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19/02/2008 - 10:42

É Tudo Verdade anuncia os selecionados brasileiros


Evento apresenta 30 documentários nacionais, nova safra traz 18 longas e médias inéditos, sete filmes concorrem ao maior prêmio dos festivais no país, a mostra especial destaca “Vidas Brasileiras”.

Dezoito longas e médias-metragens brasileiros inéditos, sendo sete deles em competição, são o destaque da nova safra nacional selecionada para a 13ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários. Onze curtas-metragens foram escolhidos para a disputa específica do formato e um curta inédito será exibido fora de concurso. Um total de trinta (30) produções brasileiras será apresentada entre 26 de março e 6 de abril próximo em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Onze documentários de longa e média-metragem inéditos foram selecionados para exibições fora de concurso. Uma mostra especial denominada “Vidas brasileiras” apresentará cinco retratos de personalidades nacionais. Outros cinco longas e médias foram escolhidos para o ciclo informativo “O estado das coisas”, Um longa nacional também fará sua estréia dentro da mostra paralela “Foco Latino Americano”.

Os selecionados internacionais serão anunciados nas próximas semanas. Além das competições brasileiras, o programa do É Tudo Verdade 2008 apresentará as mostras competitivas internacionais de longas e de curtas-metragens, os ciclos paralelos “O estado das coisas”, “Foco Latino Americano” e “Horizonte”, programas especiais e duas retrospectivas.

Fundado e dirigido por Amir Labaki, o É Tudo Verdade 13º Festival Internacional de Documentários é uma realização da Petrobras, CPFL, Oi –Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil, SESC-SP, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Cinemark, Riofilme e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com apoio do Ministério da Cultura, através da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet).

16 lançamentos mundiais - "A seleção de dezoito documentários brasileiros inéditos, sendo dezesseis deles lançamentos mundiais, sinaliza inequivocamente a vitalidade da produção nacional hoje", afirma o crítico Amir Labaki, fundador e diretor do È Tudo Verdade. "É um feito para poucas cinematografias não-ficcionais no mundo emplacar uma safra assim num mesmo festival", diz. “É notável que ganhem nova complexidade audiovisual o tratamento de questões cruciais como o aborto, o direito à moradia e à terra, a luta de índios e negros e a segurança pública, entre outras”, prossegue o diretor do festival.

Ainda segundo Labaki, “a variedade dos sete concorrentes é marcante tanto em estilos quanto em temas”. Pelo segundo ano consecutivo, os sete longas e médias-metragens em competição disputam o Prêmio CPFL Energia/ É Tudo Verdade "Janela para o Contemporâneo", no valor de R$ 100 mil, a maior premiação nos festivais do país.

Dentre os documentários em concurso, três retratam personalidades polêmicas que fazem parte da recente história do país. Em João Saldanha, de André Siqueira e Beto Macedo (RJ, 80’, 2007) a incursão biográfica destaca este comentarista esportivo, jornalista, militante comunista e técnico da seleção brasileira, demitido às vésperas da Copa de 1970.

O diretor Carlos Nader, que já teve seus filmes premiados e exibidos nos principais canais de TV do planeta, traz em Pan-Cinema Permanente (SP, 83’, 2007), um olhar singular sobre o poeta Waly Salomão, que acreditava que realidade é ficção, vida é teatro e tudo é cinema. Por sua vez, Ninguém sabe o duro que dei - Wilson Simonal, de Cláudio Manoel, Micael Langer, Calvito Leal (RJ, 84’, 2007), reconstitui com detalhes inéditos a ascensão e queda do mais popular cantor negro brasileiro dos anos 1960 e 70.

Os questionamentos contemporâneos são focalizados em três filmes selecionados para a Competição Brasileira de longas e médias-metragens. O Tempo e o Lugar, de Eduardo Escorel (RJ, 97’, 2008), conta a história de Genivaldo, agricultor familiar da região semi-árida de Alagoas, que se tornou dirigente do MST e militante do PT. Já O Aborto dos Outros, de Carla Gallo (SP, 72’, 2007), mostra a discussão sobre o aborto por meio da investigação dos casos permitidos pela lei brasileira, colocando a maternidade em situação limite. Por sua vez, o processo de migração de duas comunidades que foram alagadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Irapé, no Vale do Jequitinhonha/MG, é o tema de Sumidouro, de Cris Azzi (MG, 72’, 2008).

