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27/11/2015 - 07:32

Desafios e tendências em tecnologia para Manufatura

As máquinas sempre estiveram conectadas para executarem uma determinada ação, mesmo que a automação não seja algo novo para o segmento de manufatura. E a evolução do setor não está em máquinas mais modernas ou mais automatizadas. A evolução do setor está em uma automação cada vez mais inteligente que domine o processo, gere dados em tempo real e facilite o entendimento da produção.

Quando o equipamento avisa o gestor sobre o momento certo para manutenção, toda a produção ganha. Dessa forma, é possível monitorar toda a ação, tornando a tomada de decisão rápida e assertiva. Há desafios ainda para a diminuição de custos, melhoraria da eficiência fabril, aumento da produção, e, claro, rentabilidade. Para isso, é necessário continuar investindo em ferramentas e tecnologias que possibilitem estes ganhos. Se manter competitivo no mercado não é uma característica exclusiva do segmento, mas também de todo o mercado: é preciso ter eficiência.

Apenas ter um produto de qualidade não é suficiente: é necessário que o custo permita margens de lucro interessantes e preços competitivos. A concorrência é muito grande, então quando a eficiência é melhor, é possível investir em melhorias. Por quais razões você imagina que a China se mantem bem competitiva, por exemplo? Não é uma questão só tributária, mas sim da qualidade do processo e automação nas fábricas, ou seja, inovação voltada para um processo rentável: produzir mais com melhor qualidade e baixo custo.

Além da eficiência, outro fator importante no processo é a digitalização – que não consiste somente em digitalizar documentos importantes que a empresa precisa guardar, mas em todos os mapas de industrialização, croquis, e de uma série de informações extremamente importantes para a gestão e acompanhamento de processos – já que todo o processo fabril é orientado e controlado a partir de documentos. Além disso, CLPs de máquinas também são baseados em documentos digitalizados e é preciso saber precisamente quais partes deles são comunicados via equipamento e sistema. Não há interação com pessoas lançando dados em tempo real, tudo já é programado antecipadamente.

Olhando para as tendências neste segmento, que vislumbram fábricas e cidades inteligentes inseridas em um mundo mais “smart”, como o mercado está exigindo, é importante termos em mente o desenvolvimento destes 4 pilares de tecnologia: M2M (machine-to-machine), cloud, rede e big data.

A M2M, que é a comunicação máquina-a-máquina está cada vez mais presente dentro das fábricas. Funciona por meio de sensores de temperatura, pressão, entre outros conectados entre si, que geram um grande volume de dados. Para armazenar com segurança estas informações, entra a nuvem (Cloud) como a grande plataforma para estes dados.

Quando pensamos em inovar, temos que ter a visão de que os dados na nuvem poderão ser disponibilizados para toda a minha cadeia produtiva: clientes, fornecedores etc.

Dentro ainda destes pilares, não podemos nos esquecer que toda esta comunicação acontece via rede. O grande desafio das redes ainda é o protocolo. O atual protocolo de rede IPV4 já está estrangulado, mas o IPV6 já está vindo aí. Outro avanço também é o controle de rede via software, para possibilitar este volume enorme de sensores conectados.

O quarto pilar é o big data, que permite uma análise mais precisa dos dados de forma, no intuito de tornar os processos fabris mais inteligentes e autônomos. As informações que estão na nuvem precisam ser analisadas e transformadas em dados para auxiliar na tomada de decisão. Ou seja, estamos falando de um processo muito importante que é o tratamento destes dados. Tecnologicamente, estamos bem resolvidos, há inúmeras ofertas de mercado que podem ajudar nesta questão.

Com este cenário, é perceptível que o avanço tecnológico já consegue simplificar processos antes praticamente impossíveis. Com a aplicabilidade desses conceitos ganhando força, já temos cases de industrias que alcançaram a tão sonhada diminuição dos custos. Só o fato de um ERP já estar completamente preparado para atender as exigências legais já é um ganho. Sim, o segmento de manufatura ainda tem desafios para permanecer evoluindo e também se inovar e os avanços tecnológicos estão aí para ajudar nessa evolução.

. Por: Fernando da Silva é gerente de Produto e Marco Osti é analista de Negócios para o segmento Manufatura na Senior, empresa referência no desenvolvimento de sistemas para gestão empresarial no Brasil.

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