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20/02/2008 - 11:33

Bijupirá será a nova estrela da aqüicultura brasileira


A expectativa é do presidente da TWB, Reinaldo Pinto dos Santos. A empresa é pioneira no Brasil no cultivo desse pescado.

Um peixe, o bijupirá, tem tudo para ser o produto de cultivo mais exportado pelo Brasil, a ponto de ser comparado com a importância que a soja teve para a agricultura nas últimas décadas.

A confiança é do presidente da TWB, Reinaldo Pinto dos Santos, que vislumbra o surgimento de uma nova era para o País, com a abertura de uma fronteira bastante promissora, a da aqüicultura marinha, com possibilidades de exportação de bilhões de dólares.

Os Estados Unidos e a Europa são alvos com grande potencial para exportação, em um primeiro momento. O exigente mercado do Japão é outro foco.

Reinaldo Santos cita que o filé do peixe é cotado a 10 dólares o quilo, o que faz do pescado uma carne nobre e bastante promissora. O bijupirá pode alcançar 6 quilos entre 10 e 12 meses, período considerado curto para cultivo. A TWB é empresa pioneira no cultivo desse peixe.

O peixe tem uma carne saborosa e pode ser servido cru (como sashimi), assado e de outras formas, conforme a criatividade dos chefs. Por isso, além do mercado internacional, o bijupirá tem plenas condições de conquistar também o paladar do brasileiro.

Laboratório - Para criar as condições de cultivo, a TWB participou da inauguração, no dia 15 de fevereiro (sexta-feira), do Lanam - Laboratório Nacional de Aqüicultura Marinha, em Ilha Comprida, no litoral sul do Estado de São Paulo.

“O bijupirá é o rei dos mares, assim como o pirarucu é o rei da água doce”, afirma o ministro Altemir Gregolin, da Seap – Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, que esteve presente na inauguração e comentou que o Projeto Bijupirá terá bastante importância nas próximas décadas, pois acredita que no futuro o mar será a grande fonte de alimentos da Humanidade. “A FAO, órgão da ONU para alimentação, estima que em 2030 o mundo consumirá 22,5 kg de pescado por habitante. Hoje o consumo é de 16 kg”.

Gregolin também comentou que o apoio de José Fritsch, ex-ministro da Pesca e seu antecessor, foi fundamental para o sucesso do projeto, contribuindo, por exemplo, para a criação de linhas de crédito para financiar pequenos, médios e grandes empreendimentos. Fritsch também participou da cerimônia de abertura do laboratório.

A inauguração do Lanam foi vista como uma oportunidade por Gregolin. “Este laboratório é a base da alavancagem da aqüicultura no Brasil. Daqui a 10 ou 20 anos, todos os que olharem para trás lembrarão este momento histórico”.

Daniel Benetti, professor associado e chefe da Divisão de Assuntos Marinhos e Aqüicultura da Universidade de Miami, que esteve presente na inauguração do Lanam, com a autoridade de especialista no assunto, afirma que o laboratório de Ilha Comprida é um dos mais modernos do mundo.

Investimentos - O programa desenvolvido pela TWB é pioneiro no Brasil e também se estende a Salvador, Bahia, onde a empresa tem instalações. Espera-se no Brasil investimentos globais de 500 milhões de reais em cinco anos, integrando um programa mais amplo, que contará com a participação de pequenos produtores integrados ao projeto.

Outro foco importante é o alcance social da proposta, pois cerca de mil famílias de comunidades pesqueiras participarão do projeto. Além dos benefícios da renda, a atividade criará mão-de-obra especializada no cultivo do bijupirá.

O início das operações do laboratório será essencial para a primeira fase de cultivo do bijupirá. Os peixes em idade de reprodução ficam alojados em tanques de maturação, que abrigam de seis a oito reprodutores cada. Após a desova, os ovos eclodem, dando origem a larvas que se desenvolvem por cerca de 45 a 60 dias até que atinjam o estágio de alevinos, que são os bijupirás jovens.

Somente então os peixes, já em idade juvenil, podem ser transportados aos tanques–rede em alto-mar, onde acontece o período de engorda, que leva de 8 a 12 meses. Em Ilha Comprida, o projeto está na fase de larvicultura e alevinagem - e a previsão é que até a segunda metade de março os alevinos sejam levados para os tanques.

A expectativa é que ainda em março seis tanques-rede, a 8 milhas (15 quilômetros) de Ilha Comprida estejam em funcionamento, produzindo 1.000 toneladas/ano. Nos próximos cinco anos, a meta para a produção brasileira é atingir 100 mil toneladas/ano.

O Lanam tem 1.800 metros quadrados e conta com 30 profissionais, 4 tanques com capacidade de 60 toneladas de água para maturação, 12 tanques de 25 toneladas e 12 tanques de 12 toneladas cada para larvicultura, além de tanques menores de fibra para cultivo de alimento vivo, microalgas e moluscos.

O laboratório é uma iniciativa da Prefeitura de Ilha Comprida e contou com verba da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca para a construção e investimento nos equipamentos e materiais. A gestão está a cargo da Fundação Primeira de São Vicente através de convênio de cooperação técnica.

O Grupo TWB, além da fazenda marinha, tem estaleiro naval e atua na operação de travessia marítima e em defesa ambiental. O conglomerado mantém instalações em São Paulo, Bahia e Santa Catarina. | Site: www.twb.com.br

Fotos: Tanques do Lanam | Presidente da TWB, Reinaldo Pinto dos Santos e o ministro Altemir Gregolim

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