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13/11/2015 - 08:00

Petrobras tem lucro líquido de R$ 2.102 milhões nos 9M15


No terceiro trimestre deste ano, a companhia apresentou prejuízo de R$ 3.759 milhões.

O lucro líquido da Petrobras de janeiro a setembro foi 58% inferior ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete o aumento das despesas financeiras líquidas em função da desvalorização cambial e do acréscimo nas despesas com juros.

Aumento de 149% do lucro operacional em relação aos nove meses de 2014, alcançando R$ 28,6 bilhões. O resultado reflete maiores margens de venda dos derivados no mercado interno, maior produção e exportação de petróleo e menores gastos com importações e participações governamentais.

Elevação de 45% do Ebitda ajustado em relação aos nove meses de 2014, atingindo R$ 56,8 bilhões. O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 8,3 bilhões ante R$ 12,3 bilhões nos nove meses de 2014.

Os investimentos totalizaram R$ 55,5 bilhões, 11% menor que o mesmo período de 2014. O segmento de Exploração e Produção no Brasil concentrou 78% dos recursos. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 17,5 bilhões, 36% abaixo do mesmo período do ano passado (US$ 27,3 bilhões). Em 30 de setembro, passou a vigorar o aumento de 4% para o diesel e 6% para a gasolina.

(esq./dir.) O diretor Corporativo e de Serviços Interino, Antônio Sérgio Oliveira Santana; diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold; diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes; diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro; diretor de Abastecimento, Jorge Celestino; diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, Roberto Moro; e o diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Elek

Os números foram apresentados pela direção da companhia durante coletiva de imprensa e teleconferência no dia 12 de novembro (quinta-feira), no Auditório 1 do Centro Empresarial Senado, no Centro do Rio de Janeiro.

Destaques operacionais: houve crescimento de 6% da produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) em relação aos nove meses de 2014, atingindo a média de 2 milhões 790 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em setembro, a produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de boed.

Incremento de 60% das exportações de petróleo em relação aos 9M14, resultando em melhora da balança comercial da Petrobras.

No refino, informatam que houve crescimento da participação do óleo nacional na carga processada das refinarias, alcançando 86%. A produção total de derivados no Brasil e no exterior foi de 2 milhões 197 mil bpd, 7% inferior ao mesmo período de 2014, devido à parada programada (RLAM) e não programada (REDUC) em 2015.

Lucro líquido de R$ 2.102 milhões nos primeiros nove meses de 2015 — O resultado foi diretamente impactado pela depreciação cambial ocorrida no período e pelo acréscimo nas despesas com juros, que levaram a um aumento das despesas financeiras líquidas (R$ 23,1 bilhões nos 9M15 vs. R$ 2,1 bilhões nos nove meses de 2014). O resultado operacional alcançou R$ 28,6 bilhões, 149% maior que nos primeiros nove meses de 2014. O crescimento foi impulsionado pelo maior lucro bruto, devido ao aumento da produção e exportação de petróleo, melhores margens de comercialização de derivados (aumentos nos preços de diesel e gasolina em novembro de 2014 e concomitante redução no preço do Brent), bem como menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos compensaram a redução da demanda por derivados no mercado interno, reflexo do menor nível de atividade econômica no Brasil; aumento das despesas tributárias (R$ 6,6 bilhões superior), principalmente, em função da adesão ao Programa de Parcelamento Especial de Débitos Tributários —REFIS; e o impairment de ativos (R$ 1,3 bilhão) decorrente da exclusão de projetos de acordo com as novas premissas do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

Além disso, o resultado do mesmo período de 2014 foi onerado pela baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente (R$ 6,2 bilhões), perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 3,8 bilhões), baixa de valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,7 bilhões), e provisionamento de despesa com o Programa de Incentivo de Desligamento Voluntário (R$ 2,5 bilhões).

A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado cresceu 45%, somando R$ 56,8 bilhões — O resultado financeiro registrou uma despesa líquida adicional de R$ 21,0 bilhões em relação aos primeiros nove meses de 2014, em função da maior perda cambial com a depreciação do real em relação ao dólar e ao euro; e do acréscimo nas despesas com juros devido (i) ao maior endividamento, (ii) à menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção e (iii) ao reconhecimento de juros sobre despesa tributária de IOF (R$ 1,4 bilhão) e de IRRF (R$ 1,1 bilhão).

