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25/02/2016 - 06:49

Campanha quer acabar com o estigma do câncer de pulmão

Eaproximar o fumante da prevenção e do diagnóstico precoce. “Vale a Pena Viver Mais” é uma iniciativa do Instituto Oncoguia e da AmigoH, e visa a informar a população sobre como lutar contra o tipo de câncer que mais mata no mundo.

Quando o assunto é câncer de pulmão, a primeira coisa que se pensa é no cigarro. É fato que em quase 90% dos casos, o tabagismo é o grande fator colaborativo para o desenvolvimento de um tumor. O que acaba criando um grande estigma, um ciclo vicioso em que a culpa de fumar se sobrepõe aos cuidados essenciais para que um paciente possa descobrir precocemente o câncer de pulmão, considerado um dos mais agressivos.

As estatísticas confirmam esse cenário: a cada ano aumenta em 2% a incidência mundial. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os dados mais recentes apontam cerca de 22,5 mil mortes por ano no país decorrentes desta doença. Para 2016, estima-se 28 mil novos casos da doença, sendo que pouco mais de 60% será no sexo masculino.

Para tentar mudar esse contexto, as entidades Instituto Oncoguia e AmigoH criaram a campanha “Vale a Pena Viver Mais”, que visa a plantar uma semente na mudança comportamental não só do fumante, mas de toda sociedade, abolindo o estigma do tabagista em prol de uma atitude mais cuidadosa, que viabilize um diagnóstico cada vez mais precoce, com maior taxa de sucesso. “Queremos trazer para a conversa quem precisa de apoio para parar de fumar. Não vamos reforçar os malefícios do cigarro, mas valorizar os benefícios de largar o vício”, explica o médico Ricardo Sales dos Santos, cirurgião torácico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Por meio do site da campanha [www.valeapenavivermais.org.br], o internauta tem acesso à informação sobre todos os aspectos relacionados ao câncer de pulmão, com ênfase especial em dicas multidisciplinares para quem quer parar de fumar. A campanha aborda também os cuidados necessários que devem ser adotados para pessoas que fumaram, por exemplo, um maço de cigarro por dia por mais de três décadas. Um estudo conduzido por Santos em cerca de 800 pessoas com esse perfil identificou o câncer de pulmão em 1,4% dos pacientes. “Pode parecer pouco, mas a mamografia, por exemplo, detecta o tumor de mama em 0,4% dos casos. A triagem desse público em particular identifica três vezes mais casos”, diz o médico. Nessa população, o atendimento especializado, somado a realização de exames, aumenta muito o diagnóstico precoce.

Campanha — O site da campanha também é interativo e dá espaço para o internauta mandar seu próprio depoimento, compartilhar vídeos e mensagens de incentivo. O próprio site traz histórias de pessoas que já se depararam com o câncer de pulmão por diferentes caminhos: na mãe, na esposa, no ex-fumante ou até do próprio paciente, em alguns casos em estágios iniciais e, em outros, em fase avançada.

O apoio ao fumante por meio de ferramentas educativas é a base da campanha. Uma vez que em 10% dos casos de câncer de pulmão não acomete fumantes, a campanha também explica outros fatores de risco da doença, como o histórico familiar e o tabagismo passivo.

Segundo Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, essa campanha tem por objetivo aproximar o fumante das informações, discutir a doença além do tabagismo, focando na importância de se informar sobre o diagnóstico precoce deste que é o câncer que mais mata no mundo. “Queremos conversar com toda a sociedade, fumantes e não fumantes, pois temos como evitar que essa doença se torne tão agressiva, por meio dos cuidados que minimizam o risco e pelo diagnóstico precoce. A população brasileira precisa desse conhecimento”, explica Luciana.

Para a AMIGOH, o maior benefício da campanha é levar informação de qualidade à população. "A ideia é oferecer às pessoas uma das melhores armas de combate ao câncer, que é a informação de qualidade. É preciso conhecer os recursos que temos à disposição para evitar novos casos ou fazer a detecção precoce da doença.”, afirma Ida Sztamfater, presidente da organização.

Ter uma vida mais saudável, uma atitude mais proativa contra o câncer de pulmão está ao alcance de todos. E os benefícios são indiscutíveis. Além de melhorar a qualidade de vida como um todo, a prevenção do câncer de pulmão também reflete em uma redução de risco de outros tipos de tumores, bem como males do coração. “Essa campanha foi criada para isso. Para mostrar que Vale a Pena Viver Mais, e isso está ao alcance de todos, fumantes ou não”, conclui Luciana.

O Instituto Oncoguia é uma associação civil sem fins lucrativos, com título de OSCIP, fundada em novembro de 2009, que tem como missão ajudar o paciente com câncer a viver melhor por meio de ações de educação, conscientização, apoio e defesa dos direitos dos pacientes.

A AmigoH, criada em novembro de 2011, é um braço da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein que reúne pessoas sensibilizadas pelo câncer e doenças hematológicas. A AmigoH tem como missão apoiar e viabilizar projetos de prevenção, assistência, ensino e pesquisa nas áreas de oncologia e hematologia que beneficiem toda comunidade brasileira.

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