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06/01/2016 - 07:44

Crescimento da indústria de TIC fluminense fica abaixo do registrado no país, aponta Firjan

Dos quatro segmentos, indústria de hardware fluminense se destaca. Firjan lança mapeamento do setor com dados entre 2009 e 2013.

O número de empresas da indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no estado do Rio de Janeiro cresceu 36,3% entre os anos de 2009 e 2013, abaixo do crescimento registrado no país, de 44,3%, no mesmo período. Em relação ao número de trabalhadores, o mercado de trabalho fluminense cresceu 35,8%, contra 39,9% em nível nacional.

Em 2013, a participação fluminense no cenário nacional era de 9,4% do total de estabelecimentos brasileiros de TIC, atrás apenas de São Paulo (32,8%) e Minas Gerais (10,7%). Já a participação do estado no mercado de trabalho de todo o país foi de 10,4%, segundo principal mercado nacional, atrás apenas do estado do São Paulo (42,3%).

Com base na massa salarial das empresas, estima-se que a indústria de Tecnologia da Informação e da Comunicação do Rio de Janeiro gerou um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 15 bilhões, o que corresponde a 3% do total produzido no estado. O destaque foi para a indústria de hardware fluminense, um dos quatro segmentos que compõe o setor de TIC, que cresceu 20,2%, enquanto o registrado no país foi de 18,9%.

Os dados fazem parte do Mapeamento do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do estado do Rio de Janeiro, estudo produzido pelo Sistema FIRJAN para quantificar o potencial da atividade e para servir de base na formulação de políticas públicas de desenvolvimento do TIC no estado. Ao longo do período, a Indústria de Software fluminense cresceu 31,4% por conta do crescimento do desenvolvimento e licenciamento de programas de computadores customizáveis. No país, o aumento foi de 57,3% entre os anos de 2009 e 2013.

Já o segmento de Serviços de TI também ficou abaixo da média nacional. O Rio registrou um crescimento de 35,1%, contra 38,9% no país. Também o segmento de Telecomunicações cresceu menos. Enquanto no estado houve um aumento de 50%, o país atingiu o patamar de 76,7%.

“Apesar do peso do setor na economia fluminense, evidenciado por meio da sua participação no total da riqueza gerado no estado, a atividade vem perdendo espaço quando comparamos seu crescimento, seja em número de estabelecimentos ou na geração de empregos formais, no cenário nacional”, destaca o coordenador do programa de Indústria Criativa do Sistema Firjan, Gabriel Pinto.

O coordenador destaca ainda que é necessário melhorar a infraestrutura de banda larga do estado, assim como conectar as demandas das grandes players com a indústria de TIC para fomentar novos negócios. “Nesse sentido, a aproximação das universidades, já que temos os principais centros aqui no estado, com a indústria de TIC é essencial. Assim como a disponibilidade de recursos para apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação”, acrescenta Gabriel.

Com base nos dados oficiais dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o levantamento inédito traz também detalhes sobre a concentração de estabelecimentos e empregos nos diversos municípios fluminenses nos quatro segmentos que compõem o setor: Software, Serviços de TI, Hardware e Telecomunicações. Destaque para a cidade do Rio de Janeiro que concentra o maior percentual de estabelecimentos (65,5%) e trabalhadores (84,5%). Entre os bairros da capital, o Centro sozinho corresponde por 33,2% dos empregados.

O mapeamento do setor TIC foi apresentado aos empresários nesta quarta-feira, dia 16, em reunião setorial promovida pela Federação e o Sindicato da Indústria Eletrônica, Informática, Telecomunicações, Componentes e Similares do Rio de Janeiro (SindiTec).

Niterói é o segundo município em número de empresas e postos de trabalho —Depois da cidade do Rio de Janeiro, que está no topo do ranking com 2.908 empresas, a cidade de Niterói vem em segundo lugar com 205 empresas e 2.365 trabalhadores. A cidade do Grande Rio também se destaca em segundo no ranking nos segmentos de Serviços de TI, com 145 empresas, e em Telecomunicações, com 34 companhias.

Depois de Rio e Niterói, Petrópolis se destaca com 92 empresas, terceira no ranking. O município serrano também é apontado como o segundo polo do setor no estado do Rio, com grande parte dos trabalhadores alocada em Serviços de TI e seguida em Telecomunicações.

O mapeamento destaca também que, em 2013, existiam no país 47.503 empresas e 858.371 empregos formais no setor de TIC. No estado do Rio, verificou-se que 86% dos estabelecimentos do setor são micro empresas. Pequenas, médias e grandes empresas representam 11%, 2,4% e 0,6% respectivamente. Foram identificados ainda os seis polos de Tecnologia da Informação e Comunicação, localizados nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Campinas, Recife e Petrópolis.

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