Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

02/02/2016 - 06:19

Micropigmentação fio a fio: preenchimento na sobrancelha virou febre, mas requer cuidados

Dermatologista Dra. Claudia Marçal explica que pacientes portadores de doenças como diabetes, ou com anemia, devem consultar um dermatologista para fazer um acompanhamento antes, durante e após o procedimento. Cuidados também valem para pacientes com tendência a queloides e a cicatriz hipertrófica[Micropigmentação].

São Paulo— As falhas na sobrancelha são difíceis de lidar. É por isso que cresce a procura pela micropigmentação fio a fio, um procedimento que tem tido bastante aceitação até mesmo entre algumas celebridades. "Hoje em dia, temos muitos pacientes que optam pelo preenchimento fio a fio, por terem abusado do uso das pinças, da depilação com linha, ou mesmo por quadros em que desenvolveram algumas doenças como a alopécia (perda dos fios); pacientes com hipotireoidismo que também padecem do mesmo mal ou em pós-tratamentos quimioterápicos, e pelo próprio envelhecimento natural da estrutura, já que nós temos uma miniaturização dos fios da sobrancelha e uma diminuição da sua densidade e crescimento, também procuram a técnica", explica a dermatologista Dra Claudia Marçal, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Mas a especialista alerta: "Pessoas portadoras de doenças como diabetes, pacientes que têm tendência a queloides, a cicatriz hipertrófica, ou mesmo pessoas que estão passando por alteração hormonal ou anemia devem antes consultar um especialista para que seja feita a correção ou o acompanhamento durante e pós o procedimento".

A técnica — "É um procedimento que realmente redesenha a sobrancelha e promove um resultado estético muito interessante para o rosto", afirma. No preenchimento fio a fio se utiliza um aparelho semelhante a uma caneta. "Ele é um dermógrafo e com ele é injetado, a nível epidermal (na primeira camada da pele), pigmentos que duram de seis meses a um ano — como se fosse uma tatuagem com uma característica transitória", explica. Mas atenção: "Os pigmentos devem ser de boa qualidade, a pessoa que executa deve ter uma técnica apurada; existe uma micropigmentação que pode ser realizada em toda a sobrancelha ou só na região medial ou só na região caudal. Ou seja, para que haja uma harmonização ou muitas vezes um redesenho da sobrancelha que em alguns casos não é simétrica".

3D — "E, além disso, existe hoje a possibilidade de fazer essa micropigmentação em 3D, o que significa trabalhar com tons diferentes entre as áreas onde há fios já presentes, fazendo a presença de uma cor um pouco mais clara para dar um pouco mais de preenchimento e em dois ou três tons para dar sombreamento, profundidade e harmonia", destaca.

Cuidados pós-procedimento - "É um procedimento que, quando bem feito, não traz nenhum malefício dermatológico, quando a pessoa especialista que faz a aplicação for pessoa referendada. Logo após o procedimento nós indicamos o uso do ácido pantotênico, a Vitamina B5, para ser usado duas vezes ao dia para evitar a formação das casquinhas, ou seja, a formação de crostas, que podem retirar o pigmento."

Erros: "Para complementar: o dermógrafo ou a "caneta" utilizada para o procedimento é composto de microagulhas que vão introduzindo o pigmento na epiderme. Todas as colorações, que muitas vezes a gente vê, como as colorações acinzentadas, o preto que vai para o azulado, o preto que vai para o avermelhado, são erros de técnica por mau uso da pigmentação", explica.

Pigmento que não pega — "E quando o pigmento não ‘pega’ é porque, com certeza, existe um processo de má nutrição da região, da pele local, ou seja, não existe uma microcirculação adequada com oxigenação e trazendo os micronutrientes suficientes à boa nutrição e cicatrização da área. No caso de dúvidas: se o paciente realmente tem um problema de cicatrização, ou ele tem uma doença pré-existente de base, ou está passando por alguma alteração hormonal importante, está em uso de alguma substância quimioterápica, ou tem uma doença autoimune, ele deve primeiro buscar a orientação do dermatologista para realizar o procedimento", finaliza.

Dra. Claudia Marçal: Dermatologista da Clínica de Dermatologia Espaço Cariz, com especialização pela Associação Médica Brasileira (AMB), membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da American Academy of Dermatology (AAD), CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira