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28/10/2015 - 08:12

Verde que te quero verde

Muito se tem discutido sobre o futuro da Floresta Amazônica, sua importância para o mundo e para o país. Mas pelos resultados de uma pesquisa divulgada recentemente, ainda precisamos avançar nas políticas públicas para preservar esse patrimônio ecológico da humanidade. Lançado pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), o estudo “Desmatamento na Amazônia (1970-2013)” mostra que, apensar do desmatamento na região perder fôlego entre 2000 e 2013 em relação ao ritmo registrado nos 30 anos anteriores, ainda desmatou-se 13% da cobertura vegetal, ou seja, 223 mil km2 no período.

O estudo engloba o desmatamento nos nove países amazônicos e mostra que na Venezuela o corte de árvores continua com tendência de alta. Ainda não temos motivos para comemorar qualquer indicação de melhoria na região. Continuamos a desmatar 5 mil km2 ao ano, o que representa quase um campo de futebol por minuto segundo os pesquisadores do Instituto do Homem e Meio da Amazônia (Imazon). A pesquisa traz um panorama geral dos 43 anos de desmatamento e mostra que a maior perda foi registrada entre os anos 1970 e 2000 (9,7%).

Os esforços governamentais parecem insuficientes no controle eficaz do desmatamento nessa região. Apesar de o país possuir tecnologia capaz de um monitoramento detalhado, por meio de imagens de satélite, entre outros instrumentos, os sistemas de fiscalização são incapazes de inibir quadrilhas que se aproveitam do desmatamento ilegal para comercializar madeira, além de transformar florestas em áreas de pastagens extensivas.

Está claro que ainda estamos longe de reverter esse quadro enquanto não for dado o tratamento correto para esse problema. As soluções passam invariavelmente pelo reconhecimento do valor que a Amazônia representa para o país e a necessidade de se preservá-la. Afinal, são quase 6 milhões de km2, correspondentes a 35% do continente sul-americano. O patrimônio humano abarca 33 milhões de pessoas e 385 povos indígenas.

São incontáveis as riquezas que a Amazônia pode oferecer tanto em questões científicas como para uma economia sustentável. Objeto de estudos de pesquisadores de vários países, a região deve estar entre as prioridades de qualquer governo e sua preservação deve ser encarada como fundamental para o desenvolvimento do país. Afinal, é um patrimônio que deve ser cuidado como um legado essencial para as futuras gerações.

. Por: Luiz Roberto Gravina Pladevall , presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).

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