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20/02/2008 - 12:46

Minha empresa era ótima, de repente percebi que estávamos em crise. O que faço?

A colocação acima é bem mais freqüente do que se possa imaginar. É o que temos ouvido sistematicamente em empresas geralmente de porte médio e de origem nacional.

Para quem como nós atua na área da recuperação empresarial o encaminhamento é praticamente o mesmo, independentemente do porte da empresa, do nicho de atuação e demais fatores como localização, idade, etc.

A primeira atitude que um quadro como esse comporta é proceder-se a um diagnóstico que reflita a situação econômica e financeira passada e presente. Evidentemente que uma varredura dos últimos três a cinco anos vai nos proporcionar uma visão de conjunto onde se processa identificar as causas que levaram a empresa ao presente estágio. Assim podemos conhecer seus instrumentos de gestão, suas margens bruta, operacional e líquida e uma grande gama de informações no que tange a evolução histórica de seus custos, receitas e destinação dos resultados. Outro aspecto que muito interessa conhecer é seu estágio atual de endividamento, quer seja com instituições financeiras, fornecedores, clientes e outros credores, detentores ou não de garantias.

Conhecendo-se o histórico e o momento atual, é sempre possível um estudo voltado as eventuais alternativas de recuperação. Esta análise retrospectiva proporciona um estudo voltado ao futuro da empresa e as inúmeras alternativas no terreno de atividades como suprimento, produção, comercialização, custos, cobrança, recursos humanos, etc. Naturalmente que identificadas as causas muito mais simples é a abordagem de uma gestão racional que pressuporá evidentemente um plano global de recuperação. Estabelecido e implementado um plano de grande amplitude torna-se necessário um acompanhamento com vistas ao estabelecimento da correlação entre o planejado e o executado. Ainda que possa parecer tantalógico só é possível controlar atitudes que tenham sido previamente planejadas e coordenadas.

Acreditamos que por esta sistemática podemos recuperar uma empresa que esteja evoluindo para uma situação crítica, ou pré, se avizinha de uma crise generalizada. Nesta ordem de idéias é sempre oportuno destacar que historicamente a experiência nos ensina que a menos racional das atitudes é a de expectativa de que a empresa vinha a conhecer independentemente de uma ação direta uma solução meramente fortuita.

É comum nestas situações o empresário se dar conta que se houvesse tomado as medidas retro-citadas à mais tempo estaria a empresa em uma outra situação.

O diagnóstico de uma pessoa jurídica muito se assemelha ao diagnóstico de uma pessoa física. Para recomendarmos o elenco de soluções necessárias é imperioso um conhecimento detalhado da situação em que a mesma se encontra e para onde está evoluindo.

Após esta análise detalhada, formula-se um plano de ação abrangendo o curto, médio e longo prazo e abrandando as atividades em compatibilidade com seus recursos internos e eventualmente apontando recursos externos quer sejam materiais, financeiros ou humanos.

. Por: Augusto Paes Barreto, economista e sócio-diretor da Consultoria Siegen, especializada em recuperação de empresas em crise financeira e sucessão familiar. Site: www.siegen.com.br

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