O terceiro trimestre de 2015 apresentou prejuízo de R$ 3.759 milhões — Segundo a companhia o prejuízo decorreu, principalmente, dos efeitos da depreciação cambial, que geraram maiores despesas financeiras líquidas. O resultado operacional foi de R$ 5,8 bilhões, 39% menor que o do segundo trimestre de 2015, influenciado pelo menor lucro bruto, pela maior despesa com contingências judiciais, principalmente com processos trabalhistas e tributários (R$ 2,3 bilhões), pelos maiores gastos com baixas de poços secos e/ou subcomerciais (R$ 668 milhões) e pelos maiores gastos com devolução de campos à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP )(R$ 270 milhões). A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado reduziu 22%, somando R$ 15,5 bilhões. O resultado financeiro líquido do 3º trimestre foi negativo em R$ 11,4 bilhões, representando uma despesa adicional de R$ 5,4 bilhões em relação ao segundo trimestre do ano, em função das perdas cambiais com a depreciação do real em relação ao dólar e ao euro. Os efeitos da volatilidade do câmbio no resultado, patrimônio e indicadores da Companhia estão demonstrados na tabela abaixo.

Produção de petróleo e gás natural — A produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, nos nove meses de 2015, atingiu a média diária de 2 milhões 790 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), representando um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 601 mil boed, sendo 8% maior que a dos 9M14. Considerando a produção exclusiva de petróleo, o crescimento foi de 7% enquanto a produção exclusiva de gás natural subiu 12%. No mês de setembro, a produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de boed, com produção média de 1 milhão 28 mil boed, tendo atingido, em 15 de setembro, o recorde histórico de 1 milhão 120 mil boed. Nos nove primeiros meses de 2015, foram interligados 52 novos poços no Brasil, sendo 35 produtores e 17 injetores. Em março, foi iniciada a operação do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos). Em 31 de julho, o FPSO Cidade de Itaguaí, com capacidade de produção de 150 mil barris de óleo por dia, entrou em operação na área de Iracema Norte, Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

A produção internacional foi de 189 mil boed, 12% inferior à dos 9M14. Esse desempenho reflete a conclusão da transferência dos ativos no Peru, na Colômbia e na Argentina (Bacia Austral), parcialmente compensada pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, em dezembro/2014, Lucius, em janeiro/2015, e Hadrian South, em março/2015, nos Estados Unidos.

Produção de derivados — A produção de derivados no país foi de 2 milhões 49 mil barris por dia, nos nove primeiros meses de 2015, 6% inferior à do mesmo período de 2014. A redução reflete a menor demanda, a parada programada da RLAM e a parada não programada da Reduc, em parte compensadas pela entrada em operação da RNEST, em novembro de 2014. A carga processada diária reduziu 5% e o fator de utilização do parque de refino caiu de 98% para 90%. “A participação de petróleo nacional processado nas refinarias aumentou de 82%, nos nove primeiros meses de 2014, para 86%, no mesmo período de 2015”, destacou a direção.

Venda de derivados no mercado interno — O volume de venda de derivados nos primeiros nove meses do ano reduziu 8% em relação ao mesmo período de 2014, totalizando 2 milhões 254 mil barris por dia nos nove meses de 2015. Os destaques foram: . Diesel (-7%): menor consumo em obras de infraestrutura, aumento do percentual de biodiesel na mistura diesel/biodiesel e aumento das vendas por importadores. Estes fatores foram compensados em parte pelo crescimento da frota de veículos leves a diesel.

. Gasolina (-10%): aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 25% para 27%, redução da frota de veículos movidos somente à gasolina, e aumento da colocação de gasolina por outros concorrentes.

. Nafta (-14%): redução da demanda por parte dos clientes.

. Óleo combustível (-9%): menor demanda térmica e industrial.

