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13/11/2015 - 08:45

Ministro Eduardo Braga afirma que país deve investir em energia limpa


Ministro de Minas e Energia esteve presente no evento pré-COP coordenado pela Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), no dia 09 de novembro (segunda-feira), em São Paulo.

São Paulo — A organizações que representam o setor empresarial nas discussões sobre Mudanças Climáticas se reuniram hoje em São Paulo para o seminário Implicações e oportunidades para o meio empresarial diante da nova INDC brasileira (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, em tradução livre). O evento, que tem apoio do British Council, é uma realização da Iniciativa Empresarial em Clima (IEC)—que reúne o Instituto Ethos, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), o CDP, o Pacto Global e o Instituto Envolverde.

Fizeram parte da mesa o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o secretário- executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani e os CEOS: Wilson Ferreira Junior, presidente da CPFL, Rogerio Zampronha, Presidente da Vestas e José Édison Barros Franco, Presidente da InterCement.

Rogério Zampronha, presidente da Vestas (líder mundial no setor de eólica) representou Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que vem desenvolvendo propostas com o governo nas áreas de renováveis e de eficiência energética por meio do Conselho de Líderes. A Vestas está investindo R$100 milhões em uma nova fábrica em Aquiraz, município próximo a Fortaleza, que será inaugurada no fim do ano. “O Brasil tem enormes vantagens comparativas nessa área. Nenhum segmento em energias renováveis é mais competitivo que a eólica”.

Para ele, a meta voluntária do Brasil (INDC) para energia eólica é bem factível. “Além do vento ser muito bom (constante e forte), o Brasil tem uma cadeia de suprimentos sólida e bem desenvolvida nesta área”, concluiu.

Sobre a ampliação do uso de renováveis como previsto nas INDCs, por meio da expansão da geração de eólica e solar, e relação com a resolução da falta de água no Brasil, Zampronha disse que “se não fosse a energia eólica o Nordeste estaria passando por muitos problemas de falta energia. A meta de 23% de renováveis na matriz brasileira é ambiciosa e os desafios são os gargalos de infraestrutura”.

O grupo discutiu como o setor pode atuar para que o Brasil consiga cumprir o compromisso de reduzir as emissões de gases em 37% até 2025. A nova INDC foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff em setembro deste ano, em Nova York. A intenção é estabelecer formas mais proativas de participação do empresariado brasileiro na promoção de uma economia de baixo carbono. Além disso, foram discutidas as consequências e as oportunidades geradas pela nova meta, assim como as necessidades de adequação dos setores produtivos.

O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o Brasil precisa enfrentar o desafio de substituir 15 gigawatts em usinas térmicas ineficientes, caras e poluentes por novas formas de geração, mais limpas e baratas. "O desafio é como descontratar esses 15 GW. Ouço dizer que esses contratos são 'imexíveis', mas não são, existem cláusulas", afirmou Braga.

Cooperação internacional —O evento contou com apresentação da Embaixada do Reino Unido no Brasil sobre as oportunidades de cooperação bilateral em clima. British Council e Ministério do Meio Ambiente anunciaram parceria para a coordenação e investimentos do Newton Fund em uma Plataforma de Conhecimento em Adaptação às Mudanças Climáticas. A iniciativa será implementada em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) e o International Institute for Environment and Development (IIED).

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