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19/02/2008 - 10:31

Empresas que utilizam garrafas pet para revestir móveis expõe tecnologia na FIQ 2008

Como uma saída economicamente viável e ecologicamente correta, duas empresas expositoras da FIQ possibilitam que garrafas Pet se transformem em revestimento para móveis.

Várias empresas estão tentando encontrar formas de ser ecologicamente corretas sem se prejudicar economicamente. Algumas acharam formas de lucrar sendo ecologicamente responsável. E duas delas lidam com material que, com freqüência, é lançado no meio ambiente, e não há ONG de reciclagem que consiga absorver toda essa demanda – o plástico pet. A empresa de laminados decorativos Formplast, de Gravataí, no Rio Grande do Sul, produz chapas e bobinas de laminados compostas pelo plástico pet para revestir móveis. E a empresa de maquinários para a indústria moveleira RS MAK criou e desenvolveu uma máquina que faz a aplicação desse material em madeira ou similares por processo de sucção.

Ambas as empresas, juntas, vão expor em uma das mais importantes e completas feiras da indústria moveleira, a Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, a FIQ 2008. O evento, que está em sua 6ª edição, acontece de 8 a 11 de abril no Expoara Centro de Eventos, em Arapongas, norte do Paraná, região que sedia uma dos maiores pólos moveleiros do país.

Laminados feitos de garrafas Pet- Segundo dados do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), o Brasil produzia, em 2002, cerca de 255 mil toneladas de plástico pet, e apenas 67 mil toneladas (26%) eram recicladas. Com a produção de bobinas e chapas de laminados em pet, a Formplast consegue retirar, por mês, 6 milhões de garrafas do meio ambiente. “Seis meses atrás, tínhamos um consumo de 2 a 3 milhões de garrafas pet por mês. Depois que ampliamos a planta de nossa fábrica, passamos a consumir mais que o dobro dessas garrafas ao mês”, conta o gerente comercial da empresa, Rodrigo Severo.

Apenas duas empresas produzem esse tipo de revestimento no mundo inteiro. A Neoform Plásticos, empresa de que faz parte a Formplast, é uma delas. A outra fica na Alemanha. “Aqui no Brasil, somos pioneiros na produção de laminados feitos com garrafas pet”, comemora Severo.

Além de trazer benefícios imensuráveis ao meio ambiente, considerando que uma garrafa pet pode demorar centenas de anos para se decompor, e que a produção de laminados em PVC libera substâncias poluentes sob aquecimento, a escolha do material reciclável para revestimento de móveis não foi à toa. O plástico pet confere à madeira resistência a impactos, devido à sua dureza, facilidade de limpeza, e ainda representa uma barreira à umidade, recomendável, portanto, para móveis de banheiros. No processo de produção, o laminado pet também oferece possibilidade de dobragem a frio em cantos arrendondados, facilidade no momento do corte e a sua cor não amarela, ao contrário do que acontece com as pinturas tradicionais. Atualmente, a Formaplast oferece uma palheta de 43 cores para o laminado, entre texturizadas e madeiradas.

Segundo o gerente comercial da empresa, de 2001 para cá, a aceitação do revestimento em pet cresceu consideravelmente. Atualmente, a Formplast vende cerca de 400 mil m² do laminado por mês, principalmente para as regiões nordeste, centro-oeste e sul do país. O produto é vendido para indústrias moveleiras e também para revendedoras.

Máquinas para aplicação de revestimento em Pet - Apesar de o laminado poder ser aplicado à madeira ou semelhante manualmente, apenas com a aplicação de cola à base d´água, a empresa RS MAK pensou em nível industrial. Airton Sonaglio, sócio-proprietário da empresa, foi quem idealizou o projeto de uma máquina que faz a aplicação do revestimento pet a partir de tratamento térmico seguido de processo de sucção. As chamadas “termomodeladoras” aquecem o laminado, amolecendo-o e, com processo de sucção, modelam o revestimento sobre qualquer tipo de superfície, seja ela em baixo ou alto relevo, respeitando ainda as curvas da peça.

Com cerca de cinco anos no mercado, a RS MAK já tem mais de 20 termomodeladoras espalhadas pelo país. “Além de conferir resistência, impermeabilidade e outras qualidades ao móvel, o revestimento de plástico pet é ecologicamente correto, porque tira garrafas da natureza e utiliza apenas cola à base de água, não-agressiva ao meio ambiente”, diz Sonaglio.

Tanto o laminado feito de garrafas pet quanto a termomodeladora estarão em exposição na FIQ 2008. A feira já tem cerca de 180 expositores confirmados. A expectativa da organização é receber um público estimado em 28 mil pessoas nos quatro dias do evento e gerar R$ 300 milhões em negócios durante e pós-evento.

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