AeroRio, do CTC/PUC-Rio, traz novidades para a competição SAE Brasil AeroDesign 2015

Equipe utilizará, pela primeira vez, um motor elétrico na categoria Advanced, e estreia na Regular, competindo com outras 65 equipes.

A AeroRio, equipe carioca formada por alunos de Engenharia do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), traz novidades para a 17ª edição da SAE Brasil AeroDesign, que será realizada de 29 de outubro a 1º de novembro, em São José dos Campos, São Paulo. A equipe da PUC-Rio participa pela primeira vez na categoria Regular da competição.

A SAE Brasil AeroDesign 2015 contará com 95 equipes, sendo 89 brasileiras e seis do exterior, vindas da Venezuela e México, por exemplo. Todas são divididas nas classes Advanced (seis equipes), Regular (65 equipes) e Micro (24 equipes). No total, são mais de 1,3 mil participantes. Devido ao grande crescimento da competição, 40 equipes ficaram na fila de espera este ano. As inscritas passam por três etapas: relatório de projeto, apresentação oral do projeto e competição de voo. Os campeões da SAE Brasil Aerodesign ganharão o direito de participar, em 2016, da edição internacional nos EUA, a SAE Aerodesign East Competition.

O capitão da AeroRio na categoria Regular, Luis Filipe Moraes, conta que a classe abriga um número maior de competidores e também as equipes mais famosas do torneio. “Normalmente participávamos apenas da categoria Advanced, a mais difícil da SAE Brasil AeroDesign, mas, esse ano, em função da quantidade de pessoas na nossa equipe e da maior competitividade da Classe Regular, decidimos nos inscrever também nessa categoria”, conta Luis Filipe.

O avião da AeroRio vai competir com outras 65 equipes na categoria Regular

Já na categoria Advanced, a equipe da PUC-Rio conta com boas histórias e apresenta novidades para este ano. Em 2012 e 2013, a equipe foi campeã da competição, e, ano passado, conquistou o 2º lugar. Este ano, a AeroRio busca o título ao utilizar, pela primeira vez, um motor elétrico capaz de gerar o dobro do empuxo, resultando em mais velocidade para o avião. Os materiais que compõe as aeronaves da PUC são os mesmos de anos anteriores: fibra de carbono, madeira, fita de empacotamento e espuma de alta densidade. A fibra de carbono, por exemplo, representa quase 50% do avião, o que permite o aumento do rendimento da aeronave por se tratar de um material leve e resistente.

Em ambas as categorias, os aviões terão que fazer um circuito de voo transportando uma carga de qualquer material sólido, exceto chumbo, e decolar em uma distância máxima de 70 metros. Além disso, as aeronaves da classe Regular devem ter área projetada de no máximo 0,9 m² e ter apenas um motor dentre as quatro opções indicadas no regulamento.

“A Regular é uma das mais competitivas, pois existe uma série de bonificações atreladas ao pouso, voo e retirada de carga. Perder ponto nessas avaliações podem custar o prêmio”, contou Moraes. Já para a classe Advanced, a limitação é no peso vazio da aeronave, que não pode ultrapassar 3 kg. A equipe é livre para escolher a quantidade de motores e o modelo, podendo ser a combustão ou elétrico. Igor Lins e Silva, capitão da Advanced, conta que diferente dos outros anos, vale a pena utilizar motor elétrico, uma vez que as regras incentivam o uso ao considerar a bateria do motor como carga útil.

Neste ano, a equipe AeroRio conta com dois novos patrocinadores: a empresa alemã Kontronik, produtora de motores elétricos de alta qualidade, e a brasileira Tekbond, que fornece colas, selantes e adesivos. Estes se somam aos já conhecidos Next Limit, fornecedora espanhola de tecnologias de simulação como o XFlow, Tenax, que contribui com peças de aço, e a GrabCad, que permite o uso de ferramentas colaborativas, como back-up online dos projetos em andamento. Todas integram o time da AeroRio.