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23/02/2008 - 13:45

Os fanfarrões do poder


Todo gasto realizado por colaboradores na iniciativa privada deve ser comprovado e justificado. A prestação de contas, principalmente quando existem saques nos cartões coorporativos, precisam de comprovações. Caso contrário, o responsável tem que arcar com o desembolso. Dessa forma, facilita o controle das despesas e o equilíbrio das contas. O que parece ser óbvio nas empresas privadas, no entanto, não é o que acontece na administração pública.

Hoje, são mais de seis mil servidores do Executivo utilizando esses cartões, o que deve levar a um desperdício do dinheiro público. Todos os servidores, sem exceção, têm que prestar contas de seus gastos, e os exageros devem ser restituídos aos cofres públicos. Os faltosos, sumariamente demitidos. É assim que acontece na iniciativa privada. Por que não adotar essa prática no governo também?

Quem sabe extinguir esses cartões e adotar o critério de reembolso das despesas, como ocorre nas empresas, minimize o escoamento indevido de verbas públicas. Os cartões criam facilidades que resultam em descontrole de gastos.

E o maior problema disso tudo é que quem paga essas contas é o contribuinte, que passa quase metade do ano trabalhando para arcar as despesas do governo. Nada mais justo que ele saiba como os recursos públicos estão sendo aplicados.

A farra dos cartões está aí há anos e ninguém se mexeu, até que a imprensa começou a publicar os dados estarrecedores da orgia. Foram os profissionais de comunicação que exerceram o papel institucional da sociedade, sempre atentos aos acontecimentos. Mas as instituições do estado estão ainda longe de cumprir o seu papel.

Depois da notícia, abre-se uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista sobre os abusos dos gastos com cartões corporativos. A proposta de investigar os gastos a partir de 2001, quando foi criado, é pertinente, pois haverá maior propaganda desse meio de pagamento para outras instâncias do governo e desvendará dezenas de colaboradores do governo.

Espera-se que as investigações sejam concluídas e sem sabotagens, apurando a fundo os gastos supérfluos de diferentes funcionários públicos com seus cartões coorporativos.

. Por: Fabio de Caqrvalho, presidente do Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal.

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