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19/02/2008 - 10:12

Seleção masculina de handebol participa do programa de avaliações científicas do COB

A partir do dia 18, os bicampeões pan-americanos serão testados visando aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.

A equipe masculina de handebol do Brasil, medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos Rio 2007, participa até o dia 21 de fevereiro (quarta-feira ), de Programa de Avaliações Científicas do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) visando aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. A iniciativa faz parte de um projeto desenvolvido pelo Núcleo de Ciência do Esporte do Departamento Técnico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que vem avaliando, desde janeiro, atletas e equipes que representarão o Brasil em Pequim 2008. Os estudos e avaliações serão feitos no Centro Olímpico da Prefeitura de São Paulo e abrangem procedimentos como o controle de termorregulação e adaptação aos fusos horários.

Os campeões pan-americanos de handebol unem-se a atletas do judô, taekwondo, pentatlo moderno, nado sincronizado, tiro com arco e tênis de mesa, que já fizeram suas avaliações. Atletismo, remo e vela estão agendados para março. As Confederações Brasileiras Olímpicas vêm participando ativamente deste processo científico, que ajudará a traçar a carga de treinamento na preparação dos atletas.

O controle de termorregulação é um ponto prioritário nas avaliações, pois pretende mapear as variações de temperatura corporal do atleta de acordo com as condições de temperatura e umidade da região. "Os Jogos Olímpicos de Pequim 2008 serão disputados durante o verão asiático. As temperaturas lá variam entre 27º e 30º, mas a umidade é alta. Com umidade elevada, cria-se uma barreira natural para a evaporação do suor dos atletas, e isso gera aumento da temperatura corporal, acarreta aumento de esforço em atividades contínuas, conseqüente desidratação e perda de performance pelos competidores", esclarece Luís Eduardo. "Estaremos informando periodicamente às Confederações sobre as condições do tempo e a umidade na China. O planejamento para a intensidade de treinamento é feito a partir dessas informações climáticas. Medimos também os índices de massa corporal e analisamos a urina dos atletas", revela Luis Eduardo Viveiros de Castro, coordenador do Núcleo de Ciência do Esporte do Departamento Técnico do COB.

A adaptação aos fusos horários é algo bastante enfatizado nas preparações esportivas. Com cerca de 11 horas de diferença em relação ao Brasil, a China merece especial atenção quando o tema são os efeitos do fuso. A partir de três horas de diferença já existem alterações no organismo humano, nos chamados ciclos circadianos. As mudanças são derivadas da alternância de luminosidade e da temperatura ambiental, por exemplo. Fatores como esses alteram a parte hormonal do indivíduo e geram o Jet Lag. "O Jet Lag não é um mero cansaço de viagem, pois isso se recupera com descanso. Como em preparações esportivas de alto rendimento não existem brechas significativas para descanso, o programa visa diminuir ao máximo os efeitos do fuso horário, expondo os atletas a uma realidade próxima daquela que será encontrada em Pequim 2008. Diagnosticamos sinais e sintomas, típicos, como irritabilidade, dificuldade de concentração, enjôos, estresse e fadiga muscular; depois, junto com as Confederações de cada modalidade, controlamos e orientamos o treinamento que deve ser feito com cada integrante da equipe", esclarece o Dr. Luis Eduardo.

A equipe de handebol masculina que será avaliada não contará com os atletas que jogam no exterior. Para estes, serão agendados novos exames e testes, inicialmente, marcados para maio. Os atletas do ciclismo BMX participarão do programa a partir do dia 25 de fevereiro, também em São Paulo. | www.cob.org.br

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