Dia dos Pais, de Julia Murat e Leonardo Bittencourt (RJ, 73’, 2007), faz uma viagem pelo cotidiano de cinco cidades da antiga região do café. A busca por conhecer o Vale do Paraíba se mistura com a busca pela identidade da família da diretora. O filme foi também selecionado para a mostra competitiva internacional do Cinema du Réel de 2008, um dos principais eventos europeus dedicados ao documentário.

Mostra especial: “VidasBbrasileiras” - O É Tudo Verdade 2008 abre pela primeira vez uma mostra especial sob o título Vidas Brasileiras. "O conjunto de retratos nacionais é tão forte que, para não abrirmos mão de tantos títulos que adoramos, decidimos criar uma seção específica, para além das três biografias selecionadas para a mostra competitiva", explica Amir Labaki. Veja os títulos:

Errante Navegante – de Fernando Andrade (Brasil – SP, 68', cor, 2008): Uma viagem intimista com Caetano Veloso pelo mundo afora, comentada por participações de David Byrne, Michelangelo Antonioni e Pedro Almodóvar, entre outros.

A Paixão segundo Callado – de José Joffily (Brasil-RJ, 57', cor, 2008) - Um dos principais escritores e jornalistas brasileiros da segunda metade do século 20, Antonio Callado (1917-1997), autor de clássicos como “Quarup”, pela lente de um dos mais importantes cineastas brasileiros. Entre os entrevistados, Ana Arruda Callado, Carlos Heitor Cony, Fernanda Montenegro, Ferreira Gullar, Moacyr Werneck de Castro e Villas Boas Corrêa.

Paulo Gracindo - O Bem Amado – de Gracindo Jr. (Brasil – RJ, 84', cor, 2008) - Dois grandes atores, pai e filho. Em sua estréia como documentarista, Gracindo Jr. celebra a vida e a obra de Paulo Gracindo (1911-1995): ator, apresentador, locutor, compositor, redator, humorista, produtor, poeta. Uma viagem pela vida cultural brasileira, da era do rádio ao auge da televisão, do teatro moderno ao Cinema Novo.

Procura-se – de Rica Sato (Brasil – SP, 43'10, cor, 2008) - Um retrato de um nome esquecido da música brasileira de vanguarda do final dos anos 60 e começo dos 70, Mário Rocha. Entre os entrevistados, a cantora Wanderléa e o crítico Carlos Calado.

Waldick Sempre no meu Coração – de Patrícia Pillar (Brasil-RJ, 58', cor, 2008) - Em sua estréia na direção, a premiada atriz retrata um dos ícones da música romântica brasileira, sob a ótica das mulheres que o amam e amaram.

Mostras informativas - Cinco longas e médias-metragens inéditos foram escolhidos como representantes brasileiros na seção informativa “O Estado das Coisas”. A seleção internacional da mesma mostra será proximamente anunciada. Do Brasil, foram selecionados:

De braços abertos - de Bel Noronha (Brasil-RJ, 54’, cor, 2008) – Verdades e mitos em torno da construção do Cristo Redentor, eleito no ano passado como uma das dez novas maravilhas do planeta.

Entre a luz e a sombra – de Luciana Burlamarqui (Brasil-SP, 157, cor, 2007) – Uma atriz tornada voluntária social, uma dupla de rappers de sucesso formada por detentos do Carandiru, um juiz ainda iluminista. Sete anos de encontros e desencontros em torno do sistema carcerário de São Paulo, na aurora do século 21.

Moro na Tiradentes - de Henri Gervaiseau e Cláudia Mesquita (Brasil-SP, 54’, cor, 2008) – Um mergulho no bairro paulistano de Cidade Tiradentes, para além dos estigmas de desamparo e violência.

Quilombo: Do Campo Grande ao Martins –de Flávio Frederico (Brasil-SP, 49’, cor, 2008) – O terceiro episódio da trilogia em torno da Serra da Mantiqueira do diretor de “Serra” e “Caparaó”. Nem só de Palmares vive a história dos quilombos brasileiros.

O último kuarup branco – Bhig Villas-Boas (Brasil-SC, 72’, cor, 2008) – Memórias, lendas e histórias indígenas sobre o estabelecimento por Orlando e Cláudio Villas-Boas do Parque Nacional do Xingu, em 1961.

O curta-metragem inédito Carta a Ratzinger, de Moara Passoni (Brasil-SP, 20’, cor, 2008), foi também selecionado para o ciclo “O Estado das Coisas”. A partir de um encontro em Cuba, o cineasta Fernando Birri e o diplomata brasileiro Tilden Santiago partem para o Vaticano visando entregar uma carta ao papa Bento 16.

