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11/12/2015 - 08:43

Tombini: adiar ajustes pode atrasar início da recuperação econômica


O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disseno dia10 de dezembro(quinta-feira), que adiar os ajustes necessários à economia brasileira pode atrasar o início da recuperação econômica do país.

“Uma eventual postergação dos ajustes somente adiaria o início da recuperação econômica, ampliando o ciclo vicioso de incerteza, a perda de confiança, o adiamento de investimentos e a reprecificação de ativos, ampliando a queda da atividade econômica e tornando o próprio ajuste mais prolongado e custoso”, afirmou Tombini, em discurso durante em almoço promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo Tombini, além do ajuste fiscal, o Brasil está passando por acertos nas áreas externa e monetária.

De acordo com o presidente do Banco Central, o problema é que os benefícios dos ajustes demoram a aparecer, enquanto os custos são imediatos, o que pode causar incompreensão ou mesmo questionamentos em relação às medidas necessárias ao ajuste. "Essa percepção inicial adversa pode levar ao bloqueio, ainda que parcial, das propostas de ajuste, trazendo incertezas quando a sua duração e intensidade, ou mesmo quanto à sua consecução”, ressaltou.

Em um caso extremo, se os rumos nessas áreas demorarem demais a ser alterados, pode haver comprometimento dos fundamentos macroeconômicos do país, alertou Tombini. “No limite, esse ciclo vicioso poderia comprometer fundamentos ainda sólidos economia brasileira.”

Porém, segundo o presidente do Banco Central, alguns benefícios já podem ser sentidos, como o ajuste do valor do real frente ao dólar. O efeito da depreciação de câmbio é tornar a economia brasileira mais atrativa”, destacou. Apesar da grande desvalorização da moeda nacional ao longo do ano, Tombini disse que não houve perdas significativas para o país. “Atualmente, a depreciação do real não tem sido efeito causador de desequilíbrios patrimoniais e instabilidade financeira.”

Tombini ressaltou ainda a relevância do ajuste fiscal. “Não há como assegurar a sustentabilidade das conquistas econômicas e sociais alcançadas até agora, se não houver confiança de que o Estado será capaz de honrar seus compromissos, sobretudo em um horizonte de médio e longo prazos.”

Para o presidente do Banco Central, é necessário criar as condições para reduzir a dívida pública em relação ao crescimento econômico, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). “[É uma] medida crucial para criar uma percepção positiva sobre o ambiente econômico, reverter a trajetória dos indicadores de confiança dos agentes, melhorar a competitividade e contribuir na ancoragem das expectativas de inflação.” | ABr.

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