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20/02/2008 - 12:43

Há vagas

Mercado de tecnologia disputa bons profissionais.

Em tempos de desemprego, parece surpreendente as vagas ociosas em alguns setores da economia brasileira. É o que acontece, por exemplo, na área de tecnologia. A grande reclamação das empresas, nacionais e internacionais, é sobre a falta de profissionais qualificados para os cargos existentes, tanto na área de Tecnologia da Informação (TI) quanto na área de Design.

Segundo dados do programa de Formação de Capital Humano em Software (FCHS), lançado no ano passado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2005 existiam cerca de 17 mil vagas ociosas no mercado de tecnologia por falta de profissionais qualificados para ocupá-las. A tendência atual é que esses números continuem aumentando, contrariando o ritmo de crescimento das empresas ligadas à tecnologia que continuamente abrem possibilidades de trabalho.

Mas quando se fala de Design, essa carência de profissionais nem sempre é numérica. Em alguns casos, faltam pessoas com as habilidades e competências pedidas pelas empresas. Se olharmos a divulgação de oportunidades de trabalho para designers em anúncios de alguns anos atrás, perceberemos textos genéricos, solicitando profissionais com alguma experiência em um ou outro software gráfico específico. Hoje a realidade é outra. Os anúncios expressam as necessidades das empresas associando competências como “inovação, criatividade, relacionamento, trabalho em equipe” às habilidades com uma gama variável de softwares gráficos e linguagens de programação.

Esta mudança não representa necessariamente uma busca por profissionais mais especializados, mas por aqueles mais versáteis; capazes de dominar diversas áreas do conhecimento e voltados para desenvolver projetos que atendam à inovação e à estratégia desejada pelas organizações. Percebe-se o quanto o mercado passou a indicar claramente os requisitos necessários ao profissional de design de alto nível. Para este indivíduo não basta apenas saber utilizar o CorelDraw ou o Photoshop. Muito pelo contrário, as empresas estão em busca de designers que, além de lidar com tecnologia, conheçam princípios de programação, marketing digital, entendam o funcionamento de ferramentas on-line etc. Ou seja, profissionais que dominem os processos de desenvolvimento de projetos amplamente, da conceituação à entrega ao cliente e contribuam de forma global com o sucesso da organização.

Designers que cumprem uma rotina de “espera por demanda”, isto é, que estão sentados aguardando que sejam solicitados ao trabalho, estarão em pouco tempo, fadados a enfrentar sérios problemas de empregabilidade. Por outro lado, profissionais que estão atentos às oportunidades e enxergam as inúmeras lacunas onde podem atuar estão construindo a versatilidade que abre espaços cada vez maiores para sua atuação profissional. Neste sentido, orientar-se para o mercado é a chave para chegar a este nível. Para isso, é importante uma formação multidisciplinar que agregue conhecimentos de diferentes campos compondo um conjunto de competências que formem amplamente este profissional de Design, principalmente, para dialogar com outras áreas profissionais.

Voltando nossa atenção para a área de TI, os problemas são semelhantes. A dificuldade em encontrar profissionais qualificados, tem obrigado as empresas a investir cada vez mais em cursos e treinamentos, o que representa uma desaceleração do processo de entrada do profissional neste mercado. Por exemplo, há empresas firmando parcerias com instituições de ensino, inclusive de fora do país, para a criação de cursos específicos para as necessidades de seus funcionários da área de TI. Este tem se tornado um movimento bastante comum entre grandes corporações e os resultados, inclusive, começam a expandir esta ação de formação profissional a outras áreas internas das próprias empresas que não somente a de TI.

De fato, a carência de profissionais qualificados gera a impossibilidade de investimentos das empresas no mercado brasileiro. É um movimento de necessidades cíclicas, ou seja, sem profissionais qualificados as empresas não investem; sem investimento o mercado não contrata. Entendemos que a era do emprego, da forma como o compreendemos, está dando lugar à idéia de trabalho, atrelada à oportunidades sustentáveis de empregabilidade. Isto envolve investimento constante em inovar e empreender a própria carreira.

Instituto Infnet - Seguindo este pensamento, foi desenvolvido de forma pioneira o currículo da Escola Superior de Design Digital do Instituto Infnet, no Rio de Janeiro. A ênfase na prática da profissão está presente na estrutura do Projeto Pedagógico. Tanto nos cursos superiores de Design quanto nos de TI, que seguiram a mesma linha, as aulas são inteiramente práticas, em laboratórios com infra-estrutura de alto nível e módulos que tratam de assuntos (TV Digital, Mídias Interativas, Ilustração Digital, entre outros) que vão além do puramente acadêmico e trivial. Além disso, os alunos do Instituto Infnet têm aulas de gestão de projetos, marketing, comunicação e inglês.

Estes exemplos são apenas uma amostra da preocupação do Infnet com as necessidades do mercado atualmente. Por exemplo, o ensino técnico da língua inglesa atende diretamente ao acesso dos alunos à literatura das áreas de tecnologia comumente escritas em inglês. Da mesma forma, aspectos de gerenciamento de projetos e marketing são características da competitividade nas empresas. Ou seja, é fundamental para profissionais altamente qualificados associarem tanto os conhecimentos técnicos quanto aqueles necessários à compreensão global dos negócios.

. Prof. Dr. José Ricardo Cereja, Coordenador Pedagógico da Escola de Design do Instituto Infnet, Consultor e Palestrante.

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