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20/02/2008 - 12:02

Especialistas apontam a eficiência energética como solução para enfrentar a possibilidade de ocorrer racionamento de energia

Representantes da AES Eletropaulo, CPFL Energia e Bandeirante Energia estiveram presentes.

Em reunião do Conselho para Assuntos de Energia da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, realizada hoje, especialistas do setor energético apontaram a eficiência energética como o melhor caminho para os consumidores enfrentarem um eventual racionamento de energia.

“O governo parece que não quer admitir que há riscos de racionamento, apesar da utilização cada vez maior das termoelétricas”, afirma Oscar Pimentel, presidente do conselho. “Nós não queremos mais discutir se há ou não risco de racionamento ou não. Há riscos e eles não são desprezíveis e isso é ponto pacífico”.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, afirmou recentemente que não é impossível ter um racionamento, porém não é provável que teremos este ano. No dia seguinte foi desautorizado pelo Ministro Interino das Minas e Energia, Nelson Hubner, e pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva que afirmaram não haver risco algum, porque já tomaram todas as providências para que isso não ocorra. Em face desse contrate de opiniões, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo entendeu que não devemos esperar acontecer e sim informar aos consumidores das providências que podem tomar para enfrentar a possibilidade desse problema, até porque racionalizar o consumo e economizar energia, além de ajudar a minimizar os riscos, significará redução de despesas.

Segundo o professor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, o aumento do consumo de energia elétrica depende do crescimento econômico. “Na minha avaliação, um crescimento de 6% no consumo de energia elétrica nos próximos anos não é nenhum exagero”. O consumo médio do brasileiro ainda está muito abaixo do consumo mundial. Estamos na ordem de 2.000 kWh/hab/ano, enquanto a média mundial é de 5.000 kWh/hab/ano. “Nós estamos numa situação delicada, pois de fato,.o risco está muito maior que o desejado”, afirma.

Para o vice-presidente de Gestão de Energia, da CPFL, Paulo Cezar Tavares, o risco sempre existe num sistema elétrico baseado na produção hidráulica, porém é preciso fazer um acompanhamento próximo desse risco, pois alguns consumidores que estavam no mercado livre, com contratos de curto prazo, já estão pagando preço elevado pela energia não contratada.

O diretor de Gestão de Clientes Corporativos da AES Eletropaulo, Max Xavier Lins, coloca que o comércio e a indústria precisam polarizar a captação de energia e a racionalização de seu uso. “A Fecomercio, em parceria com a Fiesp e as distribuidoras de energia, podem ser os vetores dessa mudança na fundamentação de um programa de eficiência energética nacional”. Essa mesma posição é defendida por Edson José Lopes das Neves, Superintendente de Atendimento Comercial, da Bandeirante Energia. “É preciso fazer um balanço das ações de eficiência energética já realizadas no estado de São Paulo e tomar atitudes em conjunto”.

“É preciso alinhar a eficiência energética como um bom negócio para todos os envolvidos no consumo, na produção e na distribuição de energia”, finaliza Pimentel.

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