Exportações da indústria do Rio crescem 18,5% em janeiro

Vendas chegam a US$ 1,163 bilhão e importações também batem recorde.

As vendas externas da indústria do Rio de Janeiro atingiram US$ 1,163 bilhão no mês de janeiro, o que representa um crescimento de 18,5% sobre janeiro de 2007 e também o recorde do mês na série histórica. O crescimento foi puxado pelos setores de Mecânica, Química, Borracha e Material de Transporte. As informações estão no Boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), elaborado com base nos dados da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior) e divulgado nesta quarta, dia 20.

As importações também bateram recorde e chegaram a US$ 1,08 bilhão – crescimento de 66,2% em relação a 2007. Todos os setores contribuíram fortemente para esse resultado, à exceção da indústria de Metalurgia. O saldo positivo na balança comercial em janeiro foi de US$ 74,8 milhões, com uma variação negativa de 77,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, o saldo comercial manteve-se em crescimento, com avanço de 13,3%, atingindo US$ 4,5 bilhões.

O petróleo continua a ser o principal item da pauta de exportações, com 49,1% do total vendido. Esse número está bem abaixo, no entanto, da média de 70% e do recorde de 75,1% alcançado em dezembro de 2007. A diminuição ocorreu por conta da menor venda de óleo bruto para os Estados Unidos, que passaram de US$ 435 milhões no mês passado para US$ 194 milhões em janeiro.

O mês de janeiro também foi importante para a descoberta de novos nichos para as vendas da indústria do Rio. O Chile, por exemplo, aumentou em 40% suas compras de laminados de aço, enquanto os embarques de outros produtos metalúrgicos para a Holanda avançou 130%. Esse processo de conquista de mercados vem acontecendo desde o ano passado.

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações fluminenses (US$ 245 milhões, ou 21% do total, principalmente devido ao petróleo). Da mesma forma, foram o maior vendedor para o Rio, com US$ 234 milhões, ou 21,5% do total. Seguindo o processo que ocorre nas vendas, o Rio tem diversificado sua pauta em relação a países de origem, o que o torna menos dependente de mercados específicos.

À exceção das indústrias Extrativa Mineral (-8,2%) e Metalúrgica (32,6%), todos os demais setores apresentaram crescimento nas exportações, com destaque para Mecânica (1.000%, graças à venda de peças e acessórios para máquinas e equipamentos), Química (213,3%), Borracha (88,7%) e Material de Transporte (41,9%).

Quando se compara o ritmo de crescimento do fluxo de comércio brasileiro e fluminense, o Rio cresce a taxas superiores à média nacional desde setembro do ano passado. No acumulado em 12 meses, o Brasil atinge 21% em relação ao período anterior, enquanto no Rio o número chega a 31,5%. Com isso, aumenta a participação fluminense no comércio internacional do País – em janeiro, ela foi de 8,9% das exportações e 8% das importações.

As importações do Rio em janeiro cresceram bastante nos principais setores da indústria, com exceção da Metalúrgica (-16%). Os destaques foram Química (133,3%), Extrativa Mineral (107,8%) e Mecânica (107,5%). O petróleo, mais uma vez, aparece entre os principais produtos da pauta, com 18,9% das compras do estado. Em termos de crescimento, sobressaíram elementos e compostos químicos não-petroquímicos ou carboquímicos (323,1%), automóveis, caminhões e ônibus (175,1%) e carvão e outros combustíveis minerais (169,6%).

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