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12/12/2015 - 07:46

Fusão da Dow Chemical e DuPont vai criar gigante química de US$130 bilhões

As gigantes do setor químico DuPont e Dow Chemical chegaram a acordo para fusão num negócio que avalia as companhias combinadas em 130 bilhões de dólares, numa vitória de investidores que pode gerar economias com impostos e disparar mais consolidação na indústria agroquímica, enquanto atrai a atenção de reguladores.

O "acordo de três séculos", como o analista da Wells Fargo Frank Mitsch o apelidou, combinará duas das maiores e mais antigas fabricantes de produtos químicos, negócio que resultará na listagem de três empresas em bolsa, focando em produtos agrícolas, materiais e especiais.

As ações de ambas caíram nesta sexta-feira após dispararem na semana, seguindo os relatos de negociações entre as duas.

O acordo anunciado nesta sexta-feira enfrentará criteriosa observação de reguladores, disseram analistas, especialmente sobre a combinação dos negócios agrícolas, os quais vendem sementes e defensores agrícolas, como inseticidas e pesticidas.

Executivos de ambas as empresas disseram que os negócios agrícolas têm pouca sobreposição e que quaisquer vendas de ativos provavelmente seriam pequenas.

A potencial economia com impostos foi uma das razões para o complicado acordo de fusão e posterior cisão, segundo analistas. "Elas precisam se unir para que as cisões subsequentes possam se qualificar como transações livres de impostos nos EUA", disse James Sheehan, analista do SunTrust Robinson Humphrey.

Os acionistas da Dow teriam 52 por cento na nova empresa, após conversão da ações preferenciais, enquanto os da DuPont teriam as 48 por cento restantes, disseram as empresas.

O presidente-executivo da DuPont, Ed Breen, que ajudou a fazer a engenharia da ruptura do conglomerado Tyco International durante sua passagem na liderança da empresa, seria o presidente-executivo da nova companhia e o presidente executivo da Dow, Andrew Liveris, seria o presidente do conselho.

A Dow e a DuPont têm lutado para lidar com o recuo na demanda por químicos agrícolas devido à queda nos preços das commodities e o dólar forte, mesmo com seus negócios de plásticos prosperando graças aos preços baixos do gás natural.

As duas grandes empresas de produtos químicos se sentiram impulsionadas a fazer a fusão devido às poucas oportunidades de crescimento, disse o analista do Key Private Bank Rob Plaza.

"Eu acho que o grande catalisador seria a entrada de Breen, seu histórico de extrair valor de companhias e a luta que a DuPont enfrentou com Nelson Peltz", disse Plaza. "Podemos ver mais consolidações". | Swetha Gopinath/Reuteres.

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