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05/01/2016 - 07:42

Sucessão na Geração Y

Tratar de sucessão na Geração Y não é tarefa fácil. Assim como não foi na geração X, na geração dos Baby Boomers, dos Hippies e todas as outras. Jovens são “ex-adolescentes” que são “pré-adultos”. Estamos diante de uma questão de educação, paciência e muita comunicação.

Problemas de comunicação entre gerações sempre existiram. Nada novo. É preciso comunicar-se no sentido mais etimológico da palavra. O que é comum. Comum aos dois. Pais e filhos. O que é explicado por um é entendido pelo outro e, principalmente, vice-versa.

Então, como educar para estes desafios? Acredito fundamentalmente na educação da primeira infância, aquela que vem de casa através do exemplo, de pai para filho, de avós para netos, de tios para sobrinhos, em fim, de um modelo para o jovem. É à base dos princípios e valores, do caráter destes pequenos sucessores em formação. É necessário compreender que estratégias do tipo "faça o que digo e não faça o que eu faço", já não funcionam mais. Ou melhor, nunca funcionaram e agora caíram no descrédito de vez.

Se a Geração Y tem uma característica, esta é a do livre acesso a informação, basta um clique. É preciso prepará-los para que tenham capacidade de discernimento do que é útil e do que é nocivo, orientando na identificação de pontos positivos e os negativos inerentes a cada escolha.

O caminho da educação é árduo. Devemos começar cedo. O exemplo, a referência, o modelo, traz a proximidade que se faz necessária ao sólido aprendizado que ficará enraizado nestes jovens. Assim, nos momentos difíceis, de angústia, eles servirão como um alento, facilitando na tomada de suas melhores decisões. Com o tempo, este simples exercício será uma base robusta e sólida ao adulto que se forma.

As novas gerações não devem ser treinadas para trabalharem no negócio familiar. Isso dependerá de suas vontades e capacidades, mas é fundamental que se busque a satisfação pessoal de cada membro da família, engajando-os no entendimento de que toda herança é composta por direitos, mas também por deveres e obrigações, seja hoje como herdeiro ou amanhã como acionista, dentro ou fora da empresa familiar. Este processo contribui na harmonia familiar e consequentemente na preservação de seu principal ativo, a empresa familiar.

Os jovens muitas vezes são inseguros e tantas outras agressivos. Faz parte do seu processo de amadurecimento. É nesta hora que a maturidade e segurança adulta serão fundamentais. Os pais precisam equilibrar aconchego e acolhimento com engajamento e desafios para, então, receber todo o potencial e genialidade que a geração do milênio tem para contribuir com a companhia familiar.

. Por: Leonardo Wengrover, coordenador do Capítulo Rio Grande do Sul do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

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