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08/12/2015 - 07:47

Vale projeta obter US$1,1 bilhões com venda e recontratação de navios gigantes


A mineradora afirma estar preparada para os desafios de 2016 causados pela incerteza na demanda e volatilidade nos preços de commodities.

Londre A— brasileira Vale informou no dia 04 de dezembro (sexta-feira), que planeja vender seus 11 navios mineraleiros Valemax remanescentes e alugá-los posteriormente, em uma operação que pode levantar US$1,1 bilhão.

A Vale disse que tem tido alguns atrasos nas vendas dos navios, que têm função central no esforço da mineradora de reduzir seus custos de transporte entre o Brasil e os clientes na Ásia.

A empresa disse que está buscando as melhores tarifas de frete nos contratos de aluguel dos navios junto aos novos donos.

Cada um dos cargueiros, com 360 metros de comprimentos, pode carregar de 380 mil a 400 mil toneladas de minério, o que coloca dos Valemax entre os maiores navios em operação no planeta.

A Vale tem vendido a sua parte na frota global de Valemax, de 35 embarcações, por cerca de US$110 milhões cada, disse o diretor financeiro Luciano Siani, em um encontro com investidores em Londres.

Os navios são necessários para ajudar a Vale a competir com suas maiores rivais, localizadas na Austrália. Mineradoras como BHP Billiton e Rio Tinto estão mais perto da China, maior mercado comprador do minério de ferro, principal matéria-prima do aço.

Carregando mais minério em cada navio, o custo da Vale no frete por tonelada cai. A redução de custos é uma necessidade urgente para a companhia, em um momento em que o minério de ferro no mercado chinês é negociado na mínima de dez anos, abaixo de US$40 por tonelada.

A Vale também conta com os navios gigantes para reduzir sua pegada de carbono.

As atuais embarcações Valemax queimam 35 por cento menos combustível por tonelada transportada, e os novos navios irão queimar ainda menos, disse Peter Poppinga, diretor da divisão de metais ferrosos.

Na sessão de perguntas e respostas, Poppinga disse ainda que a Vale planeja reduzir drasticamente seus estoques de minério de ferro em Minas Gerais como parte dos esforços para "enxugar" operações na região.

A produção em Minas Gerais tem custos maiores e menor concentração de ferro, na média, do que o sistema Norte da companhia, no complexo de Carajás, no Pará.

Com o minério de ferro no atual patamar de preços, a companhia pode não pagar dividendos no próximo ano para preservar caixa a fim de concluir o grande projeto de expansão de Carajás, que entrará em seu último ano de obras, disse Siani.

Rio Doce — A Vale espera ter todas as vítimas desabrigadas pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco Mineração, em Minas Gerais, em casas permanentes até o Natal, disse o diretor Luciano Siani no dia 04 de dezembro (sexta-feira), no evento em Londres.

A Vale também disse que seu plano para recuperar o Rio Doce, que recebeu uma enxurrada de rejeitos de mineração com o rompimento da barragem no início de novembro, pretende deixar o rio melhor do que era antes do incidente.

A Samarco é uma joint venture 50/50 entre Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. | Maytaal Angel e Eric Onstad em Londres/Reuters.

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