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Setor imobiliário e bancos são apostas na Bovespa em 2007

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo deve ser um dos melhores investimentos no país em 2007, segundo analistas, que vêem potencial de valorização de cerca de 20 por cento.

Os destaques devem ser os setores imobiliário e de infra-estrutura, diante da expectativa de medidas do governo para estimular o crescimento. Bancos e varejo também estão entre as apostas para o ano novo.

"O cenário que a gente traça é de um ano parecido com este: positivo para mercados emergentes e para a economia brasileira, com a economia internacional desacelerando de forma suave, o que garante fluxo de recursos para emergentes", prevê Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Senior CTVM, maior corretora do país, e presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec).

O principal indicador da bolsa paulista encerrou o ano a 44.473 pontos, acumulando ganho de 33 por cento em 2006. O impulso veio principalmente da queda do juro brasileiro, atualmente em 13,25 por cento, e do cenário externo relativamente tranquilo.

Desde 2003, a alta é de quase 300 por cento, enquanto o volume médio diário saltou de 818 milhões para 2,4 bilhões de reais, evidenciando o maior apetite por ações e ajudado também pelo número recorde de ofertas públicas de ações --que somam mais de 30 bilhões de reais este ano.

"Com a continuidade da queda da taxa de juros, a perspectiva do Brasil virar 'investment grade' nos próximos anos e a persistente liquidez internacional, a bolsa deve manter um papel de destaque", afirmaram o estrategista da Corretora Itaú Tomás Awad e o diretor de pessoas físicas Júlio Ziegelmann. "O potencial de valorização é perto de 25 por cento."

Luiz Antônio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, é cauteloso e acha que o ano ainda será bom para a bolsa, mas difícil. "Minha projeção é de 48 mil pontos de máxima (para o Ibovespa) no ano que vem. Imagino que isso aconteça no primeiro trimestre, depois a gente sossega", disse.

Ajuda estrangeira - Os estrangeiros tiveram forte presença nos ganhos da bolsa paulista nos últimos quatro anos. A participação média desses investidores foi de 26 por cento no período e o saldo positivo médio, de cerca de 4 bilhões de reais por ano.

O destaque foi 2003, quando o superávit de estrangeiros foi de 7,5 bilhões de reais. Em 2006, deve ficar perto de 1 bilhão de reais.

O maior risco apontado por analistas para o desempenho da Bovespa é o ritmo da economia global, em especial a dos Estados Unidos, embora eles não esperem mudanças significativas.

Entre os setores, analistas destacam os que se mais beneficiam de medidas de crescimento preparadas pelo governo.

Recentemente, foi anunciada isenção de Imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para novos fundos de investimentos em infra-estrutura e o uso de 10 bilhões a 15 bilhões de reais de recursos do FGTS para subsidiar a compra de casa própria, o que aumenta a aposta de analistas em setores relacionados.

"Alguns setores têm um bom potencial ao longo do ano, principalmente os relacionados a infra-estrutura, setor agrícola, alimentos e energias alternativas. Está mais do que claro que um dos fatores pelos quais o país não consegue crescer mais é por conta desses gargalos de infra-estrutura", disse Adriano Blanaru, chefe de departamento de análise da corretora Link.

Bancos - Os bancos também devem se beneficiar desse movimento e são quase unanimidade entre os setores indicados por analistas.

"Ainda tem espaço para crescimento da carteira de crédito, para financiamento ao consumo, principalmente para crédito imobiliário", afirmou Blanaru, da Link.

Bradesco e Itaú recentemente previram avanço de 20 por cento da carteira de crédito em 2007.

Bastante citados também são os segmentos de mineração, varejo e alimentos. Já o setor de energia elétrica é apontado com ressalvas.| Por: Juliana Siqueira/Reuters

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