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26/02/2016 - 06:29

Vale tem redução de US$ 12,786 bilhões no lucro líquido em 2015


Já o prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15, ante um prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15.

A Vale alcançou recordes anuais de produção, como oferta anual de minério de ferro, produção de Carajás, produção de níquel e produção de cobre. E obteve um sólido desempenho operacional, alcançando diversos recordes anuais de produção em 2015, tais como: (a) oferta anual de minério de ferro de 345,9 Mt; (b) produção de Carajás de 129,6 Mt; (c) produção de níquel de 291.000 t; (d) produção de cobre de 423.800 t.

Em conferência com jornalistas na tarde do dia 25 de fevereiro (quinta-feira), mostrou que a receita bruta totalizou US$ 26,047 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 12,189 bilhões em comparação com 2014, em função de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões), níquel (US$ 1,394 bilhões) e outros. A redução na receita em função da queda nos preços foi parcialmente mitigada por maiores volumes de venda (US$ 2,060 bilhões).

A receita bruta trimestral totalizou US$ 5,986 bilhões no 4T15, uma redução de US$ 632 milhões em relação ao 3T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 739 milhões), níquel (US$ 112 milhões) e outros, parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões).

Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 18,846 bilhões em 2015, reduzindo em US$ 5,908 bilhões em relação a 2014. Ocorreram as seguintes reduções no ano de 2015 em comparação ao de 2014: (a) de custos em US$ 4,223 bilhões (20%); (b) de SG&A1 e outras despesas em US$ 1,260 bilhão (65%); (c) de P&D2 em US$ 257 milhões (35%); (d) de despesas pré-operacionais e de parada em US$ 168 milhões (19%).

Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, somaram US$ 4,595 bilhões no 4T15, praticamente em linha com os US$ 4,649 bilhões registrados no 3T15. Os custos foram elevados em US$ 65 milhões (2%), principalmente devido ao aumento de volumes de vendas dos segmentos de negócios de Ferrosos e Metais Básicos. SG&A e outras despesas reduziram-se em US$ 105 milhões (63%), principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos3 (ARO) registrados no 4T15. P&D reduziu-se em US$ 2 milhões (2%) e as despesas pré-operacionais e de parada foram reduzidas em US$ 12 milhões (7%) no 4T15 em comparação 3T15.

O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica para os finos de minério de ferro exroyalties alcançou o marco mais baixo da indústria de minério de ferro: US$ 11,9/t no 4T15 contra US$ 12,7/t no 3T15. A redução do custo caixa C1 foi alavancada principalmente pela depreciação do Real (BRL) e pelas iniciativas de redução de custos em curso.

O Ebitda ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% inferior ao de 2014, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o Ebitda negativamente em US$ 14,005 bilhões. Os maiores volumes de vendas e menores custos e despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no Ebitda em US$ 1,237 bilhão e US$ 6,746 bilhões, respectivamente. A margem Ebitda ajustada foi de 27,7% em 2015.

O Ebitda ajustado trimestral foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 26% inferior ao do 3T15, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o Ebitda negativamente em US$ 943 milhões. Maiores volumes de vendas e menores custos e despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no Ebitda em US$ 57 milhões e US$ 334 milhões, respectivamente. A margem Ebitda ajustada foi de 23,6% no 4T15. O Ebitda ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28 milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31 milhões).

Investimentos — Os investimentos totalizaram US$ 2,193 bilhões no 4T15 e US$ 8,401 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 3,578 bilhões em comparação com 2014. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,366 bilhão e US$ 5,548 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes somaram US$ 827 milhões e US$ 2,853 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente. Os investimentos totais no ano excederam a última previsão em US$ 200 milhões, em função da execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada.

A venda de ativos totalizou US$ 3,525 bilhões em 2015: US$ 1,316 bilhão proveniente da venda de doze navios VLOCs (very large ore carriers) para armadores chineses; US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR; US$ 900 milhões de mais uma transação de goldstream; e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. No 4T15, a Vale vendeu quatro navios VLOCs com capacidade de 400.000 t para o ICBC Financial Leasing em uma transação de US$ 423 milhões.