Balança de petróleo e derivados — A balança comercial da Petrobras nos nove meses de 2015 apresentou melhora, registrando uma redução de 79% no déficit em relação ao mesmo período do ano anterior, e encerrou com um saldo negativo de 89 mil barris por dia comparado ao saldo negativo de 424 mil barris por dia nos nove meses de 2014.

O saldo da balança comercial de petróleo foi positivo, revertendo o déficit registrado nos nove meses de 2014. O crescimento da produção de petróleo e a menor carga processada nas refinarias proporcionaram maiores exportações e menores importações.

A balança comercial de derivados registrou um déficit menor do que o registrado nos nove meses de 2014. A menor demanda do mercado interno reduziu a necessidade de importação. Entretanto, as exportações também caíram em função da menor produção nas refinarias.

O terceiro trimestre manteve a trajetória de melhora da balança comercial, reduzindo em 22% o déficit em relação ao segundo trimestre de 2015.

Preços dos produtos —O preço médio dos derivados no mercado interno para as distribuidoras, em reais, caiu 1% em relação aos 9M14. Já o preço do petróleo Brent teve uma queda de 48%, saindo de US$ 106,57/bbl, nos 9M14, para US$ 55,39/bbl, nos nove meses de 2015.

A cotação média do Brent também reduziu no terceiro trimestre de 2015, sendo 19% menor que a do segundo trimestre.

Previsão de resultado positivo no 4T15: “ É preciso lembrar que este ano fizemos um aumento de gasolina e diesel em 30 de setembro. Este impacto vai ser capturado no quarto trimestre. Então, a expectativa é que, na medida em que avança o pré-sal e as decisões de redução de custos, tudo vai ser capturado no resultado. Isso vai gerando um benefício que vai sendo capturado mês a mês no resultado da companhia, fecha esse ano no positivo”, analisou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Ivan de Souza Monteiro.

Quanto a um novo aumento de combustíveis ainda este ano, o diretor não revelou dizendo que análises são feitas permanentemente.

Investimentos — A realização dos investimentos nos nove primeiros meses de 2015 foi de R$ 55,5 bilhões, 11% inferior à dos nove meses de 2014. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 17,5 bilhões, marcando uma redução de 36% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 27,3 bilhões). “A redução reflete os ajustes na carteira de investimentos da Companhia, aprovados na revisão do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, que tem como objetivos fundamentais a desalavancagem e a geração de valor para os acionistas, priorizando os projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal.

Os investimentos no segmento de Exploração e Produção no Brasil concentraram 78% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva. Nas demais áreas de negócios, os investimentos foram destinados, basicamente, à manutenção das operações existentes”, explicaram durante a apresentação.

Endividamento — Em 30 de setembro 2015, o endividamento líquido da Companhia em dólares, reduziu 5% em relação à 31 de dezembro de 2014, totalizando US$ 101,3 bilhões. Em reais, houve aumento de 43%, principalmente em decorrência do impacto da depreciação cambial de 49,6% sobre financiamentos. O prazo médio da dívida aumentou de 6,10 anos em 31 de dezembro de 2014 para 7,49 anos em 30 de setembro de 2015.

O índice de dívida líquida/LTM Ebitda ajustado fechou o período em 5,24 vezes e a alavancagem (endividamento líquido /(endividamento líquido + patrimônio líquido) em 58%. As disponibilidades ajustadas aumentaram 51%.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Ivan de Souza Monteiro concluiu dizendo que o programa de redução de investimentos da Petrobras não será alterado. A Petrobras está contando com os resultados do Programa de Desinvestimento incluído no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019 para amenizar a necessidade de captação externa de recursos.

“A companhia tem usado da maior transparência, para prestar as informações necessárias, não só para os funcionários da companhia, para todo corpo funcional, como também para as entidades sindicais”, frisou o diretor.

O executivo informou que até maio deste ano a empresa captou todos os recursos necessários para 2015. “A nossa meta é até o final de 2015 captar todos os recursos necessários para o ano de 2016. A gente está perseguindo essa meta de maneira obstinada, mas de um modo geral houve uma grande diversificação nos US$ 11 bilhões que a gente captou”, concluiu.

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