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15/12/2015 - 09:48

A revolução que queremos!


Num momento em que o País passa por descrédito político e econômico institucionalizado e a indústria enfrenta a desaceleração do consumo, aumentos generalizados de insumos e matérias-primas, além da crise hídrica e elétrica, é hora de sonhar com uma literal “Revolução” em setores da política, economia e segurança, pois, mais do que reformas, nosso País precisa de revoluções. Eis as nossas propostas de revoluções: Revolução na Condução da Máquina Pública — A máquina pública precisa ganhar eficiência e ser administrada com metas de desempenho e produtividade, como em uma grande empresa. Deve ser feita uma reforma administrativa baseada em meritocracia e que evite o aparelhamento da máquina administrativa. A gestão deve ser séria, ética e capaz atacar a corrupção que atrapalha o progresso do País. Além disso, deve criar instrumentos capazes de punir com severidade todos os envolvidos nesses atos criminosos.

Revolução na Economia —A retomada do crescimento econômico é, segundo os especialistas, o grande desafio. O Brasil precisa de uma boa equipe de economistas para atacar as causas da inflação, controlar a estabilidade do dólar, facilitar a importação de insumos, aumentar o crescimento do PIB e incentivar as exportações.

A política econômica a ser implementada deve oferecer maior previsibilidade para o empresário no longo prazo, trazer equilíbrio das contas e atrair mais investimentos. O País depende de geração de empregos e renda. E quem gera emprego e renda é a indústria!

Revolução na Justiça —Combater a impunidade e acabar com a corrupção passa por um Judiciário mais eficiente. As regalias que vemos aqui são fruto de um país sem justiça. O ideal seria unificar a Justiça, eliminando os tribunais setoriais. Devemos acabar com as mordomias. Nossos magistrados devem ter os mesmos direitos e obrigações que todos os outros trabalhadores, inclusive na carga horária de trabalho.

Revolução na Gestão Tributária —A burocracia é um dos gargalos para o desenvolvimento dos setores produtivos do Brasil. O sistema tributário brasileiro inibe o crescimento das empresas. A reforma tributária é o primeiro passo. Para isso, o governo deve buscar a simplificação. A desburocratização é imprescindível para que a indústria nacional seja mais competitiva no mercado internacional. Os altos impostos impedem a competitividade e a reforma tributária é necessária para mudar esse cenário.

Revolução na Legislação Trabalhista —A quantidade de processos trabalhistas no Brasil demonstra que a reforma é essencial: cerca de dois milhões de casos são julgados por ano. A atual legislação trabalhista brasileira é engessada, quer regular tudo e desestimula o emprego. Uma maior flexibilidade permitirá que os acordos entre patrões e empregados sejam, de fato, validados.

O governo federal deve dar ênfase na reforma trabalhista para que o País volte a crescer. O diálogo com os sindicatos de ambos os lados, patronal e de trabalhadores, é fundamental.

Revolução na Infraestrutura —O setor industrial exorta o governo para a melhoria das condições logísticas do País, pois estamos desestruturados. Precisamos de uma infraestrutura de qualidade nas ferrovias, hidrovias, aeroportos, rodovias, em número suficiente e com acesso industrial e comercial.

Mais revoluções —Propomos ainda a modernização de nosso sistema político; mais segurança pública; e investimentos massivos em educação e saúde.

. Por: Ricardo Martins, diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP - Distrital Leste) (www.ciespleste.com.br) e diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIESP. Também é vice-presidente do Sicetel - Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos. E-mail: [email protected].

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