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31/10/2015 - 05:27

Uma reflexão sobre o Sínodo dos Bispos: a família, como vai?


No último dia 25 de outubro, encerrou-se no Vaticano a 14ª assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema Vocação e missão da família na Igreja e no mundo moderno. Durante três semanas, os padres sinodais (bispos e cardeais), além de sacerdotes, religiosos, casais e outros convidados, em comunhão com o papa Francisco, refletiram à luz do Evangelho de Cristo algumas questões inerentes à vida da família: matrimônio, unidade e indissolubilidade, afetividade e sexualidade, paternidade responsável, educação de filhos, família e seu lugar na sociedade, dignidade da mulher, do idoso, das crianças, e outras questões.

Sínodo significa caminhar juntos, e tal caminhada foi realizada com o desafio de partilhar as realidades das famílias nas mais diferentes culturas ali representadas pelos participantes daquela assembleia eclesial.

No encerramento do sínodo, elaborou-se um Relatório final, no qual se reafirmou a doutrina da Igreja Católica sobre o matrimônio e a família, apontando algumas propostas pastorais para que nenhuma situação vivida pelas famílias ficasse fora do olhar pastoral da Igreja.

Somos todos convidados a tomar conhecimento do conteúdo deste documento ricamente evangélico, e igualmente claro e atual; um documento que não teve receio de também tocar nas chagas sofridas por tantas famílias, porém consciente de que, no mistério do amor de Deus revelado por Jesus, o rosto misericordioso de Deus, a família é capaz de recuperar sua identidade, missão e lugar no plano salvífico de Deus.

Papa Francisco em seu discurso final dos trabalhos sinodais não economizou palavras para afirmar que esta conclusão significava compreender “a importância da instituição da família e do matrimônio entre homem e mulher, fundado sobre a unidade e a indissolubilidade e a apreciá-la como base fundamental da sociedade e da vida humana”. Significava ainda “anunciar o Evangelho ao homem de hoje, defendendo a família de todos os ataques ideológicos e individualistas”.

Impressiona-me a coragem do papa Bergoglio ao dizer nesse mesmo discurso que, tratando-se das questões inerentes à família, “os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão”. Segundo o Santo Padre, “isto não significa de forma alguma diminuir a importância das fórmulas – são necessárias –, a importância das leis e dos mandamentos divinos, mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus, que não nos trata segundo os nossos méritos nem segundo as nossas obras, mas unicamente segundo a generosidade sem limites da sua Misericórdia”.

. Por: Padre Wagner Ferreira, Teólogo, membro da Comunidade Canção Nova e professor no curso de Comunicação da Faculdade Canção Nova

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