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30/10/2015 - 08:10

Colapa reitera benefícios nutricionais da carne vermelha

O Colapa considera que o estudo da IARC, que classifica como cancerígena a carne processada e a carne vermelha como provavelmente cancerígena, foi mal interpretado, mal contextualizado e avaliado de maneira incompleta. É importante que o valioso trabalho de organizações como a OMS e a IARC seja sempre acompanhado pelo contexto adequado e que forneça informações científicas adicionais, que permitam uma leitura objetiva dos resultados. A carne vermelha é uma excelente fonte de proteína, vitaminas, minerais e antioxidantes e seu consumo contribui para a saúde humana.

São Paulo— O Conselho Latino-Americano de Proteína Animal (Colapa) garante que o consumo de carne vermelha e de carne processada, como parte de uma dieta equilibrada e de um estilo de vida saudável, traz benefícios importantes para a nutrição humana e para o desenvolvimento social. Tais produtos contêm proteína de alta qualidade, vitaminas, minerais e ácidos graxos, todos benéficos para a saúde.

O Colapa, que promove o consumo de proteína animal na região e está presente na Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México, entende serem incompletas e fora de contexto as declarações relativas à classificação da carne de salsicha como cancerígena e da carne vermelha como provavelmente cancerígena.

As informações publicadas em alguns meios de comunicação sobre o relatório da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC, em sua sigla em Inglês) da Organização Mundial de Saúde (OMS) não considera o estudo ou orientações da própria Agência, já que o consumo de carne, como de toda proteína animal, em quantidades adequadas, sem excesso, é benéfico para a saúde.

Na declaração em que foi tornado público o relatório, o Dr. Kurt Straif, chefe do Programa de Monografias da IARC, diz que "para um indivíduo, o risco de desenvolver câncer colorretal para o seu consumo de carne processada ainda é pequeno, mas esse risco aumenta com a quantidade de carne consumida".[1]

Dr. Christopher Wild, diretor da IARC, disse qual deve ser o significado do estudo, que não é estabelecer uma relação causal direta entre o consumo de carne vermelha e o surgimento de câncer. "Ao mesmo tempo, a carne vermelha tem valor nutricional. Portanto, estes resultados são importantes para permitir que governos e agências reguladoras internacionais realizem avaliações de risco, a fim de equilibrar os riscos e os benefícios do consumo de carne vermelha e de carne processada, e para fornecer as melhores recomendações dietéticas possíveis", afirmou o diretor da IARC.[2]

A própria IARC afirma que esta classificação indica se um agente é capaz de provocar câncer, o que tecnicamente é considerada a possibilidade de, mas não mede a probabilidade de que o câncer ocorra como o resultado da exposição a um agente.[3]

A luz solar é um exemplo de agente com capacidade de causar câncer e, portanto, é classificada como cancerígena na classificação do Grupo 1, como salsichas. Exposição excessiva ao sol pode ser prejudicial. Já a exposição solar adequada é essencial para a saúde humana, por exemplo, para a produção de vitamina D.[4]

Quanto à carne vermelha, o mesmo relatório assinala que "o Grupo de Trabalho concluiu que não há evidência limitada para a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha em seres humanos."[5]

Mesmo para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, em sua sigla em Inglês) as carnes vermelhas fornecem proteína de alto valor biológico e rica em nutrientes.[6] Além disso, elas provêm todos os aminoácidos essenciais às necessidades humanas e contribuem para o bem-estar dos músculos e ossos.

A proteína animal na carne também é necessária para o crescimento e para a reparação de tecidos e órgãos e ajuda o transporte de oxigênio e nutrientes para a corrente sanguínea.

É também necessária para o bom funcionamento do sistema imunológico, pois contém uma variedade de nutrientes altamente biodisponíveis, como ferro, zinco e vitamina B, todos necessários para manter a boa saúde. Ela também tem vários antioxidantes, incluindo a carnosina, o que contribui para reduzir os danos celulares.

O câncer é uma doença complexa. Portanto, as reivindicações em certos meios de comunicação sobre a possibilidade de que um alimento é a única causa ou a causa direta para a geração de uma doença como o câncer são incompletas e não colocam em contexto o estudo publicado pela IARC.

O Colapa reconhece o valor dos estudos e relatórios de organizações internacionais como o IARC, assim como a importância de seguir baseando em fatos científicos suas investigações para garantir uma alimentação adequada da população mundial.

Por esta razão, consideramos que é importante publicar relatórios como o citado, sempre sob contexto apropriado e informações científicas complementares, que permitam ter uma visão objetiva sobre os resultados. Assim, haverá o real benefício e o correto entendimento de governos, líderes de opinião, consumidores finais e da saúde pública em geral.

O Conselho Latino-americano de Proteína Animal (Colapa) é um organismo autônomo fundado em 2014 e integrado por empresas líderes pecuárias, grandes produtores e organizações de seis países da região: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México. O Conselho promove os benefícios e a necessidade do consumo de proteína animal na América Latina em favor da nutrição humana e do desenvolvimento social.

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