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17/11/2015 - 08:44

Comunicação inteligente para empresas inteligentes


“A tecnologia de informação está fazendo com que os custos de comunicação diminuam”. A afirmação de Thomas W. Malone*, professor de Management da Sloan School of Management, do MIT, e diretor-fundador do Centro de Inteligência Coletiva do MIT, nos leva ao fato de que estamos vivendo as fases iniciais de um aumento da liberdade humana nas empresas, que talvez hoje seja tão importante quanto o surgimento das democracias foi para o Estado um dia.

E isso está acontecendo porque pela primeira vez na história, podemos aproveitar os benefícios econômicos das grandes organizações sem abrir mão dos benefícios das empresas pequenas para as pessoas, como: liberdade, criatividade, motivação e flexibilidade. Mas, e qual o papel da comunicação interna para consolidar processos de gestão e reforçar a imagem da empresa junto ao público interno?

Para Malone, a intensa comunicação de que muitas vezes as pessoas precisam para trabalhar de maneira eficaz está se tornando mais barata e melhor o tempo todo. Com a pesquisa de opinião de baixo custo, feita pela web, e outras técnicas de pesquisa de mercado, as empresas podem saber rotineiramente a opinião de funcionários, clientes e outras partes interessadas, sobre todo o tipo de questão. Ele defende que se a utilizarmos de forma consciente e adequada, o processo flexível e descentralizado da tomada de decisão em mercados, talvez seja uma forma muito melhor de atingirmos muitos objetivos não econômicos do que geralmente imaginamos. E essa mudança tornou-se possível graças às novas tecnologias, que proporcionam que inúmeras pessoas tenham informações suficientes para tomar mais decisões por si mesmas, formando o chamado inteligência coletiva, que leva ao conceito de organização inteligente.

Segundo o professor, este tipo de inteligência jamais existiu antes no planeta. Para ele, organizações inteligentes não fazem só coisas boas, mas o fazem com velocidade. Ele é categórico ao afirmar que uma medida de inteligência é a rapidez. Mas, com que rapidez as organizações conseguem agir? Malone ressaltou que se queremos entender em que ponto estamos e como ter benefícios com essas vantagens, precisamos pensar em no que os seres humanos querem. E aqui, temos um ponto fundamental, é impossível entender o que os seres humanos querem se não fizermos bom uso da comunicação. É preciso ainda um pouco de ousadia para fazer com que a comunicação interna aconteça de maneira eficaz, e isso está diretamente ligado ao estilo das lideranças e a forma como é feita gestão dentro da empresa.

Malone defende que para ser um gerente eficaz no mundo em que estamos entrando, você não pode se prender a uma mentalidade centralizada. Precisa ser capaz de se mover com flexibilidade. Precisamos mudar a nossa forma de pensar, deixando de comandar e controlar para coordenar e cultivar. Quando você coordena, organiza o trabalho de modo que coisas boas aconteçam, esteja você no controle ou não, já que a coordenação enfoca as atividades que precisam ser realizadas e as relações entre elas.

Em vez de simplesmente dizer às pessoas o que devem fazer, os gerentes cultivarão cada vez mais suas organizações e as pessoas dentro delas. Malone explica que para cultivar algo com sucesso, é necessário entender e respeitar suas tendências naturais, ao mesmo tempo em que tenta lhe dar um formato que você valorize. Em vez de tentar impor a sua vontade ao sistema, você tenta chegar a um equilíbrio entre quanto controle deve exercer e o quanto deve abrir mão dele. Talvez a melhor maneira de comunicar essa decisão seja deixando as pessoas perceberem que podem falar, fazer e serem ouvidas. “Quando você tem padrões claros para avaliar os resultados das pessoas, não precisa gastar muito tempo revisando e analisando as decisões delas. A maior parte desses padrões não é documentada em manuais de procedimento; faz parte da cultura não escrita da organização”. Pense nisso!.

Thomas Malone conduziu o Special Management Program sobre O Futuro dos Empregos, que foi realizado em São Paulo pela HSM do Brasil.

. Por: Alessandra Assad, professora do ISAE/FGV de Curitiba.

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