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26/02/2008 - 10:30

Marcopolo atinge lucro líquido de R$ 132,3 milhões em 2007, crescimento de 9,5% em relação a 2006

Caxias do Sul, Brasil - A Marcopolo S.A. (Bovespa: POMO4; POMO3) é uma das principais empresas mundiais dedicadas ao desenvolvimento de soluções para o transporte coletivo de passageiros. Com 58 anos de atividades, aplica o que existe de mais moderno em seus produtos, e assim consolida sua imagem de liderança e pioneirismo no mercado nacional e internacional.

Em 2007 destaca-se a receita líquida consolidada alcançou R$ 2.129,2 milhões, ou 21,6% acima dos R$ 1.750,3 milhão do exercício de 2006. As vendas para o mercado interno geraram receitas de R$ 1.231,2 milhão, ou 32,5% acima dos R$ 929,5 milhões do exercício anterior, representando 57,8% da receita líquida total (versus 53,1% em 2006). As exportações e negócios no exterior atingiram R$ 898,0 milhões, versus R$ 820,8 milhões no exercício anterior, um aumento de 9,4% sobre 2006. A apreciação da moeda brasileira ao longo do exercício continuou penalizando o desempenho da Companhia em diversos aspectos: prejudicou o volume físico exportado, o valor nominal das receitas, as margens e o desempenho geral, que de outra forma poderia ter sido superior.

EBTDA LAJIDA (ajustado) de 2007 foi de R$ 229,1 milhões, contra R$ 206,3 milhões no exercício anterior, ou 10,8% e 11,8% da receita líquida, respectivamente. Os números foram ajustados segundo o entendimento da Companhia para contornar as deficiências da metodologia tradicional, que não reflete adequadamente os resultados das atividades operacionais em economias com alta volatilidade do câmbio e, principalmente, em empresas com significativa parcela das receitas oriundas de exportações e negócios no exterior.

O lucro líquido de 2007 foi de R$ 132,3 milhões, um crescimento de 9,5% sobre os R$ 120,8 milhões contabilizados em 2006. O resultado significa um retorno de 15,6% sobre o capital médio do exercício versus 21,2% registrados no exercício de 2006.

O Orçamento Anual Consolidado - 2008 contempla uma receita líquida de R$ 2,3 bilhões e uma produção de 20.000 carrocerias, crescimento de aproximadamente 8,0% na receita e 12,3% no volume. Os investimentos em ativos imobilizados demandarão recursos da ordem de R$ 95,0 milhões. As previsões serão revistas ao longo do exercício, se e quando as condições indicarem a conveniência de fazê-lo.

Ao revisar os planos de negócios com o exterior – exportações e produção pelas controladas –, a Administração levou em conta que o exercício de 2008 iniciou com algumas turbulências, inquietações, especulações e muita cautela. A incerteza da economia americana resultante dos créditos sub-prime – além de outros problemas latentes como o dos cartões de crédito e das seguradoras de crédito – mantém a economia mundial em estado de alerta. Há um consenso entre os especialistas, assegurando que a recessão nos Estados Unidos é inevitável. De outro lado, importantes países, como Índia e China, vêm desenvolvendo seus= mercados internos, aumentando a base de consumo e renda, os quais, provavelmente, manterão a trajetória de forte crescimento, estimulando a dinâmica da economia mundial. No atual cenário, a Administração entende que a América Latina sofrerá relativamente menos, em especial o Brasil, que nunca esteve tão preparado para enfrentar uma situação dessas. Vislumbra-se um quadro razoável para os preços de commodities, principalmente para as alimentícias e minérios, total para os mesmos. Relativamente às unidades no exterior, a Administração admite que a apreciação cambial pode ser um fenômeno de mais longa duração, com implicações no desempenho das mesmas e nos negócios da controladora.