Por sua vez, a mostra informativa “Foco Latino Americano” contará também com uma produção brasileira inédita. “Pachamama”, de Erik Rocha (Brasil – RJ, 90’, cor, 2008), é um “road movie” reflexivo sobre a atual situação social e política no Brasil, no Peru e na Bolívia, partindo de carro do Rio de Janeiro no começo do segundo mandato presidencial de Lula.

Competição de curtas - A seleção para a disputa nacional de curtas-metragens apresenta onze títulos de cinco estados, em sua maioria inéditos.

Beijo na Boca Maldita – de Yanko del Pino (Brasil - PR, 15', cor, 2007) - Muito popular na Curitiba dos anos 1970, Gilda marcou época. Quem não quisesse levar um beijo seu apressava-se em lhe dar um trocado. Todos fugiam dos seus gracejos na Boca Maldita. Inédito.

Clarita – de Thereza Jessouroun (Brasil – RJ, 14’, cor, 2007) - Reflexões e questionamentos sobre o sentido da vida e a convivência com a morte, a partir do depoimento em primeira pessoa da própria cineasta sobre o embate de sua mãe com a Doença de Alzheimer.

Dossiê Rê Bordosa - de Cesar Cabral (Brasil – SP, 16', cor, 2008) - Fama? Ego Inflado? Espírito de Porco? Quais os reais motivos que levaram o cartunista Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação? Utilizando à técnica da animação stop-motion.

Ivy Katu - Terra Sagrada - de Eduardo Duwe (Brasil – SP, 20’, cor, 2007) - Primeiro foram os portugueses e espanhóis que dividiram seu território ao meio. Depois vieram os jesuítas, os bandeirantes, a Guerra do Paraguai e os projetos de colonização de fronteira. Uma tribo indígena, confinada numa reserva diminuta, decide, em pleno século 21, lutar por seu direito à terra. Inédito.

Mar de Dentro - de Paschoal Samora (Brasil – SP, 14’, cor,2008) - Velhos pescadores recorrem à memória afetiva para contar suas histórias de aventura e de amor. Em um cenário onde o tempo parece ter parado, recordam a época em que viviam no mar e do mar. Inédito.

O Menino e o Bumba – de Patrícia Cornils (Brasil – SP, 13’, cor, 2007) - Paulo César é louco por ônibus desde os nove anos. Essa obsessão determinou os rumos da sua vida. Inédito.

Ocidente – de Leonardo Sette (Brasil – PE, 6'30, cor, 2008) - Um casal em viagem.

Remo Usai - Um Músico Para o Cinema – de Bernardo Uzeda (Brasil – RJ, 21’, cor, 2007) - Um pioneiro retrato de Remo Usai, ex-aluno do mestre hollywoodiano Miklos Rosza que se tornou o mais produtivo compositor de trilhas para o cinema brasileiro, incluindo clássicos como “Assalto ao trem pagador” (1962) e “Boca de Ouro” (1963). Inédito.

Solidão Pública – de Daniel Aragão (Brasil – PE, 15', cor, 2008) - Pessoas comuns sentadas de frente para uma câmera em uma praça pública no Brasil. Uma reflexão sobre a imagem do rosto humano num processo de observação coletiva de nós mesmos, sozinhos em cena, sem nenhuma ação previamente planejada.

Solitário Anônimo – de Debora Diniz (Brasil – DF, 18', cor, 2007) - A impressionante história de um homem obstinado a planejar e controlar sua morte. Inédito.

Tarabatara – de Julia Zakia (Brasil – SP, 23', cor, 2007) - “Por que é que eu nunca morei definitivamente num setor só? Porque eu me sinto mal. Me sinto mal com o ar de um lugar só." Tarabatara é um chamado ao cotidiano e aos encantos de uma família cigana do sertão de Alagoas.

É Tudo Verdade - 13º Festival Internacional de Documentários, de 26 de março a 6 de abril, em São Paulo e Rio de Janeiro, 07 a 13 de abril em Brasília.Direção: Amir Labaki. Realização: Petrobras, CPFL, Oi –Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil, SESC-SP, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Cinemark, Riofilme e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com apoio do Ministério da Cultura, através da Lei 8.313/91 (Lei Rouanet). Informações: telefone (11) 3064-7485 ou www.etudoverdade.com.br

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