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05/03/2016 - 05:52

APAS: juros altos travam a economia

Taxa de juros não se altera e economia continua em queda.

A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil em manter a taxa SELIC em 14,25% ao ano compromete o desempenho da atividade econômica em 2016. Para a Associação Paulista de Supermercados (APAS), a manutenção dos juros já era esperada e a grande surpresa seria se essa taxa fosse alterada. “O governo não tem muitas alternativas e fica evidente que a decisão sinaliza que ele está inerte ao cenário econômico atual e, pior, não consegue articular uma política econômica que tire o país desta queda acentuada da atividade econômica”, afirma o gerente de Economia e Pesquisa da Associação, Rodrigo Mariano.

Segundo ele, o Banco Central do Brasil, em certa medida, tem se beneficiado pela má condução da política econômica dos últimos anos. “O quadro recessivo necessário para a redução da inflação virá do remédio amargo, que é a queda da atividade econômica brasileira, que se reflete em um cenário de redução de emprego e renda e, consequentemente, dos preços”.

Ainda segundo Rodrigo, o Banco Central está em um impasse e não sabe como conduzir a política monetária. “Se os juros subissem haveria a justificativa de que a inflação em 12 meses não cede, mesmo diante de diversas altas dos juros. Se reduzissem, a justificativa poderia ser que o cenário econômico tem redução da atividade econômica acima do esperado. Já a manutenção dos juros indica uma preocupação em não errar na condução da política monetária neste momento, o que gera uma falta de ação momentânea por parte da política monetária”.

Para 2016, a expectativa é de ligeira redução da taxa básica de juros a partir do segundo semestre, encerrando o ano em uma taxa de 13,5% ao ano, o que ainda é elevado, diante da necessidade de impulsionar a atividade econômica em busca da retomada do crescimento.

Vale ressaltar que o impacto da elevação da taxa possui em efeito que se propaga na economia e que, de maneira defasada, atinge a economia em até 6 meses. “Estamos falando de um impacto da manutenção dos juros em patamares elevados que afetará a economia ao longo dos próximos meses”.

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