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Preconceito contra pessoas com psoríase é maior no verão

Apesar de não ser contagiosa, doença assusta por causa de seu aspecto, mas o sol pode ser um aliado dos pacientes.

A chegada do verão faz com que aumente significativamente o número de pessoas nas praias e piscinas de todo o país. Com isso, aumenta também o preconceito contra pessoas portadoras de doenças de pele, entre elas a psoríase. Mesmo não sendo uma doença contagiosa, o aspecto da pele dos portadores costuma colocá-los em situações de constrangimento.

A psoríase é uma doença genética e inflamatória da pele que não tem cura, mas pode ser controlada. Os sintomas são lesões avermelhadas que descamam e provocam coceira, dor e incômodo nas regiões afetadas, geralmente joelhos e cotovelos. A doença muitas vezes altera a vida da pessoa tanto física quanto psicologicamente, incluindo a interação com outras pessoas nos momentos de trabalho e lazer. A psoríase atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo, inclusive crianças. Nos Estados Unidos, há 4,5 milhões de pessoas com a doença. No Brasil, esse número é ainda maior – são cerca de 5 milhões de portadores de psoríase.

Quem sofre da doença, pode tornar o sol um aliado. A exposição solar moderada ajuda no controle das lesões. Cerca de 80% dos portadores de psoríase apresentam melhora nas lesões após tomar banhos de sol nos horários adequados. Portanto, vale a pena freqüentar praias, piscinas, parques ou qualquer outro local que permita exposição ao sol. Mas é importante se expor de forma correta – as queimaduras solares podem piorar a doença. O ideal é usar um protetor solar adequado ao tipo de pele e evitar tomar sol entre 10h00 e 15h00.

Vários fatores podem agravar ou até desencadear a doença, como o estresse físico ou psicológico, fatores externos como uso de álcool, cigarro e a manipulação das lesões. Além disso, alguns medicamentos podem piorar o quadro. O uso de corticóides injetáveis ou tomados via oral devem ser evitados, uma vez que proporcionam uma melhora imediata, mas podem resultar em piora acentuada da situação (o chamado Efeito Rebote).

A grande verdade é que não existem motivos para o preconceito - ninguém pega psoríase pelo ar, piscina, toalhas, ato sexual ou ao manter qualquer outra forma de contato com a pele de uma pessoa doente.

. A dra. Inaya Lavor é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e atua como gerente médica na área de dermatologia da farmacêutica Roche.

Pílulas: . A psoríase tem fases de melhora e outras de piora. Os tratamentos diminuem as lesões nos momentos de piora e mantêm o paciente o máximo de tempo possível sem lesões na pele (é o que se chama de remissão). A remissão da doença pode durar dias, meses, anos ou mesmo toda a vida. Tem-se então a impressão de cura, apesar da psoríase ser uma doença crônica.

. Médicos ou outros profissionais podem oferecer tratamentos alternativos para a psoríase. É certo que estes tratamentos têm bons efeitos psicológicos sobre as pessoas, podendo produzir um alívio temporário. Porém, muitos deles não são comprovados cientificamente.

. Vale a pena usar hidratantes para a pele. Todos os pacientes portadores de psoríase se beneficiam com a utilização de hidratantes potentes nas áreas lesadas. Eles melhoram a descamação e evitam as rachaduras da pele.

. Não há restrições na alimentação do portador de psoríase. Mas, fique atento: alimentos ricos em gordura interferem na absorção de alguns medicamentos usados no tratamento das lesões. Existem estudos mostrando que indivíduos obesos tendem a apresentar mais psoríase que os magros. Portanto, procure manter o peso ideal.

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