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30/01/2016 - 08:13

Franchising se adapta para manter crescimento de 8,3% em 2015

Número de redes em operação no Brasil supera três mil marcas e faturamento atinge R$139,593 bilhões.

São Paulo— O franchising brasileiro enfrentou a atual realidade econômica do País com resiliência e criatividade. De acordo com a pesquisa do desempenho de 2015 divulgada pela ABF – Associação Brasileira de Franchising, o setor registrou no ano passado um crescimento de 8,3%, atingindo R$ 139,593 bilhões. Entre os destaques revelados pelo balanço do franchising em 2015 está a maior capilaridade das redes, dentro e fora do País. De acordo com a pesquisa, o movimento do franchising para o interior do País se tornou mais intenso, chegando a cidades com menos de 50 mil habitantes.

“Atenta a essa tendência, nos últimos anos, a ABF tem apoiado o mercado, levando informação e capacitando empreendedores por todo o Brasil, tendo a capilaridade como um dos seus pilares estratégicos”, explica a presidente da ABF, Cristina Franco.

O balanço de 2015 também revelou que o crescimento do setor se deu de maneira mais acentuada nas regiões Nordeste e Centro-Oeste em relação aos tradicionais centros de negócios do país. A presença do franchising nos municípios brasileiros atingiu 40% no ano passado, ante a 37% em 2014.

Em 2015, o trabalho em rede demonstrou ser um fator chave para a manutenção do crescimento do setor. As marcas usaram seu poder de negociação e o know-how compartilhado para enfrentar a nova realidade do País. “Essa estrutura permitiu que muitas redes não repassassem integralmente as pressões inflacionárias para o preço final de seus produtos e serviços. Além disso, as franquias, de forma geral, têm ticket médio compatível com o bolso do brasileiro”, afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado, relacionamento e sustentabilidade da ABF.

Segundo Cristina Franco, a Associação tem acompanhado trimestralmente o desempenho e os desafios das franquias com o intuito de oferecer instrumentos para que o setor atravesse esse período da melhor forma possível. “As redes conseguiram manter um bom ritmo durante os três primeiros trimestres do ano passado, porém o desempenho do último trimestre foi inferior às expectativas, o que refletiu no balanço anual”, afirma a presidente.

90 mil novos postos de trabalho — O estudo da ABF indica que o franchising brasileiro atingiu a marca de 1,189 milhão de trabalhadores diretos em 2015. No ano, foram abertos mais de 90 mil postos de trabalho.

Aumenta o número de unidades — De acordo com o levantamento, o número de unidades de franquia em operação no Brasil chegou a 138.343 no ano passado, resultando numa expansão de 10,1% em relação a 2014. O movimento de abertura e fechamento de pontos de venda ao longo do ano resultou em um saldo de 12.702 novas unidades franqueadas.

Novas redes — Os dados apurados pela ABF indicam que existem no País mais de 3 mil marcas em operação, registrando um aumento de 4,5% no número de redes em relação a 2014. Dessas, 95% são de origem nacional. Em 2015, 131 novas marcas de diferentes segmentos iniciaram operações de franchising. Dentre elas estão Casa Bauducco, Cia. dos Livros, Di Pollini, Espaço Laser e Paris Jóias.

Internacionalização — O estudo indica que 28 marcas iniciaram atividade fora do Brasil no ano passado, totalizando 134 redes brasileiras com operações no exterior. A intensificação da participação das redes brasileiras em missões comerciais, feiras e rodadas de negócios internacionais tem contribuído decisivamente para que cada vez mais marcas made in Brazil operem ao redor do mundo. “O recrudescimento da economia brasileira, a desvalorização do real e a recuperação de mercados como dos Estados Unidos intensificaram o movimento de internacionalização de franquias brasileiras. Nesse sentido, as missões internacionais e o esforço de promoção das redes de forma conjunta entre a ABF e a Apex estão ajudando a pavimentar este caminho, que ainda tem muito a ser percorrido”, afirma Tieghi. Alguns exemplos de mar cas que abriram seus horizontes internacionais são Bibi, Melissa, Lilica & Tigor, Liz e Mundo Verde. |

O mercado mais procurado continua a ser os Estados Unidos, com 37 marcas, seguido de Paraguai (25), Portugal (21), Argentina (16) e México (13). Os segmentos de Alimentação (18%), Esporte, Saúde, Beleza e Lazer (17%), Acessórios Pessoais e Calçados (15%), Educação e Treinamento (12%) e Negócios, Serviços e Outros Varejos (11%) são os mais internacionalizados.

Evolução do faturamento por segmento — De acordo com a pesquisa, Acessórios Pessoais e Calçados apresentou a maior variação de receita, crescendo 12,0% na comparação com 2014. O segmento foi beneficiado, entre outros fatores, pelo profissionalismo na entrega de produtos e serviços, variação cambial e ticket médio baseado no tripé qualidade, design e preço. Marcas como Óticas Carol, Óticas Diniz, Chilli Beans, Carmen Steffens e Havaianas são exemplos dessa expansão.

Registrando um crescimento de 10,2%, Negócios, Serviços e Outros Varejos ficou na segunda posição. Os destaques deste segmento são AM PM Mini Market, BR Mania, Correios, Dia% e Seguralta – Bolsa de Seguros.

Hotelaria e Turismo alcançou o terceiro lugar, com faturamento 9,0% maior. As marcas que representam o segmento são CVC Brasil, TAM Viagens, Accor Hospitality, Flytour Franchising e CI.

A receita do segmento Alimentação cresceu 8,9%, colocando-o em quarto lugar. As promoções e a frequente adequação do cardápio à nova realidade do consumidor garantiram esse crescimento. Entre as redes, destacam-se Subway, Cacau Show, McDonald’s, Bob’s e Nosso Bar.

O segmento de Serviços Automotivos ficou com a quinta posição, registrando um faturamento 8,8% maior no período, beneficiado pelo crescimento da demanda de serviços como mecânica e manutenção de veículos. As marcas representantes do segmento são Jet Oil, Lubrax Mais, Localiza Rent a Car, Multipark e Acquazero.

Projeções para 2016 — Tendo como referência as pesquisas trimestrais de desempenho realizadas pela ABF e os indicadores econômicos, a Associação projeta para o setor um crescimento de 6% a 8% em faturamento; de 8% a 10% em número de unidades e de 4% a 6% em número de marcas.

Metodologia — A pesquisa da ABF foi realizada com redes associadas e não associadas, que juntas representam 47% do faturamento do setor. Os números do desempenho do setor são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias — tais como Apex-Brasil, CNC e Abrasce — órgãos de governo como o IBGE, e instituições parceiras, caso do Sebrae. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF servem ainda de referência para governos, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council e FIAF – Federação Ibero-americana de Franquias.

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) é uma entidade sem fins lucrativos, criada há 29 anos para divulgar, defender e promover o desenvolvimento sustentável, técnico e institucional do modelo de negócio denominado como Franchising/Franquia. Sendo assim, a instituição reúne todas as partes envolvidas na franquia - franqueadores, franqueados, consultores e prestadores de serviços – para garantir e disseminar as melhores práticas da indústria do franchising no Brasil.

Entre as funções desempenhadas pela entidade estão orientar o investidor como pesquisar corretamente uma franquia, indicar leituras especializadas e fornecer dados sobre as empresas franqueadoras no Brasil e no exterior. Para as empresas interessadas em expandir seus negócios por meio do sistema de franquia, a ABF indicada quais ações são necessárias para formatar o negócio, assim como relaciona profissionais de consultoria em franchising para auxiliarem o processo. [www.abf.com.br e www.portaldofranchising.com.br].

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