milhões com a prefeitura.

O cacique Ciro Chonik, da etnia Charruas, do Uruguai aponta que os Jogos Mundiais são um exemplo de paz e união não somente para os indígenas, mas para o mundo todo.

“Estamos muito emocionados de estar aqui representando o povo Charrua neste maravilhoso evento que é um exemplo para todo o mundo. Estamos dando um grande exemplo ao mundo ao celebrar e compartilhar, porque sentimos que é possível viver de outra maneira, para toda a família humana, os indígenas e os não indígenas. Esse é para nós o sentido deste primeiro encontro mundial: dar um exemplo para todos os irmãos e irmãs, não importa sua pele, sua religião, sua crença”, diz.

Os Charruas esperam que esta primeira edição dos jogos seja um primeiro passo para “reunir de novo toda a família humana”. “Estamos muito agradecidos ao Comitê Intertribal, aos nossos irmãos Carlos e Marcos Terena, que fizeram esse grande trabalho, realizaram esse sonho, às autoridades que colaboraram para que se realizasse esse encontro”, declara o cacique uruguaio. | PB.

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