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30/01/2016 - 08:37

Interior do estado investe na produção de café

Programa auxilia agricultores na compra de tecnologias para fortalecer o setor.

Tradicional produtor de café, o Noroeste do Estado do Rio tem recebido investimentos em tecnologias e ações de apoio à agricultura familiar por meio do programa Rio Rural, da Secretaria de Agricultura e Pecuária. Produtores de cidades como Varre-Sai, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana se destacam na cultura cafeeira fluminense e inovam na produção.

Nos últimos dois anos, o Governo do Rio investiu quase R$ 3 milhões em subprojetos para fortalecer a cadeia produtiva, influenciando na qualidade do produto com o uso de equipamentos para seleção, processamento, beneficiamento, secagem e armazenamento dos grãos. Com o auxílio do programa estadual, a saca também foi valorizada, aumentando de R$ 250 e para R$ 400.

-— Vemos resultados positivos em produtividade, qualidade e preço. Além disso, os agricultores tiveram redução de custos e também de mão de obra. Isso sem falar nos ganhos ambientais e no estímulo à organização social por meio dos projetos em grupos — disse José Antônio Zampier, supervisor-regional da Emater-Rio no Noroeste.

Alguns agricultores estão investindo em safras selecionadas, gerando o café gourmet, que tem um número cada vez maior de apreciadores no Brasil. Há 9 anos, a produtora Ana Regina Rocha e o marido, Suhail Majzoub, de Porciúncula, passaram a empacotar o café 100% arábica – espécie natural da Etiópia – com marca própria para cafeterias da capital. Eles produzem 12 toneladas por ano. Por meio do Rio Rural, o casal conseguiu comprar uma estufa, que vai secar os grãos em até dois dias, e garantir a preservação das nascentes.

—A gente mora longe dos grandes centros. Para ter um café de boa qualidade, precisamos de equipamento. Era preciso parar de colher para secar o café. Agora, a velocidade de produção vai ser maior — disse Ana Regina.

Outro exemplo é o produtor Fábio Alves, também em Porciúncula. Há cinco anos, o agricultor cultiva café sem agrotóxicos e agora tenta obter a certificação ambiental. Com a ajuda do Estado, Fábio adotou novas práticas agroecológicas, como adubação orgânica e adubação verde, que aumentam a saúde do solo.

— A sustentabilidade é a minha alforria de um sistema que nos faz dependentes de insumos a preços que não estão sob nosso controle. Diminuí pela metade meus custos — contou o produtor.

No fim do ano passado, a cidade de Varre-Sai foi sede do Prêmio Qualidade do Café, organizado pelo Sebrae/RJ. Vinte e cinco agricultores participaram do concurso. Vinte deles são beneficiários de incentivos do Rio Rural para adoção de boas práticas produtivas.

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