O prejuízo líquido foi de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido de US$ 657 milhões em 2014. A redução de US$ 12,786 bilhões no lucro líquido deveu-se principalmente a efeito líquido em custos após ajustes para maiores volumes . Aos maiores impairments registrados em 2015 e ao efeito negativo nos resultados financeiros da depreciação ponta a ponta de 47% do real (BRL) contra o dólar norte-americano (USD) em 2015. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,689 bilhão em 2015, contra um lucro básico recorrente de US$ 4,419 bilhões em 2014.

Os impairments de ativos e de investimentos e o reconhecimento de contratos onerosos totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments de US$ 8,189 bilhões em relação a 2014 deveu-se principalmente à redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os testes de impairment.

O prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15 comparado a um prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. A redução de US$ 6,452 bilhões deveu-se principalmente aos impairments, os quais foram parcialmente mitigados pelo efeito nos resultados financeiros de variação cambial. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,032 bilhão no 4T15, contra um prejuízo básico recorrente de US$ 961 milhões no 3T15.

A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, registrando um pequeno aumento em comparação aos US$ 28,675 bilhões de 30 de setembro de 2015, porém mantendo-se em linha com os US$ 28,807 bilhões de 31 de dezembro de 2014. Após o pagamento de dividendos no valor de US$ 1,5 bilhão em 2015, a dívida líquida totalizou US$ 25,234 bilhões contra US$ 24,685 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e US$ 24,213 bilhões em 30 de setembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2015 totalizou US$ 3,619 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,1 anos com um custo médio de 4,47% por ano.

O Ebitda do segmento de Minerais Ferrosos decresceu em 15% no 4T15 devido aos menores preços realizados, apesar dos maiores volumes e reduções em custos e despesas .

O Ebitda ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015, 47,9% abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores preços de vendas (-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por aumento real de competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas comerciais e de marketing (US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 1,599 bilhão); (c) favoráveis renegociações de contratos de afretamento (US$ 300 milhões); (d) iniciativas em andamento de corte de custos (US$ 898 milhões).

O Ebitda ajustado de Minerais Ferrosos no 4T15 foi de US$ 1,409 bilhão, ficando US$ 243 milhões abaixo do US$ 1,652 bilhão alcançado no 3T15, principalmente como resultado dos menores preços realizados de venda (US$ 782 milhões), que 5 Em coligadas e joint ventures. 6 foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 62 milhões), menores despesas6 (US$ 245 milhões) e menores custos7 (US$ 188 milhões).

O Ebitda ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale, uma vez que toda exposição remanescente de bunker oil registrada neste programa foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting da Vale para os finos de minério de ferro teve um impacto negativo de US$ 134 milhões no 4T15 e de US$ 412 milhões em 2015.

O fluxo de caixa conforme mensurado pelo EBITDA ajustado8 menos investimentos em projetos de capital e manutenção, foi de US$ 363 milhões no 4T15.

O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (exROM) reduziu-se em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t no 4T15, enquanto o preço CFR/FOB em base úmida (wmt) de finos de minério de ferro (ex-ROM) foi reduzido em US$ 9,3/t, passando de US$ 46,5/t no 3T15 para US$ 37,2/t no 4T15, após o ajuste de umidade e o efeito do menor preço das vendas FOB em 32% do total do volume de vendas.

A qualidade do produto medida pelo conteúdo de Fe melhorou de 63,5% no 3T15 para 63,7% no 4T15, principalmente devido aos ramp-ups das minas de N4WS e N5S e dos projetos Itabiritos.

O custo unitário do frete de minério de ferro, excluindo o impacto do hedge accounting, foi de US$ 14,1/t no 4T15, ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t registrados no 3T15.

Os custos caixa e despesas unitários de finos de minério de ferro entregues na China (ajustados pela qualidade e umidade e após excluir o efeito positivo não recorrente de ajustes de ARO) diminuíram de US$ 34,2/t no 3T15 para US$ 32,0/t no 4T15 em base seca.

