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19/02/2008 - 09:12

Faculdade de Medicina da Bahia faz 200 anos


E ganha selo comemorativo para lembrar a importância da primeira escola médica do Brasil.

A Faculdade de Medicina da Bahia (FAMEB), foi fundada em 1808, e no dia 18 de fevereiro, comemorou 200 anos. Ela fica no Largo do Terreiro de Jesus, em Salvador, é a primeira escola médica do país e foi criada durante a passagem de D. João VI pelo estado.

Para o evento comemorativo reuniu o secretário executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão; o reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, e o diretor da Faculdade de Medicina de Coimbra, Francisco Castro Souza, entre outras autoridades.

Como parte das comemorações, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) iniciou a circulação selo que destaca ações do Príncipe Regente D. João para o fim do bloqueio educacional que impediu, por mais de 300 anos, a existência de cursos superiores no Brasil.

O selo 200 Anos da Faculdade de Medicina da Bahia faz parte da Série 200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. A tiragem é de 300 mil exemplares, sendo 10.000 para a Bahia, e o selo custa R$ 0,90. O lançamento foi na Associação Comercial da Bahia, com a presença do governador Jacques Wagner e do diretor comercial dos Correios, Samir de Castro Hatem.

. Detalhes do selo comemorativo.: Arte: Maria Maximina| Processo de Impressão: Ofsete | Folha: 30 selos, sendo 15 de cada motivo | Papel: Cuchê gomado | Valor facial: 1º Porte Carta Comercial | Tiragem: Faculdade de Medicina da Bahia: 300.000 selos | Picotagem: 11,5 x 12 | Área de desenho: 35 mm x 25 mm | Dimensões do selo: 40mm x 30mm | Data de emissão: 18/2/2008 | Locais de lançamento: Salvador/BA | Tiragem: 10.000 | Impressão: Casa da Moeda do Brasil | Versão: Departamento de Filatelia e Produtos/ECT.| Site: www.correios.com.br

Perfil do selo - Na imagem do selo da Faculdade de Medicina da Bahia, é retratado o suntuoso prédio em tom bicolor amarelo e marrom, remetendo às tradições da Instituição, e o Elevador Lacerda, marca inconfundível da cidade de Salvador. Os fortes tons de cor são referência à cultura baiana.

O selo apresenta como elemento a coroa que representa Portugal, um trecho da citação do Juramento de Hipócrates e a presença do símbolo da Medicina, personificado no bastão envolto pela serpente. Tradição e modernidade se complementam, representadas pela coroa, pelo símbolo da Medicina e pelas linhas arquitetônicas. O tom de cor graficamente esmaecido denota a passagem do tempo, e a tarja vertical destaca o bicentenário da Instituição. Foi utilizada a técnica de computação gráfica.

200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil: 200 Anos da Faculdade de Medicina da Bahia - Como colônia de Portugal, o Brasil permaneceu mais de 300 anos sem autorização para oferecer cursos superiores. Só em 18 de fevereiro de 1808, com a criação da primeira escola médica do País, em Salvador, Bahia – a Faculdade de Medicina da Bahia –, o Príncipe Regente, D. João, deu início ao fim do bloqueio educacional que impedia o desenvolvimento da nação.

Foi com a escola médico-cirúrgica da Bahia que começaram a florescer o ensino, a ciência e a cultura no então império tropical português. Nesses 200 anos, a Faculdade de Medicina da Bahia foi a primeira a semear o desenvolvimento da arte médica no País.

A participação de seus funcionários, estudantes e professores em momentos históricos importantes para o Brasil deu origem, ainda no século XIX, às primeiras Ligas Acadêmicas e aos primeiros Grupos Associativos do Movimento Estudantil, propulsores dos embates em prol do fim da escravidão, da defesa do ideário republicano e da recuperação do Estado de Direito, sempre que as liberdades democráticas foram usurpadas.

Esse engajamento levou à invasão da sede mater da Faculdade de Medicina da Bahia por tropas governamentais, em 22 de agosto de 1932, o que não impediu a sua ativa participação na campanha o “Petróleo é Nosso”, na resistência ao Golpe de 1964 e, nos anos 80, no movimento universitário pela reconstrução da Democracia.

O voto feminino também foi uma das bandeiras levantadas pela Faculdade. Sua primeira docente, Dra. Francisca Praguer Fróes, liderou, nos anos 30, a luta por esse direito, sendo também uma das primeiras mulheres brasileiras a publicar artigos em revistas especializadas. Nesse aspecto, a Faculdade de Medicina da Bahia já havia sido inovadora, quando diplomou, em 1887, a primeira brasileira graduada no País em Medicina – Dra. Rita Lobato Velho Lopes.

Outros pioneirismos da Faculdade datam do início do século XX: o uso clínico dos Raios X no Brasil, com o professor Alfredo Thomé de Britto, e a implantação do Instituto Médico-legal da Bahia, mais tarde, Instituto Médico-legal Nina Rodrigues, em homenagem ao professor Raymundo Nina Rodrigues, fundador da Medicina Legal e da Etno-Psiquiatria no Brasil.

Apesar da importância desses acontecimentos, foi no final do século XIX que surgiu um dos movimentos científicos mais profícuos, a Escola Tropicalista Baiana. Grande parte de suas contribuições originais foram descritas na primeira revista especializada do Brasil, a Gazeta Médica da Bahia, criada em 1866.

Membro da Escola Tropicalista Baiana, o professor Manuel Pirajá da Silva, em 1908, descreveu as bases fundamentais para a caracterização do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. A descoberta foi essencial para o maior entendimento e controle dessa doença endêmica.

No entanto, o maior tributo da Faculdade de Medicina às futuras gerações foi ser a célula formadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), fundada em 1946, que teve como primeiro reitor o principal incentivador da criação da Universidade, o diretor da Faculdade de Medicina da Bahia – professor Edgard Rego Santos.

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