África do Sul se destaca em serviços financeiros acessíveis e capacidade de telefonia móvel

Segundo relatório, país recebeu maior pontuação em inclusão de contas formais, incluindo conta rural, conta para baixa renda e grupos femininos.

São Paulo—A África do Sul ocupa o segundo lugar por seu acesso de excelência e uso de serviços financeiros acessíveis, divulgou o Relatório e Scorecard do Projeto de Inclusão Digital e Financeira do Brookings de 2015. O relatório avaliou 21 países e examinou grandes questões relevantes para a inclusão financeira, tais como compromisso do país, capacidade móvel, enquadramento regulamentar e adoção de serviços financeiros tradicionais e digitais.

O estudo aponta que, desde 2014, cerca de 75% da população adulta do país passou a ter contas bancárias e 5% a usar produtos financeiros não bancários. Caixas eletrônicos e cartões de débito foram os recursos mais procurados, com 34% dos habitantes com conta em banco e detendo um cartão MasterCard para o Seguro Social sul-africano. O Índice de Inclusão Financeira Global de 2014 mostrou que cerca de 69% dos homens e mulheres tinham contas bancárias em uma instituição financeira formal ou prestador de serviço financeiro móvel.

A África do Sul obteve desempenho de 80% no indicador e foi classificada em 1º lugar para capacidade móvel, na 3ª posição para adoção, em 12ª colocação para o compromisso do país e em 17º lugar para o enquadramento regulamentar. O país também recebeu a maior pontuação em inclusão de contas formais, incluindo conta rural, conta para baixa renda e grupos femininos.

O relatório também destaca que a capacidade de telefonia móvel da África do Sul é forte. Com 70% de assinantes exclusivos, em torno de 96% da população já utiliza cobertura da rede móvel 3G. Além disso, o país possui um número de distribuição de dinheiro móvel que oferece transferências nacionais P2P, pagamento de contas e remessas internacionais, o que possibilita que o serviço chegue a mais pessoas e que as envolva em serviços financeiros.

Ações para digitalizar as transferências do governo associadas a, consideravelmente, extensa infraestrutura bancária da África do Sul, contribuiu com a inclusão financeira. Com isso, os esforços para diversificar o mercado de serviços financeiros digitais e incentivar transações digitais possibilitam impulsionar ainda mais os avanços da iniciativa.

De acordo com estimativas de relatório recente do Imperial College e Citi, um aumento de 10% na disponibilidade do dinheiro digital, somado a elevação proporcional na adoção para os países incluídos no índice, podem ajudar na previsão de 220 milhões de pessoas a entrarem no setor financeiro formal. Esse número representa um adicional de US$ 1 trilhão que deve passar da economia informal para a economia formal.

A inclusão financeira se tornou um aspecto crucial do desenvolvimento econômico, ressalta o índice, e serviços digitais são componentes cada vez mais importantes nesse processo de evolução. Economias em expansão precisam de consumidores que possam pagar contas ou enviar remessas de forma acessível e conveniente. Essa prática promove o empreendedorismo, tira pessoas da pobreza e oferece a elas esperança para um futuro econômico brilhante.

Brand South Africa, anteriormente conhecida como o Conselho Internacional de Marketing da África do Sul, foi criada em agosto de 2002 para ajudar a criar uma imagem de marca positiva e atraente para a África do Sul. O nome mudou oficialmente para melhor alinhar seu mandato de construir a reputação da marca da nação da África do Sul, a fim de melhorar sua competitividade global.