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26/11/2015 - 08:10

Os novos focos da transformação da segurança nas empresas

Com a forte explosão de dados digitais, o auge do Cloud Computing e o crescente uso de dispositivos móveis nas empresas, a segurança da informação tem passado por várias transformações nos últimos anos. Essas mudanças têm dado lugar a novas estratégias, ferramentas e sistemas de proteção que permitem preencher as novas lacunas e questionar os riscos associados ao que se conhece hoje como a “terceira plataforma”.

As principais mudanças na segurança da informação são geradas a partir da distribuição dos dados – uma vez que parte deles está fora dos data centers das organizações –, do crescimento dos serviços em nuvem, e da necessidade de adotar estratégias e ferramentas para proteção dos dados móveis.

A transformação se reflete também na sofisticação dos criminosos digitais e no surgimento de novos vetores de ataque. Hoje existe maior exposição por parte das pessoas pela popularização dos pagamentos eletrônicos, bem como pelo uso de dispositivos móveis, como smartphones, que são focos relevantes de risco, tanto para assuntos pessoais como de trabalho. O mesmo acontece com as redes sociais, onde por meio da engenharia digital, os criminosos podem conseguir dados básicos para cometerem crimes online.

Esse contexto tem feito com que novas ferramentas e visões sobre segurança da informação surjam nas empresas, sendo o risco um dos principais focos. Portanto, a segurança será cada vez mais crítica para os negócios. Para o próximo ano, o IDC espera que a segurança se transforme em uma das três prioridades dos CEOs das empresas globais.

O enfoque nas ameaças vai além das tradicionais políticas e controles, cobrindo uma ampla gama de vetores de ataque, mas aplicando inteligência e informação de contexto para concentrar os maiores esforços nos riscos mais relevantes para o negócio.

Uma “nova geração” de segurança —As empresas centravam, tradicionalmente, a segurança na prevenção e detecção de invasões nas redes. Agora, isso não é mais suficiente, pois a informação está distribuída especialmente, em servidores e dispositivos que estão fora do data center das organizações.

O Big Data cria desafios para armazenar, gerenciar e proteger um volume de dados imenso, sendo a maior parte deles correspondente a informações não estruturadas, como vídeos, imagens, entre outros. A gestão dos dados e a segurança da informação se tornou muito mais complexa em comparação a alguns anos atrás.

No entanto, a partir do próprio Big Data e das aplicações analíticas a segurança é reforçada, com o uso de ferramentas que aproveitam a informação para tornar o trabalho de proteção mais inteligente e proativo. As aplicações analíticas de segurança são parte deste novo enfoque centrado no risco e podem ajudar a prevenir com mais eficiência fraudes e roubos de informação, detectando anomalias nos padrões com maior rapidez, o que resulta em uma melhor reação a qualquer tipo de ataque e ameaça interna ou externa.

Por enquanto, são as grandes empresas que têm adotado as análises de segurança. De acordo com as previsões do Gartner, 25% das companhias globais terão incorporado esta ferramenta no próximo ano. Esse número tende a crescer significativamente até 2020, quando se estima que 40% das empresas já contarão com algum data warehouse de segurança.

O enfoque centrado no risco também se manifesta a partir do auge da mobilidade, já que a tendência Bring Your Own Device (BYOD) leva às empresas o dilema de obter todos os benefícios da mobilidade – como maior produtividade, por exemplo, contra possíveis brechas para seus dados críticos.

As soluções Mobile Device Management (MDM) têm sido uma das respostas principais da indústria neste setor, pois permitem gerenciar os dispositivos, inclusive remotamente, podendo apagar, de forma seletiva ou total, os dados em caso de extravio ou roubo. Porém, este tipo de solução tem sido questionada por algumas pessoas, já que toma o controle dos dispositivos móveis dos empregados, que são normalmente de propriedade deles. Por isso, nesta área, estão ganhando espaço as soluções Mobile Application Management (MAM), que são centradas em aplicações de dados.

Nos próximos anos veremos um importante crescimento dos serviços de cloud para Software as a Service (SaaS), além da massificação de tecnologias que hoje são emergentes. Além do foco no risco, o uso de tecnologias de criptografia aumentará rapidamente, chegando a 80% para dados proprietários em 2018, segundo o Gartner. O mesmo acontecerá com os sistemas de biometria aplicados a dispositivos móveis, que passarão dos atuais 15% para a metade em 2020.

. Por: Miguel Cisterna, Especialista em Segurança da Level 3 Communications, Chile .

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