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19/01/2016 - 09:35

Fratura de clavícula, o que fazer?

Dr. Gustavo Borgo explica as causas mais comuns da fratura de clavícula e os cuidados a serem tomados quando ocorre a lesão.

A fratura de clavícula é uma lesão comum em indivíduos jovens, especialmente nos praticantes de esportes e atividades com risco de queda em alta velocidade. É muito frequente em acidentes de moto, quedas de bike ou skate, ou esportes de contato (hockey, rugby ou futebol americano).

O Dr. Gustavo Borgo, ortopedista e traumatologista especializado em ombro e cotovelo, explica que há duas maneiras de sofrer uma fratura da clavícula. A primeira e mais comum ocorre por trauma indireto na face lateral do braço. Quedas de bike com o ombro apoiado no chão, ou mesmo queda de própria altura, são exemplos dessas situações.

Uma segunda maneira, menos comum, ocorre por trauma direto sobre a clavícula. Esse risco é mais importante neste osso do corpo por estar mais exposto, sem tecidos de proteção como músculos ou tendões. O mais comum é quando cai algo pesado sobre o nosso ombro, ou mesmo em acidentes de moto ou bike com impacto frontal no ombro contra um poste ou árvore.

"Negligenciada inclusive por alguns profissionais, a clavícula exerce uma função muito importante para os movimentos do membro superior. É a única estrutura de suporte entre o braço e o tronco (esqueleto axial). Sem ela, todo o braço ficaria “flutuando” no tórax, sustentado apenas por músculos", ressalta o Dr. Borgo.

Há algumas formas de proteger a região, mas estão indicadas geralmente em pessoas com atividades de alto risco. Fazem parte desse grupo as "ombreiras" e protetores de tórax usados por motociclistas e praticantes de corridas de bike downhill. São proteções externas que visam diminuir o impacto no local, mas dois inconvenientes: são incomodas, atrapalhando a movimentação livre, e protegem apenas contra as fraturas por trauma direto.

A primeira medida a ser tomada caso tenha sofrido uma queda sobre o ombro, ou mesmo um trauma direto na clavícula, e esteja com dor, é procurar um médico. "Em alguns casos já é possível fazer o diagnóstico apenas com o exame físico. Mesmo assim, a radiografia simples da clavícula deve ser realizada, confirmando a suspeita e indicando o tratamento. Outros exames raramente são necessários", diz o especialista.

Dr. Gustavo Borgo lembra que a imobilização deve ser feita imediatamente, evitando colocar o ombro "no lugar". "Se a fratura é visível não se deve mexer no local, evitando o agravamento da lesão. Qualquer tração na clavícula pode ocasionar uma outra lesão e dificultar o tratamento", lembra.

As fraturas de clavícula geralmente são tratadas sem a necessidade de intervenção cirúrgica, sendo necessária apenas quando não há contato ósseo entre os fragmentos, em situações com muita deformidade, ou em fraturas expostas. A cicatrização do osso (consolidação óssea) ocorre de forma gradual e progressiva. Em geral, é preciso seis semanas a dois meses para que o foco de fratura já esteja firme.

A grande maioria dos pacientes ficam normais após o tratamento e o índice de retorno às atividades físicas habituais é alto, incluindo os esportes mais exigentes.

Dr. Gustavo Borgo —Formado pela Universidade de São Paulo, em 2006, atuou como Tenente Médico da Aeronáutica em prestação de serviço militar obrigatório. Passou por diversos hospitais exercendo medicina de emergência e em 2008 iniciou a especialização de três anos em Ortopedia e Traumatologia no IOT-HC FMUSP. Após o término, fez mais um ano de supra-especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo e durante o curso, foi médico colaborador da preceptoria de formação dos residentes de ortopedia.

Em 2011 passou a integrar a equipe de médicos do Hospital Samaritano de São Paulo e há um ano, faz parte da equipe de Ortopedia do Hospital Israelita Albert Einstein.

Com consultório particular nos bairros do Itaim Bibi e Higienópolis, Dr. Gustavo Borgo atende casos relacionados à sua especialização: Ortopedia e Traumatologia, e supra-especialização: Cirurgia de Ombro e Cotovelo.

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