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18/11/2015 - 07:54

Obras do Aeromóvel de Canoas estão previstas para 2018

Modal construído 100% com tecnologia brasileira está sendo implementado na cidade com o objetivo de minimizar estrutura de custo com transporte na cidade.

A demanda por transporte de qualidade com baixo custo operacional e tarifa acessível à população é comum entre cidades de diversos estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, o Aeromóvel, primeiro adotado por Porto Alegre para ligação no Aeroporto Salgado Filho, e agora em fase de planejamento no município de Canoas, apresenta-se como uma alternativa para o aumento da eficiência na mobilidade urbana. Segundo o Secretário da Fazenda e Coordenador do Comitê de Implantação do Aeromóvel, Marcos Bosio, a modalidade oferece sustentabilidade financeira, é ecoeficiente e ainda conta com uma operação totalmente automatizada. “Segundo nossas estimativas, o custo de implantação ficará em torno de R$ 900 milhões para o os 15km de ext nsão”.

O meio de transporte foi considerado a partir da necessidade de remodelar o sistema de transporte coletivo de Canoas. “Inicialmente, consideramos instalar um corredor de ônibus nas duas principais vias da cidade, contudo, ambas são muito pequenas, o que implicaria em desapropriações de casas, prédios e comércios de uma ponta a outra. Seria uma obra demorada e muito onerosa”, contou o secretário.

Diante dos resultados positivos que Porto Alegre apresentou com o primeiro projeto do Aeromóvel, a prefeitura de Canoas passou a estudar o meio de transporte como opção ao corredor de ônibus. “Por se tratar de um modal totalmente funcional, com capacidade para curvas e também subir rampas, achamos que o projeto seria perfeito para a situação que enfrentávamos”, conta.

Em dezembro, Bosio estará no fórum Movecidades, que acontece nos dias 2 e 3, no Hotel Paulista Plaza, em São Paulo, para apresentar o projeto do Aeromóvel de Canoas, que está na fase final de planejamento com previsão da abertura das licitações de readequação elétrica e hídrica ainda para este mês. Já a entrega final das obras está prevista para o início de 2018.

“Estamos criando mecanismos para que a concessionária possa operar o sistema com a menor estrutura de custo possível. O objetivo é que a operação do Aeromóvel, além de ser custeada pela tarifa, gere também um excedente de receita que possa ser repassado pela concessionária para a prefeitura, como forma de pagar os financiamentos que foram feitos para a construção do Aeromóvel e, eventualmente, investido em novas iniciativas relacionadas a mobilidade urbana”, afirma Bosio.

Segundo Bosio, exceto o estado de São Paulo que prevê orçamento para subsidiar a tarifa e algumas outras operações do governo federal, não há condições de outras prefeituras oferecerem subsídio ao transporte público. Por isso, uma estrutura de custo pequena com um transporte de qualidade se faz necessária. O Aeromóvel atende esta necessidade porque é um meio de transporte automatizado. “Como a locomoção é por meio de dutos de ar e não há tração, não será necessário a aplicação de tantos operadores. O peso morto por carro também é menor. No Rio de Janeiro um vagão do metrô para 300 pessoas pesa 44 toneladas, já um vagão do Aeromóvel com a mesma capacidade pesa 10,2 toneladas. Isso reduz custos com energia, manutenção e consumo de outros materiais e peças”, explica.

A economia não ficará restrita apenas ao modelo de transporte escolhido. O projeto prevê a construção de 22 estações, todas oferecendo integração com ônibus. As plataformas serão simples, sem escada rolante ou ar condicionado, mas com elevadores para acessibilidade. E o sistema de bilhetagem também será desenhado para ser automatizado. “Além disso, vamos garantir retorno financeiro com a valorização da área do entorno das estações. Os recursos obtidos serão revertidos para o fundo de mobilidade para financiar o projeto”, finaliza o secretário.

O 2º Fórum Movecidades é um encontro nacional de mobilidade urbana que abrirá espaço para a discussão de alternativas financeiras, estratégias de modicidade tarifária, soluções de otimização e modernização da mobilidade urbana. O evento acontece nos dias 2 e 3 de dezembro, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em São Paulo. No ano passado, o Movecidades ofereceu mais de 35 palestras e reuniu 115 executivos do setor, entre presidentes, diretores e gerentes de grandes empresas, além de autoridades federais, estaduais e municipais.

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