Em decorrência, foi radicalmente modificada a estratégia operacional baseada em exportações a partir do Brasil, para a de aquisição ou produção local. Além das ações nas áreas de engenharia, global-sourcing e corte nos custos, foram intensificados os investimentos fora do país. O atual foco contempla um modelo de parcerias de produção/comercialização em mercados-chaves. Em 2008, deverão frutificar, o projeto de expansão na Colômbia, concluído em 2007 com a produção adicional de ônibus destinados ao transporte coletivo para a cidade de Cáli. As atividades na Rússia entrarão em regime normal de produção, embora em volumes iniciais ainda pequenos. Também contribuirá para os resultados consolidados a recente parceria na Argentina, que, a partir de 2008, integrará as estatísticas de produção da Marcopolo. Mais importante ainda é a parceria na Índia, que iniciará a produção no 4T08. Portanto, a Administração estima um pequeno aumento na exportação de unidades prontas e um apreciável crescimento na produção das plantas no exterior.

Na definição das metas de desempenho para as unidades locais observou-se que, segundo os dados mais recentes do Denatran – Sistema Nacional de Registro de Veículos www.denatran.gov.br a frota de ônibus em 31.12.06 era de 335.000 unidades e mais 198.000 microônibus. Portanto, mais de 500 mil veículos detransporte coletivo rodando no Brasil. Após diversos anos de estagnação, no triênio 2003/2005 as vendas para o mercado doméstico atingiram uma média anual de 15 mil unidades e cresceram para 20 mil unidades anuais em 2006/2007.

Assim mesmo, as taxas de reposição e de expansão são tidas como insuficientes, situando a idade média da frota acima do ideal. A Administração considerou, também, os prováveis reflexos do Programa de Aceleração (PAC) do governo. Os investimentos na construção e a duplicação de 45 mil quilômetros de estradas, em quatro anos, ajudarão a superar diversos gargalos da economia e estimularão a demanda agregada. Adicionalmente, um outro conjunto de fatores positivos levou a confiar que o exercício será bastante favorável para os fabricantes de ônibus.

Dada a elevada demanda de recursos pelo setor privado, o BNDES divulgou que pretende aumentar em mais de 23,0% o volume de recursos emprestados em 2007. A expansão do crédito e as favoráveis condições de financiamento - grandes propulsores da aceleração dos negócios – continuarão beneficiando o segmento “ônibus” em geral. O ”Programa Caminho da Escola”, criado em março de 2007, pelo Ministério da Educação, é outro fator que implicará no aumento da produção. Em 2008 serão realizadas eleições municipais no Brasil. Este evento tradicionalmente exerce efeito estimulante na renovação e expansão das frotas, especialmente de ônibus urbanos. Isso tudo, aliado a instituições saudáveis e estáveis, leva a prever que a demanda continuará bastante aquecida, dando suporte às projeções de crescimento no mercado doméstico. Na tentativa de interpretar a situação macroeconômica, a Administração entendeu que qualquer conclusão definitiva sobre os rumos da economia mundial, neste momento, é prematura e, os efeitos danosos da atual crise americana só poderão ser aliados futuramente.

De outro lado, tem-se como certo que o transporte coletivo por ônibus continuará sendo a forma predominante de movimentação das populações nas áreas urbanas. É inequívoca a constatação da baixa taxa de renovação das frotas, principalmente nos países latino-americanos, supridos exclusivamente pela indústria brasileira de ônibus. Por isso, prossegue a sistemática avaliação do potencial dos mercados mais importantes para a Companhia. Como um dos focos é o crescimento, a Administração estabeleceu que a sustentação do processo de expansão orgânica será alicerçada na preservação do atendimento a todos os clientes tradicionais, e na internacionalização para mercados de grande densidade populacional e de baixo poder aquisitivo, onde ônibus serão ainda, por muitos anos, o modal mais conveniente para o transporte de passageiros. A estratégia de crescimento continuará associada à geração de valor para os acionistas e à perpetuação das atividades da Companhia. || Site: www.marcopolo.com.br

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