Os investimentos correntes de finos de minério de ferro foram de US$ 178 milhões (US$ 2,3/ wmt) no 4T15, ficando US$ 0,8/ wmt abaixo do 3T15.

S11D alcançou 80% de avanço físico na mina e usina, 57% na ferrovia e porto, e 81% no ramal ferroviário.

O Ebitda do segmento Metais Básicos diminuiu como resultado dos menores preços de níquel e cobre

As receitas de venda alcançaram US$ 1,458 bilhão no 4T15, ficando US$ 103 milhões acima do 3T15, devido a maiores volumes que foram parcialmente compensados por menores preços da LME de níquel e cobre.

Os preços realizados foram impactados negativamente em US$ 60 milhões por ajustes de preço provisório de cobre.

O Ebitda ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, ficando US$ 82 milhões abaixo do 3T15, principalmente como resultado: (a) de menores preços (US$ 158 milhões), incluindo o efeito negativo mencionado acima de ajustes de preço provisório de cobre; (b) do efeito negativo da baixa de estoques de materiais no 4T15 (US$ 31 milhões).

O Ebitda ajustado foi impactado pelo Ebitda negativo de VNC de -US$ 107 milhões no 4T15.

O Ebitda de Salobo ficou em linha com o 3T15 em US$ 75 milhões, a despeito de menores preços de cobre como resultado do recorde de produção de 42.000 t no 4T15.

Salobo deve atingir a sua capacidade nominal de produção no 2S16, à medida que a chuva diminua e que as frentes de lavra da mina com maior teor sejam acessadas.

O Ebitda do segmento de Carvão diminuiu como resultado de efeitos não-recorrentes em custos e menores preços. O Ebitda ajustado de carvão foi de -US$ 149 milhões no 4T15 contra -US$ 129 milhões no 3T15, principalmente como resultado de menores preços e maiores custos na Austrália.

Os custos em Moçambique no 4T15 ficaram em linha com o 3T15, após o ajuste de efeitos para maiores volumes, enquanto os custos na Austrália aumentaram no 4T15 devido à baixa de custos no desenvolvimento de mina.

Moatize II alcançou 99% de avanço físico com investimentos de US$ 196 milhões, enquanto o Corredor Logístico Nacala alcançou 97% de avanço físico com investimentos de US$ 259 milhões no 4T15. O Ebitda do segmento de Fertilizantes apresentou melhoras em 2015 devido, principalmente, a menores custos e despesas . O Ebitda ajustado de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015 quando comparado aos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões deveu-se, principalmente ao efeito positivo de variações no câmbio e às iniciativas comerciais e de corte de custos.

O Ebitda ajustado de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 contra os US$ 197 milhões registrados no 3T15, principalmente devido aos menores volumes de vendas (US$ 86 milhões) como resultado da sazonalidade do mercado.

—Em 2015, conseguimos com sucesso reduzir custos e despesas, progredimos com a implementação dos nossos projetos de capital essenciais e avançamos com o nosso plano de desinvestimentos mantendo nossa posição de dívida bruta estável—destaca a Vale.

—Apesar de todos os esforços, nossas realizações foram ofuscadas pela ruptura da barragem de rejeitos da Samarco no início de novembro de 2015. Temos trabalhado diligentemente com a Samarco desde o início e continuaremos totalmente comprometidos com o suporte às regiões e comunidades afetadas, bem como com a sua recuperação socioambiental—continua.

—Reconhecemos os desafios adicionais trazidos pelo declínio dos preços das commodities e seu impacto direto na nossa geração de fluxo de caixa. No entanto, estamos confiantes na nossa habilidade de ultrapassar esses tempos mais difíceis com base em nossa disciplina operacional e na coragem para executar as ações estratégicas que se fizerem necessárias — conclui a mineradora.

O S11D é o maior projeto da história da mineradora, com investimentos de mais de US$ 14 bilhões, que deve entrar em operação no segundo semestre deste ano. ??

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