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17/02/2016 - 07:58

GaleRio exibe exposição sobre mobilidade urbana

A Prefeitura do Rio inaugura no dia 17 de fevereiro (quarta-feira), a exposição ‘Trajetórias — reflexões sobre o ir e vir' no Espaço GaleRio, em Botafogo. A mostra reúne o trabalho de quatro grafiteiros e convida o público ao debate sobre a importância da mobilidade urbana. Na área externa da galeria, a grandiosidade de um painel de 30 metros quadrados chama atenção dos visitantes, fazendo alusão ao direito de expressão da arte que revitaliza lugares da cidade antes sem expressão ou deteriorados. A obra é uma parceria dos expositores com os três artistas agredidos na Saara, em janeiro, ao serem confundidos com vândalos. A iniciativa do Instituto EixoRio — núcleo de articulação urbana da prefeitura e responsável pelo GaleRio — está aberta ao público de segunda a sexta, das 10h às 18h, até 18 de março.

— Refletir sobre o avanço da mobilidade urbana ajuda a entender melhor o processo de transformação porque passa o Rio de Janeiro. Nunca houve, como agora, tanta inovação viária, tão importante para o crescimento da cidade — destaca Cristine Nicolay, coordenadora executiva do Instituto EixoRio e responsável pelo Espaço GaleRio.

No salão principal, três telas mostram bicicletas estilizadas e multicoloridas em referência a um dos principais meios de transporte que não polui e favorece a saúde de quem utiliza. Adepto do cicloativismo, Smael Vagner já expôs em vários países, entre eles a França, onde vendeu 22 das 25 telas sobre 'bikes'. As três restantes estão na exposição. Na parte externa, o fusquinha grafitado garante um novo visual ao automóvel que brilhou entre as décadas de 60 e 80.

— Recomendo a quem chega ao Rio a conhecer a cidade andando de bicicleta, não só por ser o lugar com a maior malha cicloviária da América Latina, mas pelo fato de ser prazeroso acompanhar a silhueta do litoral. Pedalar sem compromisso ajuda a descobrir coisas e locais que de ônibus e de carro não é possível.

Outro ciclista convicto, Téo Senna pintou a própria bicicleta, exposta à frente de duas grandes telas em plataforma de alumínio que fazem alusão a vagões de trem. O transporte de massa aliado ao individual permite ao espectador entender a importância de cada tipo de veículo. Em ambas as obras, Téo utilizou o spray e, nos quadros, as técnicas de raspagem e inserção de ácido.

Ao lado da bicileta de Téo, Tito Senna utiliza fitas adesivas coloridas (tapeart) e spray para mostrar as transições viárias das grandes metrópoles. Um emaranhado de cruzamentos e interseções, formando uma rede sem fim, faz o observador ser o personagem da própria trama.

— O carioca está diante de uma série de obras que vão transformar a cidade, como as novas linhas de metrô, BRT, VLT e ciclofaixas. E o grafite acompanha essa evolução por ter uma ligação muito forte com a história da cidade, com viadutos e muros grafitados da Zona Norte a Sul.

No extremo do salão, Rodrigo Grau embarcou na trajetória de personagens comuns dos trens e ônibus, o vendedor de doces e balas (as cores utilizadas se referem aos times do Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense), para mostrar como a mobilidade interfere no dia a dia das pessoas. A sequência mostra a estação Pavão-Pavãozinho em homenagem ao artivista Acme, morador da comunidade e referência para os grafiteiros cariocas. Até a própria trajetória de vida de Grau está exposta, mostrando as barreiras que superou até chegar a ser um artista reconhecido.

O Espaço GaleRio está instalado no casarão 117 da Rua São Clemente, em Botafogo, onde salas exclusivas para grafiteiros, artistas de rua e empreendedores sociais permitem que sejam traçadas as estratégias de expansão da arte desenvolvida nas ruas da cidade. Uma das ideias é oferecer cursos e oficinas para estimular o aprendizado e a troca de experiências. O casarão tem 350 metros quadrados e quatro andares.

O GaleRio não só apoia os artistas urbanos como trabalha para que a sociedade entenda que a arte urbana faz parte da cultura do Rio. O GaleRio teve início na Zona Norte, com a ocupação de 6 mil metros quadros de muros da Linha 2 do metrô, incluindo as estações Triagem, Del Castilho, Inhaúma, Coelho Neto, Colégio e Vicente de Carvalho.

Na Zona Sul, estampou personagens da praia na base dos postos 7 ao 13 na orla, do Arpoador a São Conrado. Numa outra ação, os versos do maestro Tom Jobim na letra da música "Copacabana" foram retratados por 25 artistas que revitalizaram os 1,5 mil metros quadrados de muros nas saídas do Túnel Velho, que liga Copacabana a Botafogo.

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