Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

12/12/2015 - 08:24

Brasil avança na reabertura do mercado mundial de carne bovina

E projeta aumento das exportações para 2016. O ano de 2015 foi marcado por conquistas estratégicas para o setor com a volta dos embarques para a China e a Final Rule para os EUA.

São Paulo— Uma retrospectiva do ano de 2015 para o setor de carne bovina brasileira pode ser resumida por meio de conquistas e avanços na reabertura do mercado mundial para o produto nacional. Dentre as boas notícias, duas das grandes prioridades estratégicas para o setor foram alcançadas: a Final Rule para os Estados Unidos e o início dos embarques para a China. Também reabriram seus mercados, com a suspensão dos embargos – ainda em função do caso atípico de BSE em 2012 -, para a carne brasileira, a Arábia Saudita, Iraque, África do Sul e Japão.

“2015 encerrou algumas lutas que o setor travava há alguns anos. Praticamente, concluímos os últimos países que ainda estavam com embargo à nossa carne. Sem dúvida, foi um ano de ótimas notícias para a indústria brasileira, que está cada vez mais preparada para atender a demanda mundial de carne bovina”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne.

Os embarques para a China começaram no final de junho e, em pouco mais de cinco meses, já representou 81,3 mil toneladas, com faturamento de US$ 401,2 milhões. Com o anúncio da habilitação de mais três plantas naquele país, em novembro último, a expectativa da ABIEC é que, em 2016, o faturamento de exportação de carne bovina para a China represente cerca de US$1,3 bilhão.

A Final Rule, publicada no final de junho, liberando a exportação de carne in natura de 14 estados brasileiros para os Estados Unidos, foi outra conquista muito importante para o setor. “São duas etapas. O anúncio da Final Rule, que aconteceu em junho. Agora, o processo segue com a discussão entre os respectivos órgãos americano e brasileiro para o estabelecimento de uma equivalência de processos de inspeção para que as exportações, de fato, tenham início. A expectativa da ABIEC é que os primeiros embarques aconteçam ainda no primeiro semestre de 2016”, explica Fernando Sampaio, diretor-executivo da ABIEC.

Outro mercado reaberto que traz grande potencial de aumento nas exportações de carne bovina no curto prazo é a Arábia Saudita. Além da possibilidade de exportar 50 mil toneladas aos sauditas, outras nações como Qatar, Bahrein e Kuwait podem também retomar as importações da carne brasileira, uma vez que seguem os mesmos requisitos da Arábia Saudita, alcançando um faturamento conjunto de US$ 230 milhões.

Em dezembro, o governo brasileiro anunciou a suspensão do embargo japonês para carne brasileira processada. Com isso, o País retoma a exportações de produtos industrializados para o Japão, que pode representar um valor agregado, chegando a um faturamento anual de US$ 19 milhões. “Resolvido o embargo de produtos industrializados, as duas partes concordam em começar a negociar o acesso recíproco a carne in natura, produto do qual o Japão é um dos maiores importadores do mundo”, ressalta Sampaio.

Perspectivas para 2016 —Para a ABIEC, as previsões são mais otimistas para 2016 por conta da abertura de todos os mercados citados em 2015. “Esse foi um ano de conquistas e, em 2016, vamos colher os resultados efetivos. A perspectiva é que o faturamento chegue a US$ 7,5 bilhões, batendo o recorde de 2014”, afirma Antonio Jorge Camardelli.

A ABIEC mantém como estratégia para 2016 a busca por novos mercados, nos quais o Brasil ainda não tem acesso, como México e países da Ásia, a exemplo de Taiwan, Indonésia e Tailândia. Além disso, pretende avançar nas negociações para exportação de carne in natura para o Japão e miúdos e carne com osso para a China – atualmente, o gigante asiático só importa carne sem osso do Brasil.

Resultados de 2015 —Com faturamento de US$ 525 milhões em exportações em novembro, o Brasil atinge a marca de US$ 5,4 bilhões no acumulado do ano. Em volume, foram exportadas 124,5 mil toneladas de carne bovina em novembro, registrando um total de 1,3 milhão de toneladas em 2015. Esses números representam uma queda de 10% em volume e 17% em faturamento em relação a 2014.

Com isso, as exportações brasileiras de carne bovina em 2015 devem fechar o ano com um resultado aquém do mesmo período do ano passado. Mesmo com uma recuperação no último trimestre, o setor enfrentou problemas conjunturais que afetaram negativamente alguns grandes mercados do Brasil, como Rússia, Hong Kong e Venezuela.

Os maiores mercados de exportação da carne brasileira em 2015*:

. *até novembro

ABIEC [www.abiec.com.br], criada em 1979, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) reúne 27 empresas do setor no País, responsáveis por 92% da carne negociada para mercados internacionais. Sua criação foi uma resposta à necessidade de uma atuação mais ativa no segmento de exportação de carne bovina no Brasil, por meio da defesa dos interesses do setor, ampliação dos esforços para redução de barreiras comerciais e promoção dos produtos nacionais. Atualmente, o Brasil produz 10 milhões de toneladas de carne bovina, 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade. Na última década, o País registrou crescimento de 135% no valor de suas exportações.

A ABIEC em números.: Resultados de exportação de carne bovina entre janeiro e novembro de 2015: .Faturamento: US$ 5,4 bilhões |.Total de toneladas: 1,3 milhão |. Exportação para 136 países.

Maiores compradores:. Hong Kong|. União Europeia |.Egito |. Rússia | .Venezuela.

Balanço da Pecuária no Brasil (2014): . 167 milhões de hectares de pasto |. Rebanho total de 208 milhões de cabeças | . 42 milhões de cabeças abatidas | . 5 milhões de produtores | . Movimentação da cadeia: US$ 170 bilhões | . Aproximadamente 20,8% da carne produzida no Brasil é exportada.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira